TJCE - 3000047-09.2022.8.06.0098
1ª instância - Vara Unica da Comarca de Iraucuba
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
17/03/2023 17:12
Arquivado Definitivamente
-
17/03/2023 17:11
Expedição de Outros documentos.
-
17/03/2023 17:11
Juntada de Certidão
-
17/03/2023 17:11
Transitado em Julgado em 03/02/2023
-
04/02/2023 05:05
Decorrido prazo de SUELLEN NATASHA PINHEIRO CORREA em 03/02/2023 23:59.
-
04/02/2023 05:05
Decorrido prazo de LUIZ GUILHERME ELIANO PINTO em 03/02/2023 23:59.
-
03/02/2023 02:51
Decorrido prazo de BANCO C6 S.A. em 02/02/2023 23:59.
-
19/12/2022 00:00
Publicado Intimação da Sentença em 19/12/2022.
-
16/12/2022 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO CEARÁ Comarca de Irauçuba Vara Única da Comarca de Irauçuba Av Paulo Bastos, 802, Centro - CEP 62620-000, Fone: (88) 3635-1234, Irauçuba -CE - E-mail: [email protected] Processo: 3000047-09.2022.8.06.0098 Promovente: MARIA ALICE MESQUITA DE SOUZA Promovido: BANCO C6 S.A.
SENTENÇA Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Negócio Jurídico c/c Pedido Indenizatório ajuizada por MARIA ALICE MESQUITA DE SOUZA em face de BANCO C6 S.A, partes já qualificadas nos presentes autos.
Dispensado o relatório, nos termos do art. 38, da Lei 9.099/95.
FUNDAMENTAÇÃO O presente feito deve ser julgado antecipadamente, na forma da regra contida no art. 355, I, do CPC/2015, que assim estabelece: “Art. 355.
O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas;” In casu, a matéria prescinde de maiores dilação probatórias, especialmente ante a documentação carreada aos autos.
DO MÉRITO Referente ao contrato de empréstimo consignado nº 010001952891, no valor de R$ 313,00, em que a parte autora afirma não ter celebrado com a parte requerida, sendo as cobranças indevidas.
No presente caso, entendo que as alegações autorais não restaram comprovadas através dos documentos carreados aos autos, pelos motivos a seguir aduzidos.
Com efeito, a parte promovente alega que vem sofrendo mensalmente descontos em seu benefício previdenciário relativos ao mencionado contrato com o banco requerido que jamais foi firmado, pelo menos pela requerente.
Ocorre que, a despeito do promovido não ter chamado para si o ônus de provar fato impeditivo, modificativo e/ou extintivo do direito do autor, é cristalino que o contrato em questão foi cancelado/excluído administrativamente antes mesmo de ter havido qualquer desconto no benefício previdenciário da parte autora.
Com efeito, da simples análise do documento de ID 31598105, verifico que de fato do contrato em questão não gerou qualquer desconto, já que fora reprovado e excluído pelo promovido ainda em 25/09/2020.
Aqui destaco que era perfeitamente possível à parte autora demonstrar a existência de eventual desconto em seu benefício, com a finalidade de rebater a tese defensiva trazida aos autos, tese esta embasada em prova documental trazida inclusive pela parte autora, conforme acima esclarecido.
Frise-se que o artigo 6º, inciso VIII, do CDC, impõe ao fornecedor o ônus probandi, tendo em vista a condição de hipossuficiência em que se encontra o consumidor, desde que comprovada a verossimilhança de suas alegações.
Ocorre que no caso em apreço, o fornecedor desincumbiu-se desse ônus, trazendo documentação cabal da inexistência de descontos de um contrato cancelado administrativamente pela própria parte promovida, sem que tenha gerado qualquer prejuízo ao consumidor.
No que concerne ao tema, destaca-se julgados dos tribunais pátrios, in verbis: “DIREITO DO CONSUMIDOR.
APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL C/C REPETIÇÃO DO INDÉBITO.
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO CONSIGNADO.
DESCONTO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
INEXISTÊNCIA DE FRAUDE.
APRESENTAÇÃO DO CONTRATO FIRMADO ENTRE AS PARTES.
RÉ QUE SE DESINCUMBIU DO ÔNUS DA PROVA QUE LHE CABIA (ART. 333, II, DO CPC).
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1.
Do cotejo das provas constantes no autos, inexiste dúvida de que o autor celebrou contrato com o banco apelante, vez que este demonstrou a inexistência de fraude na contratação ao colacionar aos autos a cópia do ajuste que teria ensejado os descontos na aposentadoria do requerente, bem como a documentação fornecida por este quando da assinatura de tal instrumento.
Precedentes desta 6ª Câmara Cível. 2.
Portanto, não há que se falar em restituição em dobro ou mesmo simples do que recebeu o consumidor, porquanto o contrato celebrado entre as partes mostra-se escorreito e sem nenhum indício de vício de consentimento ou fraude. 3.
Apelação cível conhecida e provida.(TJCE.
Relator(a): LIRA RAMOS DE OLIVEIRA; Comarca: Santa Quitéria; Órgão julgador: 6ª Câmara Cível; Data do julgamento: 12/08/2015; Data de registro: 12/08/2015)” “APELAÇÃO CÍVEL - CONTRATO DE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO - RECONHECIMENTO DA ASSINATURA - FRAUDE CONTRATUAL ALEGADA EM FUNÇÃO DO PRAZO CONTRATADO - ÔNUS DO AUTOR - AUSÊNCIA DE PROVA - IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO RECONHECIDA. - A fraude contratual não se presume, incumbindo o ônus da prova a quem alega, quanto a existência de nulidade, mormente quando reconhecido que o contrato foi entabulado e que o valor tomado emprestado foi depositado.
Eventual divergência quanto ao prazo contratado, leva à prevalência do prazo expresso no contrato, ante a ausência de prova em contrário. (AC *00.***.*65-99 RS; Relator: Bernadete Coutinho Friedrich; TJMG – 17º Câmara Cível; Julgado em 22/05/2014)” Dessa forma, não resta outra alternativa a este Magistrado, senão julgar improcedente o pedido reparação de danos morais e materiais formulados pela parte promovente no que tange ao contrato 329381360-0.
DO DISPOSITIVO DIANTE DO EXPOSTO, e com fundamento no art. 487, I do CPC-2015, JULGO IMPROCEDENTE, com resolução de mérito, o pedido de indenização de danos materiais e morais, com resolução do mérito.
Sem custas e honorários nesta fase (artigo 55, da Lei 9.099/95).
Publique-se.
Registre-se.
Após, intimem-se as partes, por seus causídicos, da presente sentença.
Transitada em julgado, intime-se novamente a parte autora, por seu causídico, para dar início ao cumprimento de sentença, sob pena de arquivamento do feito.
Expedientes necessários.
Irauçuba/CE, 14 de agosto de 2022.
Rodolfo da Rocha Melo Juiz Leigo DESPACHO/DECISÃO
Vistos.
Homologo a minuta de sentença elaborada pelo Juiz Leigo para que produza os seus jurídicos e legais efeitos, nos termos do art. 40 da Lei nº. 9.099/95.
Intimem-se.
Registre-se.
Irauçuba/CE, 14 de agosto de 2022.
Luiz Eduardo Viana Pequeno Juiz de Direito -
16/12/2022 00:00
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 16/12/2022
-
15/12/2022 14:24
Expedida/certificada a comunicação eletrôinica
-
15/12/2022 14:23
Expedição de Outros documentos.
-
15/08/2022 10:14
Julgado improcedente o pedido
-
14/08/2022 12:21
Conclusos para julgamento
-
01/06/2022 16:39
Juntada de Petição de réplica
-
17/05/2022 14:39
Juntada de Petição de contestação
-
24/03/2022 08:34
Expedição de Outros documentos.
-
24/03/2022 08:34
Audiência Conciliação designada para 18/05/2022 10:40 Vara Única da Comarca de Irauçuba.
-
24/03/2022 08:34
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
24/03/2022
Ultima Atualização
17/03/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA • Arquivo
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 3000498-83.2022.8.06.0017
Bertrand Henri Bloc Junior
Ethiopian Airlines Enterprise
Advogado: Murilo Viaro Baccarin
1ª instância - TJCE
Ajuizamento: 28/04/2022 17:42
Processo nº 3002187-07.2022.8.06.0004
Jessyca Alves Lira
Gol Linhas Aereas S/A
Advogado: Gustavo Antonio Feres Paixao
1ª instância - TJCE
Ajuizamento: 01/08/2022 19:20
Processo nº 3000859-88.2022.8.06.0118
Leiliane dos Santos Batista
Submarino Viagens LTDA.
Advogado: Denner de Barros e Mascarenhas Barbosa
1ª instância - TJCE
Ajuizamento: 03/06/2022 15:11
Processo nº 0001858-14.2019.8.06.0081
Manoel Valcir dos Santos
Banco do Brasil S.A.
Advogado: Mariana Fontelene Saldanha
1ª instância - TJCE
Ajuizamento: 17/06/2019 10:48
Processo nº 3001474-41.2022.8.06.0001
Ministerio Publico do Estado do Ceara
Maria Nazare Alves do Nascimento
Advogado: Gabriel Menezes Rodrigues Lopes
1ª instância - TJCE
Ajuizamento: 18/05/2022 17:48