TJRN - 0857981-22.2021.8.20.5001
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Amaury Moura Sobrinho
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
09/04/2024 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE TERCEIRA CÂMARA CÍVEL Processo: APELAÇÃO CÍVEL - 0857981-22.2021.8.20.5001 Polo ativo LOCALIZA RENT A CAR SA Advogado(s): LUIZ VICENTE DE CARVALHO Polo passivo MULTI-GIRO EMPREENDIMENTOS SOCIETARIOS LTDA Advogado(s): WILDMA MICHELINE DA CAMARA RIBEIRO EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL.
APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO REVISIONAL DE ALUGUEL.
SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTE O PEDIDO AUTORAL.
PRETENSÃO DO ADVOGADO DA PARTE RÉ DE ALTERAÇÃO DA FORMA DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
FIXAÇÃO EQUITATIVA.
NÃO CABIMENTO.
TEMA 1076/STJ.
APLICAÇÃO DO ART. 85, § 2º, do CPC.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima identificadas.
Acordam os Desembargadores que integram a 3ª Câmara Cível deste Egrégio Tribunal de Justiça, à unanimidade de votos, em conhecer e dar provimento ao recurso interposto pela parte ré, para reformar a sentença, apenas no tocante aos honorários sucumbenciais, nos termos do voto do Relator, que fica fazendo parte integrante deste.
RELATÓRIO Trata-se de Apelação Cível interposta pelo advogado de MULTI-GIRO EMPREENDIMENTOS SOCIETARIOS LTDA, contra sentença proferida pelo MM Juízo de Direito da 4ª Vara Cível Comarca de Natal/RN que nos autos da Ação Revisional de Alugueres 0857981-22.2021.8.20.5001 proposta pela LOCALIZA RENT A CAR S/A julgou improcedente o pedido autoral para aplicação do índice IPCA para atualização dos valores do aluguel.
Na mesma decisão condenou a parte autora ao pagamento de honorários advocatícios, fixando a verba honorária por equidade em R$ 3.000,00 (três mil reais), nos termos do art. 85, § 8º, do CPC.
Em suas razões recursais, a parte autora, ora apelante, afirmou, em síntese, que os honorários advocatícios sucumbenciais devem respeitar a expressa disposição legal no sentido de fixá-los nos moldes do art. 85, §2º do CPC, tal regramento torna evidente o parâmetro fundamental sucumbencial quanto à fixação dos honorários advocatícios, bem como em atendimento ao julgamento do STJ no REsp 1746072/PR, que adotou o entendimento de que os honorários advocatícios só podem ser fixados com base na equidade de forma subsidiária, quando não for possível o arbitramento pela regra geral ou quando inestimável ou irrisório o valor da causa e também de acordo como o Tema 1076 do STJ.
Ao final, requereu o conhecimento e provimento do recurso, para reformar a sentença recorrida tão somente no que tange aos honorários sucumbenciais fixados para condenar o autor ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência no mínimo legal de 10% sobre o valor da causa, de acordo com os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do §2º, do art. 85 do CPC e Tema 1076 do Superior Tribunal de Justiça.
Intimada, a parte apresentou contrarrazões, requerendo o desprovimento do recurso. É o relatório.
VOTO Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.
O presente recurso visa a reforma da sentença pretendendo a parte ré, ora apelante, o pagamento de honorários advocatícios de sucumbência em 10% sobre o valor da causa, de acordo com os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do §2º, do art. 85 do CPC e Tema 1076 do Superior Tribunal de Justiça.
Conforme depreende-se dos autos, observa-se que a sentença julgou improcedente o pedido autoral, condenando a parte autora ao pagamento de honorários advocatícios, fixando a verba honorária por equidade em R$ 3.000,00 (três mil reais), nos termos do art. 85, § 8º, do CPC.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça concluiu o julgamento do Tema 1.076 dos recursos repetitivos (Resp n. 1.906.623/SP e 1.906.618/SP) decidiu pela inviabilidade da fixação de honorários de sucumbência por apreciação equitativa quando os valores da condenação ou da causa, ou o proveito econômico da demanda, forem elevados, a adequar-se perfeitamente ao caso.
A Corte Cidadã estabeleceu duas teses sobre o assunto: 1) A fixação dos honorários por apreciação equitativa não é permitida quando os valores da condenação ou da causa, ou o proveito econômico da demanda, forem elevados. É obrigatória, nesses casos, a observância dos percentuais previstos nos parágrafos 2º ou 3º do artigo 85 do Código de Processo Civil (CPC) – a depender da presença da Fazenda Pública na lide –, os quais serão subsequentemente calculados sobre o valor: (a) da condenação; ou (b) do proveito econômico obtido; ou (c) do valor atualizado da causa. 2) Apenas se admite o arbitramento de honorários por equidade quando, havendo ou não condenação: (a) o proveito econômico obtido pelo vencedor for inestimável ou irrisório; ou (b) o valor da causa for muito baixo.
Não se permite fixação de honorários por apreciação equitativa quando os valores da condenação ou da causa, ou o proveito econômico da demanda, forem elevados, mostrando-se obrigatória, nesses casos, a observância dos percentuais previstos no art. 85, §§ 2º ou 3º do CPC, a depender da presença da Fazenda Pública no litígio, os quais serão subsequentemente calculados sobre o valor: (a) da condenação; ou (b) do proveito econômico obtido; ou (c) do valor atualizado da causa.
Apenas se admite o arbitramento de honorários por equidade quando, havendo ou não condenação: (a) o proveito econômico obtido pelo vencedor for inestimável ou irrisório; ou (b) o valor da causa for muito baixo.
Considerando que o valor da causa trata da quantia de R$ 391.394,16 (trezentos e noventa e um mil e trezentos e noventa e quatro reais e dezesseis centavos– Id 23308022), sendo determinada na sentença a sua inexigibilidade, mostra-se imperiosa a aplicação do disposto no artigo 85, §2º do CPC.
Art. 85.
A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (...) § 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
Portanto, entendo que os honorários advocatícios, em favor do advogado da parte ré, devem ser arbitrados no percentual de 10% (cinco por cento) sobre o valor da causa.
Nesse sentido, destaco julgado recente desta Corte de Justiça.
Vejamos: EMENTA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ACOLHIMENTO.
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
VALOR DO PROVEITO ECONÔMICO ELEVADO.
FIXAÇÃO EQUITATIVA.
NÃO CABIMENTO.
TEMA 1076/STJ.
PRESENÇA DA FAZENDA PÚBLICA NO LITÍGIO.
APLICAÇÃO DO ART. 85, §§ 2º e 3º DO CPC.
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. (AGRAVO DE INSTRUMENTO, 0812726-09.2021.8.20.0000, Des.
Ibanez Monteiro, Segunda Câmara Cível, ASSINADO em 02/09/2022).
Logo, entendo que a sentença deve ser reformada apenas para alterar a forma fixada para o pagamento dos honorários sucumbenciais.
Pelo exposto, conheço e dou provimento ao recurso interposto pela parte ré, para reformar a sentença tão somente para determinar que os honorários advocatícios, a serem pagos pela autora sucumbente em favor do advogado da parte ré, serão de 10% (dez por cento) sobre o valor da causa, com base no art. 85, §2 do CPC, a ser liquidado em sede de cumprimento de sentença.
Deixo de aplicar o disposto no §11, do art. 85, CPC, tendo em vista que não cabe majoração de honorários advocatícios se houve provimento somente da parte autora, posto que o recurso representa um trabalho adicional necessário para o êxito da demanda, não ensejando verba honorária recursal, nos termos do Tema 1059 do STJ. É como voto.
Natal, data da sessão Eduardo Pinheiro Juiz Convocado - Relator 9 Natal/RN, 18 de Março de 2024. -
27/02/2024 00:00
Intimação
Poder Judiciário do Rio Grande do Norte Terceira Câmara Cível Por ordem do Relator/Revisor, este processo, de número 0857981-22.2021.8.20.5001, foi pautado para a Sessão VIRTUAL (votação exclusivamente pelo PJe) do dia 18-03-2024 às 08:00, a ser realizada no Terceira Câmara Cível.
Caso o processo elencado para a presente pauta não seja julgado na data aprazada acima, fica automaticamente reaprazado para a sessão ulterior.
No caso de se tratar de sessão por videoconferência, verificar o link de ingresso no endereço http://plenariovirtual.tjrn.jus.br/ e consultar o respectivo órgão julgador colegiado.
Natal, 26 de fevereiro de 2024. -
16/02/2024 18:54
Juntada de Petição de outros documentos
-
16/02/2024 18:33
Juntada de Petição de petição
-
09/02/2024 19:57
Recebidos os autos
-
09/02/2024 19:57
Conclusos para despacho
-
09/02/2024 19:57
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
09/02/2024
Ultima Atualização
24/03/2024
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0905816-69.2022.8.20.5001
Ivson Kleydson Lima de Albuquerque
Banco Bradesco S/A.
Advogado: Antonio de Moraes Dourado Neto
1ª instância - TJRN
Ajuizamento: 18/10/2022 14:55
Processo nº 0801216-53.2020.8.20.5102
Ana Cristina Pereira Ramos
Caixa Seguradora S/A
Advogado: Juliano Messias Fonseca
1ª instância - TJRN
Ajuizamento: 18/05/2020 16:40
Processo nº 0002113-60.2012.8.20.0102
Luciano Pinheiro Santiago
Banco Itaucard S.A.
Advogado: Carla Cristina Lopes Scortecci
1ª instância - TJRN
Ajuizamento: 26/07/2012 00:00
Processo nº 0002113-60.2012.8.20.0102
Banco Itaucard S.A.
Itau Unibanco S.A.
Advogado: Carla Cristina Lopes Scortecci
2ª instância - TJRN
Ajuizamento: 21/05/2024 14:08
Processo nº 0814962-14.2023.8.20.5124
Natalia Lagreca de Paiva Barbosa
Municipio de Parnamirim
Advogado: Leonardo Freire de Melo Ximenes
1ª instância - TJRN
Ajuizamento: 01/03/2024 01:08