TJPA - 0800695-40.2020.8.14.0070
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Desembargadora Gleide Pereira de Moura
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Assistente Desinteressado Amicus Curiae
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
14/02/2025 14:07
Remetidos os Autos (por julgamento definitivo do recurso) para Baixa ou Devolução de Processo
-
14/02/2025 14:07
Baixa Definitiva
-
12/02/2025 00:20
Decorrido prazo de JACKSON MORAES DA SILVA em 11/02/2025 23:59.
-
12/02/2025 00:20
Decorrido prazo de SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. em 11/02/2025 23:59.
-
22/01/2025 00:41
Publicado Acórdão em 21/01/2025.
-
22/01/2025 00:41
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 22/01/2025
-
08/01/2025 00:00
Intimação
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ APELAÇÃO CÍVEL (198) - 0800695-40.2020.8.14.0070 APELANTE: JACKSON MORAES DA SILVA APELADO: SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S.A.
RELATOR(A): Desembargadora GLEIDE PEREIRA DE MOURA EMENTA EMENTA: PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO DE APELAÇÃO.
AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT.A PARTE AUTORA NÃO SE DESICUMBIU DO ÔNUS PROCESSUAL DE COMPROVAR O ALEGADO.
INEXISTÊNCIA DE LAUDO MÉDICO COM A DEVIDA GRADUAÇÃO DA LESÃO.
PARTE DEVIDAMENTE INTIMADA PARA A REALIZAÇÃO DE PERÍCIA MÉDICA NÃO COMPARECEU DE FORMA INJUSTIFICADA.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA ESCORREITA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
I - É sabido e pacífico na Jurisprudência que em se tratando de seguro obrigatório DPVAT deve ser aplicado o Princípio da proporcionalidade, derrubando-se as pretensões no sentido de que toda e qualquer lesão de caráter definitivo gerasse o direito ao pagamento do valor integral do seguro.
II - Sua pretensão não deve ser acolhida, uma vez que não há qualquer documento acostado que seja apto a atestar a lesão, seu grau e o nexo de causalidade com o acidente.
III - A própria parte Apelante falhou na sua produção probatória, mesmo porque fora designada audiência para realização de perícia médica, sendo que a parte não compareceu, de forma injustificada, a despeito de ter sido devidamente intimada para a prática do ato processual.
IV - Não há o que se falar em necessidade de intimação pessoal para a pratica de tal ato, sendo que resta demonstrado nos autos que o ato de comunicação para a pratica do ato se deu perfeitamente na pessoal do causídico habilitado e com poderes para este fim.
RELATÓRIO SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL N.º 0800695-40.2020.8.14.0070 APELANTE: JACKSON MORAES DA SILVA ADVOGADO: MARLON TAVARES DANTAS APELADO: SEGURADORA LÍDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT ADVOGADO: ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA RELATORA: DESA.
GLEIDE PEREIRA DE MOURA __________________________________________________________________ RELATÓRIO Trata-se de Recurso de Apelação interposto por JACKSON MORAES DA SILVA visando modificar sentença proferida em AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVAT movida em face de SEGURADORA LÍDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT.
O Requerente narrou que foi vítima de acidente automobilístico do qual teria resultado em debilidade permanente.
Tendo-lhe sido administrativamente pago um valor que entende a menor do que o que faria jus, propôs a presente ação na qual requer a condenação da seguradora ao valor máximo do seguro.
O feito foi contestado.
Determinada a realização de perícia médica, a parte autora apesar de devidamente intimada não compareceu.
O Juízo Singular proferiu sentença julgando improcedente a pretensão autoral.
Inconformado, o Autor interpôs recurso de Apelação aduzindo que o boletim de ocorrência acostado já narra com clareza a dinâmica dos fatos e não deixa dúvidas, quando ao acidente com veículo automotor, bem como comprova de forma incontroversa o nexo de causalidade entre o acidente e as sequelas suportadas.
Alegou que deveria ter sido intimado pessoalmente para que pudesse comparecer à realização da perícia, o que não ocorreu.
Foram apresentadas Contrarrazões. É o relatório. À Secretaria para inclusão no PLENÁRIO VIRTUAL.
Belém, de 2024 Desa.
GLEIDE PEREIRA DE MOURA Relatora VOTO SECRETARIA ÚNICA DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO – 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL N.º 0800695-40.2020.8.14.0070 APELANTE: JACKSON MORAES DA SILVA ADVOGADO: MARLON TAVARES DANTAS APELADO: SEGURADORA LÍDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT ADVOGADO: ROBERTA MENEZES COELHO DE SOUZA RELATORA: DESA.
GLEIDE PEREIRA DE MOURA __________________________________________________________________ VOTO Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do presente recurso de apelação.
Trata-se de Recurso de Apelação interposto por JACKSON MORAES DA SILVA visando modificar sentença proferida em AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO – DPVAT movida em face de SEGURADORA LÍDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT. É sabido e pacífico na Jurisprudência que em se tratando de seguro obrigatório DPVAT deve ser aplicado o Princípio da proporcionalidade, derrubando-se as pretensões no sentido de que toda e qualquer lesão de caráter definitivo gerasse o direito ao pagamento do valor integral do seguro.
Importante frisar que a edição de Medida Provisória n.º451/2008, posteriormente convertida na Lei n.º11.945/2009, resultou na modificação do art.3º da Lei n.º 6.194/74, no que diz respeito ao quantum indenizatório nos casos de invalidez permanente, estabelecendo novos critérios para o pagamento do Seguro DPVAT.
O próprio STJ já sumulou o seguinte entendimento: Súmula nº 474 .A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez.
Vejamos o entendimento Jurisprudencial: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.
SEGURO DPVAT.
QUESTÃO PRELIMINAR.
CERCEAMENTO DE DEFESA.
FALTA DE APRECIAÇÃO DE TODAS AS QUESTÕES SUSCITADAS.
REALIZAÇÃO DE PERÍCIA PARA AUFERIR O GRAU DE INVALIDEZ.
LEI 11.945/2009.
SÚMULA 474 STJ.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1.
Não apreciar todas as questões suscitadas pelo autor, deixando, assim, de solucionar a demanda em relação a graduação da lesão sofrida pelo apelado, através de realização de nova perícia, em que se possa auferir o grau da invalidez da parte recorrida, e consequentemente o montante a ser indenizado, infringe o disposto nos artigos 458, II e III e 460 do CPC. 2.
A sentença proferida pelo juízo a quo não se pronunciou sobre o pleiteado pelo apelante por ocasião da contestação, qual seja, a realização de perícia, para auferimento da gradação da invalidez, em atenção a tabela anexa à Lei nº 11.945/2009. 3.
O STJ aprovou o enunciado de Súmula nº 474 versando sobre o assunto em tela: "A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez". 4.Recurso Conhecido e Provido. (201330103908, 121518, Rel.
JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador 3ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 20/06/2013, Publicado em 01/07/2013) CIVIL E PROCESSUAL.
RECURSO ESPECIAL.
DPVAT.
INVALIDEZ PERMANENTE PARCIAL.
PAGAMENTO PROPORCIONAL DO SEGURO.
POSSIBILIDADE.
TABELA PARA CÁLCULO DE INVALIDEZ.
SALÁRIO MÍNIMO.
EQUIVALÊNCIA.
RECURSO NÃO CONHECIDO.
I.
Em caso de invalidez parcial, o pagamento do seguro DPVAT deve, por igual, observar a respectiva proporcionalidade.
II.
A extensão da lesão e grau de invalidez determinado pela Corte local exige o reexame do conjunto fático-probatório dos autos.
III.
Recurso não conhecido. (REsp 1.119.614/RS, Rel.
Min.
ALDIR PASSARINHO JUNIOR, DJe 31.8.09).E, ainda: REsp 914.455/SP, Rel.
Min.
PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Dje 21.3.11; REsp 1.101.572/RS, Relª.
Minª.
NANCY ANDRIGHI, Dje 16.11.10; Ag 1.330.382/PR, Rel.
Min.
JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Dje 5.11.10; REsp 1.203.214/PR, Rel.
Min.
MASSAMI UYEDA, DJe 28.10.10; Ag 1.341.968/MT, Rel.
Min.
VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS), DJe 25.10.10; Ag 1.165.994/RJ, Rel.
Min.
LUIS FELIPE SALOMÃO, DJe 5.3.10.
A despeito disso, seguem sendo propostas ações neste mesmo sentido, tentando inclusive se argumentar que a Lei n. 11.945/2009 feriria o princípio da dignidade da pessoa humana, mas sem sucesso.
A discussão acerca de sua inconstitucionalidade já foi há muito superada em nossos Tribunais pátrios, senão vejamos: APELAÇÃO CÍVEL SUMÁRIA DE COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT NÃO REALIZAÇÃO DE LAUDO PERICIAL COMPLEMENTAR PARA ESCLARECER O GRAU DA INVALIDEZ PERMANENTE DA VÍTIMA OBRIGATORIEDADE DE APLICAÇÃO DA TABELA ANEXA À LEI Nº 6.194 COMPLEMENTADA PELA LEI 11.482/2007 - CARACTERIZADO O CERCEAMENTO DE DEFESA DECISÃO ANULADA RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM PARA REGULAR PROCESSAMENTO RECURSO PROVIDO. À unanimidade, apelação conhecida e provida nos termos do voto do relator, devendo os autos retornar à origem para regular processamento. (201330143251, 127426, Rel.
LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 09/12/2013, Publicado em 10/12/2013) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.
SEGURO DPVAT.
QUESTÃO PRELIMINAR.
CERCEAMENTO DE DEFESA.
FALTA DE APRECIAÇÃO DE TODAS AS QUESTÕES SUSCITADAS.
REALIZAÇÃO DE PERÍCIA PARA AUFERIR O GRAU DE INVALIDEZ.
LEI 11.945/2009.
SÚMULA 474 STJ.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1.
Não apreciar todas as questões suscitadas pelo autor, deixando, assim, de solucionar a demanda em relação a graduação da lesão sofrida pelo apelado, através de realização de nova perícia, em que se possa auferir o grau da invalidez da parte recorrida, e consequentemente o montante a ser indenizado, infringe o disposto nos artigos 458, II e III e 460 do CPC. 2.
A sentença proferida pelo juízo a quo não se pronunciou sobre o pleiteado pelo apelante por ocasião da contestação, qual seja, a realização de perícia, para auferimento da gradação da invalidez, em atenção a tabela anexa à Lei nº 11.945/2009. 3.
O STJ aprovou o enunciado de Súmula nº 474 versando sobre o assunto em tela: "A indenização do seguro DPVAT, em caso de invalidez parcial do beneficiário, será paga de forma proporcional ao grau da invalidez". 4.Recurso Conhecido e Provido. (201330103908, 121518, Rel.
JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO, Órgão Julgador 3ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em 20/06/2013, Publicado em 01/07/2013) No caso concreto, pretende o Apelante que seja garantido o seu direito ao recebimento do seguro DPVAT levando-se em consideração apenas e tão somente os fatos narrados em um boletim de ocorrência.
Obviamente que sua pretensão não deve ser acolhida, uma vez que não há qualquer documento acostado que seja apto a atestar a lesão, seu grau e o nexo de causalidade com o acidente.
Ressalto que a própria parte Apelante falhou na sua produção probatória, mesmo porque fora designada audiência para realização de perícia médica, sendo que a parte não compareceu, de forma injustificada, a despeito de ter sido devidamente intimada para a prática do ato processual.
Não há o que se falar em necessidade de intimação pessoal para a pratica de tal ato, sendo que resta demonstrado nos autos que o ato de comunicação para a pratica do ato se deu perfeitamente na pessoal do causídico habilitado e com poderes para este fim.
Logo, não há outro desfecho para a presente demanda, senão sua improcedência total, conforme entendeu a sentença.
Pelo exposto, CONHEÇO DO RECURSO PARA NEGAR-LHE PROVIMENTO, mantendo a sentença vergastada em todos os seus termos. É como voto.
Belém, de 2024 Desa.
GLEIDE PEREIRA DE MOURA Relatora Belém, 18/12/2024 -
07/01/2025 09:42
Expedição de Outros documentos.
-
07/01/2025 09:41
Cancelada a movimentação processual
-
18/12/2024 16:19
Conhecido o recurso de JACKSON MORAES DA SILVA - CPF: *38.***.*82-12 (APELANTE) e não-provido
-
17/12/2024 14:17
Deliberado em Sessão - Julgado - Mérito
-
02/12/2024 10:30
Expedição de Outros documentos.
-
02/12/2024 10:13
Inclusão em pauta para julgamento de mérito
-
19/11/2024 11:01
Cancelada a movimentação processual
-
03/07/2024 14:04
Cancelada a movimentação processual
-
09/05/2024 12:34
Cancelada a movimentação processual
-
19/01/2023 09:43
Cancelada a movimentação processual
-
29/11/2022 10:03
Recebidos os autos
-
29/11/2022 10:03
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
29/11/2022
Ultima Atualização
07/01/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0803119-89.2019.8.14.0070
Eliana Ferreira Cardoso
Advogado: Marlon Tavares Dantas
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 18/12/2019 15:07
Processo nº 0007611-66.2016.8.14.0005
Municipio de Altamira
Norte Energia S A
Advogado: Thiago Sales Pereira
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 15/06/2016 09:11
Processo nº 0803124-14.2019.8.14.0070
Juciclea do Socorro Sales Santos
Seguradora Lider dos Consorcios do Segur...
Advogado: Marlon Tavares Dantas
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 18/12/2019 17:08
Processo nº 0580683-14.2016.8.14.0301
Maria da Graca Carvalho Meireles
Advogado: Elaine Cristina Lima Moreira
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 06/10/2016 13:13
Processo nº 0580683-14.2016.8.14.0301
Unimed de Belem Cooperativa de Trabalho ...
Maria da Graca Carvalho Meireles
Advogado: Diogo de Azevedo Trindade
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 17/12/2024 23:15