TJPA - 0843137-65.2024.8.14.0301
1ª instância - 1ª Vara do Juizado Especial Civel de Fazenda Publica
Polo Ativo
Polo Passivo
Partes
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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26/08/2025 22:10
Decorrido prazo de LUIZ JERONIMO RAMOS DE ANDRADE em 23/07/2025 23:59.
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26/08/2025 22:10
Decorrido prazo de MUNICÍPIO DE BELÉM em 23/07/2025 23:59.
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10/07/2025 13:00
Publicado Ato Ordinatório em 09/07/2025.
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10/07/2025 13:00
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 10/07/2025
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08/07/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DE BELÉM Avenida Roberto Camelier, nº 570 - 1º Andar.
CEP 66.033-640 Fones: Secretaria (91) 3239-5453 / 3239-5454 (whatsapp) _____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 0843137-65.2024.8.14.0301 (PJe).
REQUERENTE: LUIZ JERONIMO RAMOS DE ANDRADE REQUERIDO: MUNICÍPIO DE BELÉM CERTIDÃO Certifico que as partes foram intimadas acerca da sentença prolatada nos presentes autos e que o recurso inominado interposto é tempestivo Belém-PA, 7 de julho de 2025.
Servidor da vara do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública de Belém ATO ORDINATÓRIO De ordem, certifico que, em razão da tempestividade do recurso interposto e nos termos do art. 1º, alínea "d" da Ordem de Serviço 001/2022_GJ deste Juízo bem como do artigo 42, §2º da Lei 9.099/95, de ordem, intime-se a parte adversa para apresentar contrarrazões no prazo de 10 dias.
Após, remetam-se os autos para a Turma Recursal.
Belém-PA, 7 de julho de 2025.
Servidor da vara do 1º Juizado Especial da Fazenda Pública de Belém -
07/07/2025 14:12
Expedição de Outros documentos.
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07/07/2025 14:12
Expedição de Outros documentos.
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07/07/2025 14:12
Ato ordinatório praticado
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27/03/2025 23:52
Decorrido prazo de LUIZ JERONIMO RAMOS DE ANDRADE em 13/03/2025 23:59.
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04/03/2025 02:42
Decorrido prazo de LUIZ JERONIMO RAMOS DE ANDRADE em 28/02/2025 23:59.
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25/02/2025 12:17
Juntada de Petição de petição
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14/02/2025 01:45
Publicado Sentença em 14/02/2025.
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14/02/2025 01:45
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 14/02/2025
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13/02/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARÁ 1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DE BELÉM Avenida Roberto Camelier, nº 570 - 1º Andar, Jurunas, Belém/PA - CEP 66.033-640 Fones: Secretaria: (91) 3239-5453/3239-5454 (whatsapp) E-mail: [email protected] _____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 0843137-65.2024.8.14.0301 (PJe).
REQUERENTE: LUIZ JERONIMO RAMOS DE ANDRADE REQUERIDO: MUNICÍPIO DE BELÉM SENTENÇA A parte autora, insurgindo-se contra o cálculo de IPTU, requer: a) Que seja deferida a tutela provisória em caráter liminar para determinar: suspensão dos efeitos o Decreto Municipal n.º 84.739/2016 sobre a incidência do FcVM do IPTU dos exercícios de: 2024, 2023, 2022, 2021, 2020 do imóvel referido; recalcular os valores do IPTU dos referidos exercícios do respectivo imóvel; emitir novo carnê IPTU do exercício do respectivo imóvel; e proceder a restituição e/ou compensação do valor já pago pelo Requerente, no imóvel com inscrição municipal: 008/34882/42/40/0553/000/044-39; b) A citação do réu para que querendo conteste a presente ação; c) Que seja confirmada, em caráter definitivo, a anulação dos lançamentos de IPTU dos últimos 5 anos, bem como a devolução dos valores retroativos com juros e correção monetária; d) a redução de todos os lançamentos de IPTU, a partir do presente exercício, com a retirada do fator FCVM, mediante reconhecimento da ilegalidade do Decreto nº 84.739 de 13-01-2016 que majorou a base de cálculo do imposto acima do permitido na via de ato normativo infralegal, de modo a determinar ao réu que promova o próximo lançamento do IPTU sem a incidência do fator de correção referente ao valor de mercado, FCvm na fixação do valor venal dos imóveis em discussão, no imóvel com inscrição municipal: 013/34883/64/25/0379/000/148-08; e) a condenação em custas e honorários advocatício na porcentagem de 20‰ em caso de recurso.
A parte ré se contrapôs nos seguintes termos: requer a total improcedência da pretensão, eis que correto o lançamento tributário realizado.
Dispensado o relatório na forma do art. 38 da lei nº. 9.099/95, aplicado subsidiariamente aos feitos da Fazenda Pública, conforme art. 27 da Lei nº 12.153/2009.
Passo a fundamentar e decidir.
O egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará e a Turma Recursal Permanente dos Juizados da Fazenda Pública já pacificaram o entendimento segundo o qual o Decreto Municipal nº 84.739/2016, ao introduzir o FcVM na base de cálculo do IPTU, resultou na majoração do tributo sem a edição de lei formal, em violação ao princípio da legalidade tributária, conforme art. 150, I, da Constituição Federal, e art. 97, II, do Código Tributário Nacional. É o que se vê nos julgados cujos acórdãos trazem as seguintes ementas: “Direito Tributário.
Apelação cível.
Ação Anulatória de Lançamento Tributário.
Majoração de Base de Cálculo do IPTU por Decreto Municipal.
Ilegalidade.
Sentença Mantida.
Recurso Desprovido. 1.
Apelação Cível interposta contra sentença que julgou procedente a Ação Anulatória de Lançamento Tributário, declarando a ilegalidade do Decreto Municipal nº 84.739/2016, que instituiu o Fator de Correção de Valor de Mercado (FCvm) para o cálculo do IPTU e anulou os lançamentos referentes aos exercícios de 2022 e 2023. 2.
A controvérsia consiste em determinar: (i) se o Decreto Municipal nº 84.739/2016 pode majorar a base de cálculo do IPTU sem lei formal que o autorize; (ii) se a aplicação do FCvm viola os princípios da legalidade e da isonomia tributária. 3.
A majoração da base de cálculo do IPTU por meio de Decreto, sem previsão legal, viola o princípio da legalidade tributária, conforme disposto no art. 150, I, da CF/1988 e art. 97, II, do CTN.
Precedentes do STF e STJ indicam a impossibilidade de majoração de tributos por ato infralegal. 4.
O Decreto Municipal também cria desigualdade entre contribuintes, ao aplicar o FCvm de forma discriminatória, violando o princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, II, da CF/1988. 5.
Recurso de apelação desprovido.
Sentença mantida. (TJPA – Apelação Cível – nº 0914457-15.2023.8.14.0301 – Rel.
Desembargadora Celia Regina de Lima Pinheiro – 1ª Turma de Direito Público – Julgado em 30/09/2024).” “Direito Tributário.
Recurso Inominado.
IPTU.
Introdução do fator de correção referente ao valor de mercado (FcVM) na base de cálculo.
Majoração de tributo por decreto.
Violação ao princípio da legalidade tributária.
Necessidade de lei formal.
I.
Caso em exame 1.
Recurso Inominado interposto pelo Município de Belém contra sentença que julgou procedente o pedido de nulidade da inclusão do fator de correção referente ao valor de mercado (FcVM) na base de cálculo do IPTU, conforme Decreto Municipal nº 84.739/2016.
II.
Questão em discussão 2.
A questão em discussão consiste em verificar a legalidade da majoração da base de cálculo do IPTU através da introdução do fator de correção referente ao valor de mercado (FcVM) por meio de decreto, à luz do princípio da legalidade tributária.
III.
Razões de decidir 3.
O Decreto Municipal nº 84.739/2016, ao introduzir o FcVM na base de cálculo do IPTU, resultou na majoração do tributo sem a edição de lei formal, em violação ao princípio da legalidade tributária, conforme art. 150, I, da Constituição Federal, e art. 97, II, do Código Tributário Nacional. 4.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, consolidada no Tema 211 de repercussão geral (RE 648.245/MG), estabelece que a majoração da base de cálculo do IPTU exige lei em sentido formal, excetuando-se apenas as atualizações monetárias que não excedam os índices inflacionários.
IV.
Dispositivo 5.
Recurso Inominado improvido.
Sentença mantida. (Processo 0803293-45.2023.8.14.0301, Rel.
Juiz Joao Batista Lopes do Nascimento, Turma Recursal Permanente dos Juizados Especiais da Fazenda Pública, Data do documento 22/08/2024).” Não prospera qualquer alegação de que a acolhida da pretensão da parte autora irá resultar em contrariedade ao art. 30, I e III, da Constituição Federal.
Os incisos I e III do art. 30 da Constituição Federal assim dispõem: Art. 30.
Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; (...) III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; Amparado nessas disposições constitucionais o Município de Belém editou a Lei municipal nº 7.056/1977 (Código Tributário e Rendas do Município de Belém) que, em seu Título III, trata do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU.
Ora, o acolhimento da pretensão do autor em nada atinge as regras estabelecidas pela referida lei municipal, editada em harmonia com o princípio da reserva legal.
Por conseguinte, o art. 97, IV, do Código Tributário Nacional, recepcionado como lei complementar federal, prevê que a base de cálculo do tributo deverá ser originalmente prevista em lei, em prol da estrita legalidade tributária.
Não obstante, o Poder Executivo pode, em momento superveniente, vir a realizar uma alteração também chamada “base imponível”.
Com efeito, quanto ao IPTU, a simples atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo com índices oficiais de correção monetária por decreto municipal, por exemplo, não implica majoração do tributo, podendo ser feita por meio de ato infralegal, a teor do §2º do art. 97 do CTN.
Todavia, se o decreto se exceder em relação aos índices oficiais, veiculando aumento sob a capa de uma “atualização”, o excesso será declarado indevido, haja vista violar o princípio da legalidade tributária, na vertente da estrita legalidade ou tipicidade fechada.
Nesse sentido, a propósito, a jurisprudência do STJ: TRIBUTARIO - IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (IPTU) – MAJORAÇÃO - LEGALIDADE TRIBUTARIA (CTN, ART. 97, II, PARAGRAFOS 1.
E 2.) - VALOR VENAL DO IMOVEL - ATUALIZAÇÃO - ATO DO PODER EXECUTIVO - PRECEDENTES DO STF E DO STJ. - A majoração da base de cálculo do IPTU depende da elaboração de lei, exceto nos casos de simples atualização monetária, em atendimento ao princípio da reserva legal. - Não pode o Município, por simples decreto, atualizar o valor venal dos imóveis, para fins de cálculo do IPTU, com base na planta de valores, ultrapassando a correção monetária autorizada por ato administrativo. - Recurso conhecido e provido. (REsp. nº 35.117/RS, relator Ministro Peçanha Martins, Segunda Turma, julgado em 27/10/1993, DJ de 29/11/1993, p. 25870.) A súmula 160 do STJ, a seguir transcrita, de maneira bem elucidativa, ratifica esse entendimento: “É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.” Nesse cenário, ao se acolher o pedido formulado na inicial, afasta-se a aplicação, não da Lei municipal nº 7.056/1977, mas, sim, do Decreto municipal nº 84.739/2016 que, para o cálculo do valor venal dos imóveis cadastrados a partir de 13/01/2016, inseriu o fator de correção chamado “FcVM”, causando aumento de tributo, conduta essa que nega vigência ao disposto no art. 150, I, da Constituição Federal, nos termos seguintes: Art. 150.
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Efetivamente, o disposto no art. 30, I e III, da Constituição Federal não autoriza o Município a agir em desconformidade com os art. 150, I, da mesma Constituição Federal e 97, IV do Código Tributário Nacional.
Ao se afastar a majoração do tributo por decreto municipal, está se conformando a situação jurídica aos limites impostos pela Constituição Federal.
Por outro lado, a tese jurídica firmada pelo STF versada no Tema nº 1084 de Repercussão Geral foi assim redigida: “É constitucional a lei municipal que delega ao Poder Executivo a avaliação individualizada, para fins de cobrança do IPTU, de imóvel novo não previsto na Planta Genérica de Valores, desde que fixados em lei os critérios para a avaliação técnica e assegurado ao contribuinte o direito ao contraditório”.
Na dicção do enunciado consta, expressamente, que é permitida a avaliação individualizada, desde que fixados em lei os critérios para a avaliação técnica e assegurado ao contribuinte o direito ao contraditório.
Ora, a apuração do valor venal do imóvel (base de cálculo do IPTU) perpetrada de acordo com o Decreto municipal nº 84.739/2016 utiliza critério que não foi fixado por lei.
Observa-se que o referido Tema 1084 faz alusão à permissibilidade de avaliação individualizada, mas não autoriza a utilização de critérios que não estejam fixados em lei.
Portanto, a tese jurídica versada no Tema 1084 do STF não consubstancia fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da parte autora.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na inicial, ratificando os termos da decisão concessiva da tutela provisória de urgência.
Sem condenação ao pagamento de custas e honorários advocatícios, por expressa vedação legal.
Belém (PA), data e assinatura registrados pelo sistema.
LAURO ALEXANDRINO SANTOS Juiz de Direito Titular da 1ª Vara do Juizado Especial da Fazenda Pública de Belém-PA -
12/02/2025 10:58
Expedição de Outros documentos.
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12/02/2025 10:58
Expedição de Outros documentos.
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12/02/2025 10:58
Julgado procedente o pedido
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04/11/2024 20:08
Conclusos para julgamento
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25/10/2024 11:17
Expedição de Certidão.
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15/07/2024 16:39
Juntada de Petição de petição
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11/07/2024 10:59
Juntada de Petição de contestação
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07/07/2024 01:02
Decorrido prazo de LUIZ JERONIMO RAMOS DE ANDRADE em 05/07/2024 23:59.
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22/05/2024 21:48
Expedição de Outros documentos.
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22/05/2024 21:48
Concedida a Antecipação de tutela
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21/05/2024 08:28
Autos incluídos no Juízo 100% Digital
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21/05/2024 08:28
Conclusos para decisão
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21/05/2024 08:28
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
21/05/2024
Ultima Atualização
08/07/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
Documentos
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
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