TJSP - 1501006-22.2022.8.26.0543
1ª instância - Sef de Santa Isabel
Polo Ativo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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01/09/2025 01:31
Certidão de Publicação Expedida
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01/09/2025 00:00
Intimação
Processo 1501006-22.2022.8.26.0543 - Execução Fiscal - Dívida Ativa - Alpina Administracao de Bens Ltda -
Vistos.
O MUNICÍPIO DE IGARATÁ ajuizou a presente ação de Execução Fiscal contra ALPINA ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA.
E ORLANDO PEDROSO, partes devidamente qualificadas nos autos em epígrafe, para cobrança do imposto predial e territorial urbano, acrescido de juros, multa e correção monetária, referente aos exercícios financeiros de 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021, os quais foram devidamente inscritos, totalizando o montante de R$ 984,37 (novecentos e oitenta e quatro reais e trinta e sete centavos), conforme certidão(s) da dívida ativa acostada(s) às fls. 03/07.
A coexecutada ALPINA compareceu aos autos e ofertou EXCEÇÃODEPRÉ-EXECUTIVIDADEàs fls. 16/26.
Aduz, em breve síntese que o imóvel gerador da CDA objeto dos autos, referente a cobrança de IPTU, não é mais de sua propriedade.
Afirma ser parte ilegítima para figurar no polo passivo por não ser o proprietário do bem imóvel, pois por meio de compromisso de compra e venda, o imóvel foi alienado a Orlando Pedroso.
Sopesou que todos os direitos e deveres advindos do imóvel, a partir de 05/10/1989, foi transferido ao compromissário comprador.
Requer, por fim, o acolhimento da presente exceção de pré-executividade com a consequente extinção do feito.
Juntou documentos (fls.27/226).
Por este juízo foi oportunizada a manifestação da Autarquia Municipal (fls.228/232).
Após certidão de decurso do prazo para a Autarquia de manifestar (fl.231), a Autarquia pugnou pela suspensão do suspensão do feito com fulcro no artigo 40 da Lei 6.830/80 (LEF).
Fls. 240/243: Pedido de habilitação do novo patrono da coexecutada Alpina. É o relatório.
FUNDAMENTO E DECIDO.
O julgamento antecipado da exceção é medida que se impõe vez que no momento se encontram todos os elementos necessários para a apreciação do mérito.
Inicialmente, vale observar que não há óbice ao conhecimento da matéria pela via de exceção de pré-executividade.
Isso porque dispõe o enunciado da Súmula nº 393 do Superior Tribunal de Justiça que a exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
Para melhor análise da questão posta à baila, urge tecer algumas, preliminarmente, despretensiosas considerações acerca do instituto invocado pelo executado, o qual, nos ensinamentos de José da Silva Pacheco cuida-se de uma defesa imediata com demonstração cabal da impossibilidade do ato executivo, antes de sua concretização (Tratado das Execuções, v. 3, p.224).
A exceção de pré-executividade, criação doutrinária com abrigo em diversos entendimentos pretorianos, embora desprovida de contemplação normativa, trata-se de um incidente defensivo latente no sistema processual, porquanto visa salvaguardar as questões de ordem pública, em especial, pressupostos processuais e condições da ação.
Ademais, os exames dos pressupostos processuais e das condições da ação pode ser feito em qualquer tempo e grau de jurisdição, salientando-se que a legitimidade passiva da ação é questão de ordem pública.
No caso trazido à lume, a REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É MEDIDA QUE SE IMPÕE.
Tratando-se de execução fiscal, a legitimidade passivaestá adstrita aos termos da Certidão de Dívida Ativa (CDA) e só pode figurar como executado aquele que consta como devedor no título.
Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU oproprietáriodoimóveltitular do seu domínio útil ou o seupossuidora qualquer título.
A jurisprudência é no sentido de que tanto o promitente comprador (possuidora qualquer título) doimóvel quanto seuproprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU.
Nesse caminhar, a coexecutada não juntou aos autos a matrícula atualizada do imóvel em que consta o nome dos proprietários registrais, os quais são os responsáveis pelo pagamento do débito, também não comprovou que comunicou à Fazenda Municipal a transferência definitiva do bem imóvel para qualquer suposto comprador.
Verifica-se, portanto, que Alpina Administração de Bens Ltda. é parte legítima para figurar no polo passivo.
Outrossim, importante ressaltar que as CDA's objeto desta lide trazem tanto o proprietário como o compromissário comprador Orlando Pedroso como responsáveis pelo pagamento do débito.
Assim, verifica-se que tanto o proprietário como o compromissário são partes legítimas para figurarem no polo passivo, pois constam nas CDA's e, tampouco há informações de que houve a transferência do bem e o efetivo registro na matrícula do imóvel sobre o qual recai a cobrança do tributo.
A propósito: "APELAÇÃO CÍVEL Execução fiscal - Município de Hortolândia IPTU do exercício de 2003 Ação interposta em 7/8/2012 - Ilegitimidade passiva Certidão de registro do imóvel na qual não consta o nome do executado na cadeia dominial - Ação interposta contra quem nunca foi proprietário do imóvel - Impossibilidade de alteração do polo passivo no curso da demanda Proposta a execução fiscal, essa deve prosseguir contra a pessoa cujo nome foi indicado na CDA Eventual modificação do sujeito passivo da relação tributária em razão do que dispõem os artigos 121 a 123 e 128 do CTN só é permitida na fase administrativa Entendimento da Súmula 392 do STJ Sentença de extinção mantida - Recurso não provido. (TJSP;Apelação 0701174-78.2012.8.26.0229; Relator (a):Raul De Felice; Órgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Público; Foro de Hortolândia -SEF - Setor de Execuções Fiscais; Data do Julgamento: 20/07/2018; Data de Registro: 20/07/2018). "Agravo de instrumento.
Execução fiscal.
IPTU exercícios 2010 a 2014 e multa sobre a propriedade urbana exercício 2014.
Exceção de pré-executividade.
Ilegitimidade passiva.
Compromisso de compra e venda, não assinado pelas partes, não registrado na matrícula do imóvel.
Ausência de prova de quitação do preço e efetiva transmissão da posse ao compromissário comprador.
Não existem peculiaridades no caso concreto que pudessem justificar a não incidência da orientação do C.
STJ no sentido de que tanto o promitente vendedor ou vendedor (que figura na matrícula do imóvel como proprietário) como o compromissário comprador ou comprador (possuidor) podem figurar no polo passivo da execução fiscal.
Recursos repetitivos, REsp 1.073.846-SP, REsp 1.110.551/SP e REsp 1.111.202/SP.
Súmula 399 STJ.
Ilegitimidade passiva afastada.
Decisão que não acolheu a exceção de pré-executividade.
Recurso não provido." (TJ-SP - AI: 21987549220168260000 SP 2198754-92.2016.8.26.0000, Relator: Carlos Violante, Data de Julgamento: 13/09/2018, 18ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 14/09/2018).
Nesse entender, vale ressaltar que o Fisco não está obrigado a investigar, junto a particulares, a existência de eventuais transferências, não formalmente registradas, para efetuar o lançamento e cobrar o crédito tributáriode pessoa que não consta, no Registro de Imóveis, como sucessor do sujeito passivo da obrigação tributária.
Ademais, a excipiente não procedeu com a devida averbação junto à matrícula do bem e no Cartório de Registro de Imóveis e Anexos da Comarca de Santa Isabel/SP, do Contrato de Compromisso de Compra e Venda (fls. 223/226), caso em que a cobrança pode recair em face do proprietário ou do compromissário, sendo este o caso dos autos.
Nessa senda, o artigo 1.245doCódigo Civildispõe expressamente que: Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis".
A propósito trago à liça: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - IPTU - Exercícios de 2014 a 2017 - Município de Santa Barbara D'oeste - Oposição de exceção de pré-executividade alegando nulidade da certidão de dívida ativa, ante cogitada ilegitimidade passiva 'ad causam' dos herdeiros - Rejeição da impugnação, por inadequação - Possibilidade - Ausência de documentação que comprove, de plano, a ilegitimidade passiva dos agravantes, possuidores do imóvel - Questão que envolve matéria controvertida e dependente de provas, só pertinentes em sede de embargos à execução e após a garantia do juízo - Aplicação do enunciado da Súmula nº 393 do E.
STJ - Precedente desta C.
Câmara - Presunção de veracidade e legitimidade inerente ao ato administrativo não afastada - Inexistência de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa - Ausência de prejuízo ao exercício do direito ao contraditório - Decisão agravada fundamentada, em consonância com o disposto no art. 489,§ 1º, do CPC - Decisão mantida - Agravo desprovido. (TJ-SP - AI: 20451824320218260000 SP 2045182-43.2021.8.26.0000, Relator: Silva Russo, Data de Julgamento: 06/05/2021, 15ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 06/05/2021).
Diante do exposto e pelo mais que dos autos consta, REJEITO a presente EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE oposta, determinando, pois, o prosseguimento dos atos executórios.
Decorrido o prazo deste decisium e diante do pedido desuspensão da execução (fls. 238/239), cuja cobrança se encontra inviabilizada, suspendo o processo por um (01) ano, com fundamento noart. 40, § 1º , daLeinº6.830/80.
Nos termos do art. 40, § 2° da LEF, suspendo o curso da execução fiscal pelo prazo de 01 (um) ano, porquanto não for encontrado o executado e/ou bens sobre os quais possa recair a penhora, ficando suspenso o prazo prescricional.
Decorrido o referido prazo, requeira a exequente o que de direito, independentemente de nova vista.
Não havendo nenhum requerimento, os autos serão remetidos ao arquivo provisório, salientando-se que o prazo prescricional voltará a correr.
Intimem-se. - ADV: ALANA NAYANE LEITE FORTUNATO (OAB 517834/SP) -
29/08/2025 10:41
Remetidos os Autos (;7:destino:Remessa) para destino
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29/08/2025 10:05
Proferidas outras decisões não especificadas
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12/05/2025 16:10
Juntada de Petição de Petição (outras)
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07/05/2025 12:43
Conclusos para despacho
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25/10/2024 11:43
Juntada de Petição de Petição (outras)
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18/10/2024 10:10
Juntada de Petição de Petição (outras)
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31/08/2024 10:12
Expedição de Certidão.
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20/08/2024 00:16
Expedição de Certidão.
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20/08/2024 00:16
Proferido despacho de mero expediente
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08/08/2024 16:53
Conclusos para despacho
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30/04/2024 04:13
Suspensão do Prazo
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04/02/2024 15:34
Expedição de Certidão.
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19/01/2024 13:47
Expedição de Certidão.
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19/01/2024 13:45
Ato ordinatório - Intimação - Portal
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19/01/2024 13:43
Expedição de Certidão.
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02/07/2023 09:20
Expedição de Certidão.
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21/06/2023 22:07
Expedição de Certidão.
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21/06/2023 22:06
Ato ordinatório - Intimação - Portal - Fazenda Pública - Manifestação sobre Exceção de Pré-Executividade
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17/02/2023 08:52
Expedição de Certidão.
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07/02/2023 12:25
Juntada de Petição de exceção de pré-executividade
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06/02/2023 15:22
Expedição de Certidão.
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06/02/2023 15:21
Ato ordinatório - Intimação - Portal - Fazenda Pública - Resultado do AR
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28/11/2022 00:00
Juntada de Aviso de recebimento (AR)
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11/11/2022 09:02
Juntada de Aviso de recebimento (AR)
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29/10/2022 22:43
Expedição de Carta.
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29/10/2022 22:43
Expedição de Carta.
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06/09/2022 23:06
Recebida a Petição Inicial
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25/08/2022 13:37
Conclusos para decisão
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20/05/2022 18:50
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
20/05/2022
Ultima Atualização
01/09/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Decisão • Arquivo
Despacho • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Decisão • Arquivo
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