TJDFT - 0712608-26.2024.8.07.0018
1ª instância - 2ª Vara da Fazenda Publica do Df
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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21/07/2025 23:18
Arquivado Definitivamente
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21/07/2025 23:17
Expedição de Certidão.
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19/07/2025 03:22
Decorrido prazo de DISTRITO FEDERAL em 18/07/2025 23:59.
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05/07/2025 03:31
Decorrido prazo de FUNDACAO DE APOIO TECNOLOGICO - FUNATEC em 04/07/2025 23:59.
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05/07/2025 03:31
Decorrido prazo de VITORIA REGINA MACEDO BORGES em 04/07/2025 23:59.
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27/06/2025 02:51
Publicado Certidão em 27/06/2025.
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27/06/2025 02:51
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 26/06/2025
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25/06/2025 15:33
Expedição de Outros documentos.
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25/06/2025 15:32
Expedição de Certidão.
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25/06/2025 11:15
Recebidos os autos
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25/02/2025 23:58
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para 2º Grau
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25/02/2025 23:58
Expedição de Certidão.
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20/02/2025 17:33
Recebidos os autos
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20/02/2025 17:33
Outras decisões
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20/02/2025 16:58
Conclusos para decisão para Juiz(a) DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI
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07/11/2024 02:31
Decorrido prazo de DISTRITO FEDERAL em 06/11/2024 23:59.
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06/11/2024 13:04
Decorrido prazo de FUNDACAO DE APOIO TECNOLOGICO - FUNATEC em 05/11/2024 23:59.
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04/11/2024 21:26
Juntada de Petição de contrarrazões
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11/10/2024 02:33
Publicado Certidão em 11/10/2024.
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11/10/2024 02:33
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 10/10/2024
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09/10/2024 10:40
Expedição de Outros documentos.
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09/10/2024 10:40
Expedição de Certidão.
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09/10/2024 02:21
Decorrido prazo de FUNDACAO DE APOIO TECNOLOGICO - FUNATEC em 08/10/2024 23:59.
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08/10/2024 23:07
Juntada de Petição de apelação
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17/09/2024 02:26
Publicado Sentença em 17/09/2024.
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17/09/2024 02:26
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 16/09/2024
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17/09/2024 02:26
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 16/09/2024
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16/09/2024 00:00
Intimação
Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS 2VAFAZPUB 2ª Vara da Fazenda Pública do DF Número do processo: 0712608-26.2024.8.07.0018 Classe judicial: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) AUTOR: VITORIA REGINA MACEDO BORGES REU: DISTRITO FEDERAL, FUNDACAO DE APOIO TECNOLOGICO - FUNATEC SENTENÇA Trata-se de ação de conhecimento proposta por VITÓRIA REGINA MACEDO BORGES em desfavor do DISTRITO FEDERAL e FUNDAÇÃO DE APOIO TECNOLÓGICO (FUNATEC), partes devidamente qualificadas nos autos.
A autora narra que se inscreveu no concurso público para provimento imediato de vagas e formação de cadastro reserva para a Carreira de Atenção Comunitária à Saúde do Quadro de Pessoal do Distrito Federal.
Diz que o cargo para o qual se inscreveu é de Agente Comunitário em Saúde (ACS), executado pela FUNATEC.
Defende a anulação de 3 (três) questões da prova objetiva do tipo A: 1) questão 07, por não apresentar nenhuma alternativa correta; 2) questão 08, por ambiguidade de respostas; e 3) questão 09, ao fundamento de que não apresenta resposta correta.
Alega que as questões impugnadas caracterizam hipóteses excepcionais em que o Poder Judiciário pode intervir para garantir a lisura do certame e o respeito ao edital.
Ao final, em sede liminar, requer a anulação das questões n.º 07, 08 e 09 da prova objetiva do tipo A, de modo a conferir a pontuação à autora, com revisão da sua classificação e convocação para próxima etapa, sob pena de multa diária.
No mérito, pugna pela confirmação da liminar e pela condenação dos réus ao pagamento das custas processuais e honorários de sucumbência.
Com a inicial vieram documentos.
O pedido liminar foi indeferido e a gratuidade de justiça concedida (ID 202496549).
Citada, a FUNDAÇÃO DE APOIO TECNOLÓGICO apresentou contestação (ID 204932170).
Preliminarmente, alega que o pleito autoral é contrário à tese do STF com repercussão geral (Tema 485), o que acarreta a improcedência liminar do pedido.
Ainda, apresenta impugnação ao valor da causa.
No mérito, em síntese, argumenta que, ante a regularidade das questões, não cabe ao Poder Judiciário substituir a decisão da banca examinadora, notadamente pela ausência de ilegalidade e a devida previsão dos conteúdos avaliados no edital do certame.
Requer a total improcedência dos pedidos.
O Distrito Federal também apresentou contestação, acompanhada de documentos (ID 208007024).
Preliminarmente, suscita a sua ilegitimidade.
No mérito, aduz que pretensão da autora é contrária ao Tema 485, decidido pelo Supremo Tribunal Federal, cujo entendimento é de não permitir ao Poder Judiciário se pronunciar sobre o mérito administrativo e modificar a correção das provas de concurso público.
Afirma que não existe qualquer descompasso das questões e respostas do gabarito oficial em face das previsões do edital, portanto, sem ilegalidade, nem erro crasso.
Pugna pela improcedência dos pedidos.
A FUNATEC juntou pareceres em ID 208526509.
O Distrito Federal requereu julgamento antecipado da lide (ID 209500460).
A parte autora apresentou réplica às contestações, juntou documentos e não requereu a produção de outras provas (ID 210560165).
Após, os autos vieram conclusos para sentença. É o relatório.
FUNDAMENTO E DECIDO.
O processo comporta julgamento antecipado, conforme disposto no art. 355, I, do Código de Processo Civil (CPC).
O deslinde da controvérsia dispensa a produção de outras provas, uma vez que os pontos controvertidos podem ser resolvidos com base em questões de direito e com a análise dos documentos acostados aos autos.
Passo à análise das questões preliminares (art. 357, I, do CPC).
Em sede preliminar, a FUNATEC alega que o pleito autoral é contrário à tese do STF com repercussão geral (Tema 485), o que acarreta a improcedência liminar do pedido, bem como apresenta impugnação ao valor da causa.
No que se refere à contrariedade à tese do STF, tal preliminar se confunde com o mérito propriamente dito e será devidamente analisada a seguir.
Quanto à impugnação ao valor da causa, requer o referido réu que o valor atribuído à causa corresponda ao montante de R$ 1.000,00, sob o argumento de que a presente ação não possui conteúdo econômico aferível de imediato (ID 204932170, pág. 9).
A pretensão da parte autora, de fato, não possui conteúdo econômico aferível, pois pretende a anulação de questões objetivas do concurso em questão.
A alegação de que o valor da causa foi fixado com base no salário do cargo é injustificável, porque, como ressaltado, a autora questiona a legalidade do ato que a eliminou do concurso (pois não obteve pontuação suficiente na prova objetiva) e não o salário do cargo pretendido.
O Superior Tribunal de Justiça entende que o valor da causa pode ser fixado por estimativa quando não for possível a determinação exata da expressão econômica da demanda.
Confira-se: AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
VALOR DA CAUSA.
IMPUGNAÇÃO.
PROVEITO ECONÔMICO.
MENSURAÇÃO INVIÁVEL.
FIXAÇÃO POR ESTIMATIVA.
POSSIBILIDADE.
REVISÃO.
IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA Nº 7/STJ.
DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL PREJUDICADO. 1.
Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código de Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2.
O valor da causa deve equivaler, em princípio, ao conteúdo econômico a ser obtido na demanda, ainda que o provimento jurisdicional buscado tenha conteúdo meramente declaratório. 3.Admite-se que o valor da causa seja fixado por estimativa, quando não for possível a determinação exata da expressão econômica da demanda, estando sujeito a posterior adequação ao valor apurado na sentença ou no procedimento de liquidação. 4.
A incidência da Súmula nº 7/STJ impede a aferição, em recurso especial, do valor atribuído à causa quando as instâncias ordinárias entenderem pela sua proporcionalidade e razoabilidade. 5.
Resta prejudicada a análise do dissídio jurisprudencial em razão da incidência da Súmula 7/STJ ao caso concreto. 6.
Agravo interno não provido. (STJ - AgInt no REsp: 1698699 PR 2017/0143687-2, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Data de Julgamento: 06/02/2018, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 23/02/2018) (grifo nosso) Ante o exposto, ACOLHO A IMPUGNAÇÃO para fixar o valor da causa em R$ 1.000,00 (mil reais).
Registre-se.
Ainda em preliminar de contestação, o Distrito Federal sustenta ilegitimidade passiva, porquanto o ato impugnado teria sido praticado pela banca organizadora, por delegação.
Contudo, razão não lhe assiste.
A legitimidade para a causa consiste na pertinência subjetiva daquela pessoa em demandar ou ser demandada.
No caso, se discute questões relativas ao concurso público executado pela banca organizadora, que atuou em delegação ao Distrito Federal, para a Carreira de Atenção Comunitária à Saúde do Quadro de Pessoal do Distrito Federal.
Tal fato demonstra a pertinência subjetiva do ente público para figurar no polo passivo.
Tanto o ente público organizador quanto a banca examinadora do concurso público referenciada possuem legitimidade passiva ad causam.
Portanto, REJEITO a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pelo ente público.
Ausentes outras questões preliminares a serem analisadas ou vícios processuais a serem sanados.
Estão presentes os pressupostos processuais e as condições da ação.
Passo ao mérito da demanda (art. 487, I, do CPC).
A questão controvertida resume-se em verificar se existe o distinguishing em relação aos Tema de Repercussão Geral n.º 485 do STF.
O Supremo Tribunal Federal fixou a tese de que os critérios adotados por banca examinadora de um concurso não podem ser revistos pelo Poder Judiciário (Tema 485), salvo em casos de ilegalidade: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INTERPOSIÇÃO EM 23.10.2018.
DIREITO ADMINISTRATIVO.
AÇÃO ORDINÁRIA.
CONCURSO PÚBLICO.
TEMA 485 DA REPERCUSSÃO GERAL.
CRITÉRIOS ADOTADOS POR BANCA EXAMINADORA.
SUBSTITUIÇÃO PELO PODER JUDICIÁRIO.
IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. 1.
O acórdão recorrido destoa da jurisprudência desta Corte, sedimentada no julgamento do RE RG 632.853, Rel.
Min.
Gilmar Mendes, DJe 29.06.2015 (tema 485), no sentido de que não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora de concurso para avaliar respostas dadas às questões e notas pertinentes, salvo na hipótese de ilegalidade, de ocorrência de erro flagrante nas questões impugnadas, o que não se verificou na hipótese em análise. 2.
Agravo regimental a que se nega provimento, com aplicação de multa, nos termos do art. 1.021, §4º, do CPC.
Majorados em em ¼ (um quarto) os honorários fixados anteriormente, nos termos do art. 85, § 11, do CPC, devendo ser observados os §§ 2º e 3º do mesmo dispositivo e a suspensão da exigibilidade por ser a parte beneficiária da justiça gratuita. (RE 1070361 ED-AgR, Relator(a): Min.
EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado em 25/10/2019, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-244 DIVULG 07-11-2019 PUBLIC 08-11-2019) É firme o entendimento de que não cabe ao Poder Judiciário definir os critérios de avaliação efetivados pela instituição realizadora de concurso público, ou, ainda, ingressar no mérito de correção da prova respectiva, salvo nas hipóteses de flagrante ilegalidade e abuso de poder (Plenário do STF, 04.2015, RE 632.853/CE, Tema 485 de Repercussão Geral).
Em casos dessa natureza, o Poder Judiciário não pode substituir a banca examinadora para avaliar as respostas e alterar gabaritos, porque implica invasão do mérito administrativo.
O Poder Judiciário pode verificar apenas aspectos de legalidade, ou seja, se as questões se relacionam ao assunto constante no edital, que é a lei do concurso, ao qual a administração pública está submetida.
Se a prova exigir questão ou assunto não previsto no edital é possível o controle de legalidade.
Pois bem.
No caso dos autos, a autora pretende valoração de questões e respostas, o que implica análise do mérito, em violação ao que foi julgado pelo STF, no Tema 485 de Repercussão Geral.
Explico.
A autora pede a anulação das questões 07 e 09, da prova objetiva tipo A, ao fundamento de que não apresentam resposta, e da questão 08, por ambiguidade de resposta.
Em relação às questões 07 e 09, não merece acolhimento o pedido autoral.
Veja: QUESTÃO 7 Assinale a afirmação correta (a) “como” (l.1) expressa sentido de conformidade. (b) “onde” (l.4) não permite a substituição por “em que”. (c) “existiam” (l.10) pode ser substituída pela forma verbal “há” sem nenhum prejuízo de ordem gramatical. (d) “extremamente” (l.17) intensifica “valores” (l.17).
QUESTÃO 9 Há correspondência modo-temporal entre a forma verbal composta “têm alcançado” (l.17) e a simples em (a) Alcançasse. (b) Alcançou. (c) Alcançaria. (d) Alcançava.
Com relação à mencionada questão 07, ao contrário do que alega a candidata, a resposta correta seria alternativa C, conforme gabarito oficial e parecer de ID 208526511, pág. 1.
No tocante à questão 09, também não merece acolhimento a pretensão da autora.
De acordo com as informações prestadas e parecer técnico juntado pelo FUNATEC (ID 208526514, págs. 1/3), há alternativa correta, qual seja, letra B, com o seguinte fundamento: “(b) Alcançou Tempo Verbal: Pretérito perfeito do indicativo.
Uso: Indica uma ação concluída no passado.
Correspondência modo-temporal: Corresponde, pois tanto o presente perfeito quanto o pretérito perfeito indicam ações que têm relevância no presente.
Fundamentação gramatical 1.
Evanildo Bechara - "Moderna Gramática Portuguesa": "O pretérito perfeito do indicativo indica uma ação totalmente concluída no passado.
O presente perfeito do indicativo, por sua vez, situa a ação entre o passado e o presente, mas ambas as formas verbais mantêm a relevância da ação até o presente" (Bechara, "Moderna Gramática Portuguesa"). 2.
Celso Cunha e Lindley Cintra - "Nova Gramática do Português Contemporâneo": "O presente perfeito destaca uma ação iniciada no passado que continua no presente ou cujos efeitos perduram.
O pretérito perfeito descreve uma ação passada completamente terminada.
Em termos de relevância temporal, ambas as formas podem ser usadas para conectar eventos passados ao presente" (Cunha e Cintra, "Nova Gramática do Português Contemporâneo")” Da mesma forma, a questão 08 apresenta apenas uma resposta correta, qual seja, letra B, cuja justificativa se encontra no parecer de ID 208526513: “Portanto, a alternativa correta é a letra “B”.
Justificativa: A escolha pela voz passiva sintética, como exemplificada na frase "se faz necessária a expansão de todo serviço público", é uma construção gramatical que não exige a identificação explícita do agente da ação.
Segundo a "Moderna Gramática Portuguesa" de Evanildo Bechara, a voz passiva sintética é usada quando se quer enfatizar a ação ou o estado resultante sem a necessidade de mencionar quem a realiza.
Essa estrutura é comum em textos descritivos e explicativos, onde o foco está mais na informação transmitida do que nos agentes que executam a ação.
Assim, a construção permite que o autor dispense a identificação do agente, concentrando-se apenas na ação ou no fato em si.
A voz passiva sintética é uma construção que enfatiza a ação ou o estado resultante, sem a necessidade de mencionar o agente da ação.
Essa escolha é estilística e pode ser motivada por diversos fatores, como a necessidade de generalização, a irrelevância do agente ou a simples ênfase na ação.
Em "se faz necessária a expansão de todo serviço público", o uso da voz passiva sintética permite focar na necessidade da ação (a expansão dos serviços públicos) sem mencionar quem deve realizar essa ação, embora da leitura do texto percebe-se que essa é uma ação estatal.
Cunha e Cintra mencionam que a voz passiva sintética é uma forma de simplificação da voz passiva analítica, onde o agente da ação é frequentemente omitido por não ser relevante ou necessário ao contexto. "A voz passiva sintética utiliza o pronome 'se' para apassivar a ação, mantendo o foco na própria ação ou no estado resultante, sem necessidade de identificação explícita do agente" (Cunha e Cintra, "Nova Gramática do Português Contemporâneo", 5ª edição).
Cita-se um outro exemplo utilizando o poder público para ilustrar a voz passiva sintética: "Implementam-se novas políticas de saúde." Análise do Exemplo Voz Passiva Sintética: "Implementam-se novas políticas de saúde." Estrutura: Verbo na terceira pessoa do plural + pronome "se" apassivador.
Foco: A ação de implementar novas políticas de saúde.
Agente da Ação: Não mencionado, mas é subentendido que o agente é o poder público ou alguma autoridade responsável pela saúde pública.
Evanildo Bechara, em “Moderna Gramática Portuguesa" registra que a voz passiva sintética, construída com o pronome 'se' apassivador, permite que o sujeito paciente se destaque e o agente da ação não precise ser mencionado" (Bechara, "Moderna Gramática Portuguesa", 37ª edição).
Portanto, escolha pela voz passiva sintética em "se faz necessária a expansão de todo serviço público" permite ao autor dispensar a menção do agente da ação, focando na importância da expansão dos serviços públicos.
Isso é gramaticalmente correto e comum em textos onde a ação ou o estado resultante é mais relevante que o executor da ação.
Esta prática é fundamentada em gramáticas renomadas, como as de Bechara e Cunha e Cintra, que explicam a função e a estrutura da voz passiva sintética na Língua Portuguesa.” Nesse sentido, todas as questões indicadas encontram-se no conteúdo programático conforme edital e possuem apenas uma alternativa correta, e, portanto, não há qualquer ilegalidade.
No caso, não obstante a autora junte pareceres que discordam da correção do gabarito, não houve demonstração de erro grosseiro ou ilegalidade.
Em verdade, a autora pretende questionar a interpretação da banca quanto as questões, o que representa clara valoração do mérito administrativo.
A controvérsia gira em torno da interpretação das questões.
A controvérsia é de mera interpretação.
Logo, não há demonstração de qualquer ilegalidade nas questões impugnadas.
A candidata pretende rever os critérios adotados pela banca, o que é vedado.
Como mencionado inicialmente, o Poder Judiciário não pode imiscuir-se na aferição de critérios e valorações de correção da própria banca examinadora, e tampouco poderá questionar a formulação das questões e avaliar as respostas, sob pena de violação dos princípios da separação de poderes (Tema 485 do STF). À míngua de ilegalidade nas questões impugnadas e considerando que não há distinção do precedente vinculante, a improcedência do pedido é medida que se impõe.
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS formulados pela parte autora, e, em consequência, EXTINGO O PROCESSO COM JULGAMENTO DO MÉRITO, na forma do art. 487, I, do CPC.
Em razão da sucumbência, condeno a parte autora ao pagamento de custas e honorários sucumbenciais, fixados em R$ 4.000,00, conforme disposto no art. 85, § 2º e 3º, do CPC.
Suspensa a exigibilidade em razão da gratuidade de justiça deferida, conforme art. 98, § 3º, do CPC.
Sentença não sujeita à remessa necessária.
Apresentada apelação, intime-se a parte contrária para se manifestar em contrarrazões.
Com a manifestação ou transcorrido o prazo, encaminhem-se os autos ao TJDFT, independente de nova conclusão.
Transitado em julgado, dê-se baixa e arquivem-se os autos.
AO CJU: Retifique-se o valor da causa para R$ 1.000,00.
Intimem-se as partes.
Prazo: 15 dias para a parte autora e FUNATEC; 30 dias para o Distrito Federal, já considerado o dobro legal.
Em caso de apelação, intime-se o apelado para contrarrazões.
Com a manifestação ou transcorrido o prazo sem manifestação, encaminhem-se os autos ao TJDFT, independente de nova conclusão.
Com o trânsito em julgado, arquivem-se com baixa.
BRASÍLIA, DF, assinado eletronicamente.
DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI Juiz de Direito -
13/09/2024 00:58
Expedição de Outros documentos.
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12/09/2024 19:07
Recebidos os autos
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12/09/2024 19:07
Julgado improcedente o pedido
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11/09/2024 19:01
Conclusos para julgamento para Juiz(a) DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI
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11/09/2024 17:18
Recebidos os autos
-
11/09/2024 17:18
Proferido despacho de mero expediente
-
11/09/2024 00:24
Conclusos para decisão para Juiz(a) DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI
-
10/09/2024 14:52
Juntada de Petição de réplica
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30/08/2024 21:46
Juntada de Petição de petição
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22/08/2024 18:53
Juntada de Petição de petição
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22/08/2024 02:30
Publicado Despacho em 22/08/2024.
-
22/08/2024 02:30
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 21/08/2024
-
22/08/2024 02:30
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 21/08/2024
-
21/08/2024 00:00
Intimação
Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS 2VAFAZPUB 2ª Vara da Fazenda Pública do DF Número do processo: 0712608-26.2024.8.07.0018 Classe judicial: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) AUTOR: VITORIA REGINA MACEDO BORGES REU: DISTRITO FEDERAL, FUNDACAO DE APOIO TECNOLOGICO - FUNATEC DESPACHO A parte ré juntou CONTESTAÇÃO.
Intime-se a parte autora para se manifestar, no prazo de 15 (quinze) dias, sobre a contestação apresentada pela parte ré e, na mesma oportunidade, indicar as provas que pretende produzir.
Sem prejuízo, deverá a parte ré especificar as provas, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de preclusão.
As partes, ao indicar as provas que pretendem produzir, devem esclarecer sua finalidade, ou seja, exatamente o fato que pretendem provar, sendo certo que as não justificadas, inúteis ou meramente protelatórias serão indeferidas.
As partes desde já ficam advertidas de que, caso desejem produzir prova oral, depoimento da parte e/ou oitiva de testemunhas, deverão apresentar os róis e informar se pretendem a intimação da parte contrária para prestar depoimento, assim como das testemunhas, ou se estas últimas comparecerão à audiência de instrução e julgamento independente de intimação.
Se as partes tiverem interesse na produção de prova documental que não acompanhou a inicial ou a contestação, os documentos deverão ser apresentados no prazo de resposta desta decisão, sob pena de preclusão.
Após, voltem conclusos.
Ao CJU: Intime-se a parte autora.
Prazo: 15 dias.
Intime-se a parte ré.
Prazo: FUNATEC, 5 dias; DF, 10 dias, contada a dobra legal.
BRASÍLIA-DF, assinado eletronicamente.
DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI Juiz de Direito -
20/08/2024 14:29
Expedição de Outros documentos.
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20/08/2024 13:55
Recebidos os autos
-
20/08/2024 13:55
Proferido despacho de mero expediente
-
19/08/2024 21:51
Conclusos para decisão para Juiz(a) DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI
-
19/08/2024 15:11
Juntada de Petição de contestação
-
22/07/2024 16:57
Juntada de Petição de contestação
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15/07/2024 20:43
Mandado devolvido entregue ao destinatário
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12/07/2024 04:41
Decorrido prazo de VITORIA REGINA MACEDO BORGES em 11/07/2024 23:59.
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04/07/2024 02:46
Publicado Decisão em 04/07/2024.
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03/07/2024 03:27
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 03/07/2024
-
03/07/2024 00:00
Intimação
Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS 2VAFAZPUB 2ª Vara da Fazenda Pública do DF Número do processo: 0712608-26.2024.8.07.0018 Classe judicial: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) AUTOR: VITORIA REGINA MACEDO BORGES REU: DISTRITO FEDERAL, FUNDACAO DE APOIO TECNOLOGICO - FUNATEC DECISÃO 1 I.
Defiro a gratuidade processual em favor da parte autora.
A autora afirma que participou do concurso público para provimento imediato de vagas e formação de cadastro reserva para a Carreira de Atenção Comunitária à Saúde do Quadro de Pessoal do Distrito Federal e concorreu ao cargo de Agente Comunitário em Saúde.
No caso, pretende questionar o resultado de questões da prova objetiva, cujo resultado definitivo foi divulgado em novembro de 2.023.
Pede liminar para que a banca examinadora anule três questões da prova objetiva.
Decido.
A tutela provisória deve ser indeferida.
Em primeiro lugar, inexiste urgência ou risco de dano, pressuposto da tutela provisória pretendida.
O resultado definitivo da prova definitiva foi divulgado em 04.11.2023 e a autora apenas pretende questionar a legalidade de algumas questões quase 8 (oito) meses após ter ciência do fato. É evidente que o decurso de tão longo período desqualifica a alegada urgência, Ademais, não há qualquer risco de dano ou de perecimento de direito, pois o concurso já está em pleno andamento e qualquer decisão não alteraria tal estado de coisas.
Apenas não é possível admitir que se pretende tutela provisória de urgência após 8 meses do fato que teria violado suposto direito da autora.
A omissão em resguardar direito após tão longo período retira a legitimidade da tutela provisória baseada na urgência.
No mais, a pretensão da autora viola o tema 485, já definido em sede de repercussão geral pelo STF, que tem caráter vinculante.
O Judiciário não pode reexaminar provas de concursos públicos ou realizar interpretações de questões objetivas, como pretende a autora no presente caso.
Apenas em caso de absoluta e manifesta ilegalidade, excepcionalmente, é possível invalidar questões de provas de concursos públicos.
No caso, para se concluir pela ilegalidade, a autora teve que se socorrer de pareceres de especialistas, ou seja, de valorações e interpretações, o que não é possível pelo Judiciário.
O mérito administrativo, conteúdo da questão, não pode ser objeto de apreciação judicial.
Não há ilegalidade flagrante.
A decisão colacionada aos autos do TJDFT é isolada e, no caso, não altera os termos do precedente vinculante definido do tema 485.
No caso, houve a necessidade de interpretação das questões por especialistas, o que evidencia que não se trata de ilegalidade flagrante, capaz de implicar ilegalidade.
Não é possível corrigir provas e valorar questões, como pretende a autora, porque implica violação do mérito administrativo.
Isto posto, INDEFIRO a liminar.
Citem-se os réus para apresentarem contestação, com as advertências legais.
Após a contestação, voltem conclusos.
Não será designada audiência, porque o direito em questão não admite transação.
BRASÍLIA-DF, assinado eletronicamente.
DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI Juiz de Direito -
01/07/2024 16:53
Expedição de Outros documentos.
-
01/07/2024 14:22
Recebidos os autos
-
01/07/2024 14:22
Não Concedida a Medida Liminar
-
30/06/2024 16:32
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
30/06/2024
Ultima Atualização
26/05/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
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