TJRO - 7011083-06.2022.8.22.0010
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) 2ª Turma Recursal
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Partes
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
05/04/2024 12:56
Remetidos os Autos (por julgamento definitivo do recurso) para origem
-
05/04/2024 12:08
Expedição de Certidão.
-
05/04/2024 00:02
Decorrido prazo de RENATO CHAGAS CORREA DA SILVA em 04/04/2024 23:59.
-
05/04/2024 00:01
Decorrido prazo de WALMIR MARQUES em 04/04/2024 23:59.
-
05/04/2024 00:01
Decorrido prazo de RENATO CHAGAS CORREA DA SILVA em 04/04/2024 23:59.
-
05/04/2024 00:01
Decorrido prazo de WALMIR MARQUES em 04/04/2024 23:59.
-
11/03/2024 00:01
Disponibilizado no DJ Eletrônico em #(data)
-
11/03/2024 00:01
Publicado ACÓRDÃO em 11/03/2024.
-
11/03/2024 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA 2ª TURMA RECURSAL GABINETE 2 Número do processo: 7011083-06.2022.8.22.0010 Classe: Recurso Inominado Cível Polo Ativo: WALMIR MARQUES ADVOGADOS DO RECORRENTE: SALVADOR LUIZ PALONI, OAB nº SP81050S, RONIELLY FERREIRA DESIDERIO, OAB nº RO9944A Polo Passivo: ENERGISA RONDÔNIA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., ENERGISA RONDÔNIA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.
ADVOGADOS DOS RECORRIDOS: RENATO CHAGAS CORREA DA SILVA, OAB nº MS5871A, ENERGISA RONDÔNIA, ENERGISA RONDÔNIA RELATÓRIO Alega a parte recorrente que possui propriedade rural, na qual cria gado.
Sustenta que, em 13/05/2022, fios da recorrida geraram descarga elétrica que resultou na morte de duas de suas novilhas.
Requer, por isso, indenização material e moral. VOTO Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.
Em análise ao conjunto probatório, verifica-se que a parte recorrente apresentou fotos dos animais mortos (ID n. 19466785), declaração de óbito (ID n. 19466780), boletim de ocorrência (ID n. 19466782) e comprovante de endereço (ID n. 19466779).
Todavia, neste tipo de ação é necessário demonstrar que a causa do óbito dos semoventes foi resultado de descarga elétrica decorrente da queda do fio de energia, do poste de energia elétrica pertencente à rede da parte recorrida.
Nesse raciocínio, as fotos apresentadas não comprovam que os animais morreram em decorrência de descarga elétrica, visto que não há sequer como auferir que os semoventes estavam, de fato, na propriedade da parte recorrente no momento do sinistro. Além disso, não há laudo técnico de avaliação ou pericial dos semoventes, para aferição da causa da morte e, portanto, não há a comprovação mínima dos fatos sustentados.
Desta forma, depreende-se que a parte recorrente não se desincumbiu do ônus probatório que lhe impõe o inciso I do art. 373 do Código de Processo Civil, ou seja, não demonstrou os fatos constitutivos de seu direito já que não há elemento probatório hábil a comprovar a causa da suposta morte dos semoventes.
Incumbe destacar que, no ressarcimento do dano material, é essencial a efetiva comprovação do prejuízo financeiro que a parte sofreu e, ainda, respectivamente deve ser demonstrada a sua ocorrência, o nexo de causalidade e a culpa da parte adversa, sendo certo que depende de prova inequívoca. A mera informação da ocorrência de dano não é suficiente para a responsabilizar a concessionária pela alegada morte dos animais, sendo imprescindível a comprovação do nexo de causalidade, ou seja, que a queda do fio da rede elétrica pertencente à parte recorrida ocasionou a efetiva lesão aos animais, de modo que é indispensável a apresentação de laudo técnico ou elemento similar para a demonstração do dano e da causa correspondente.
Diante de tal contexto, conclui-se que a parte recorrente não logrou êxito em demonstrar que a parte recorrida agiu com prática abusiva ou que houve falha na prestação do serviço, não havendo se falar, portanto, em ressarcimento de cunho material ou moral.
Frise-se que, não obstante a viabilidade quanto a inversão do ônus da prova, tal benesse não afasta a obrigação da parte recorrente em demonstrar, minimamente, os fatos que comprovam o direito alegado.
Ante o exposto, VOTO no sentido de NEGAR PROVIMENTO ao recurso inominado interposto, mantendo-se inalterados os termos da sentença.
CONDENO a parte recorrente ao pagamento de custas e honorários advocatícios, os quais arbitro em 10% sobre o valor corrigido da causa, nos termos do art. 55 da Lei n. 9.099/1995. É como voto.
EMENTA TURMA RECURSAL.
RECURSO INOMINADO.
REPARAÇÃO DE DANOS.
DANO MATERIAL E MORAL.
MORTE DE SEMOVENTE.
QUEDA DE FIOS DE ENERGIA ELÉTRICA.
NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO. ÔNUS DA PROVA DA PARTE AUTORA.
ALEGAÇÃO NÃO COMPROVADA.
DANOS NÃO CONFIGURADOS.
RECURSO NÃO PROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA.
Na ação de ressarcimento de prejuízos causados pela descarga de energia elétrica, deve ser comprovada a ocorrência do fato, o nexo de causalidade e a culpa da parte contrária no evento danoso, sendo certo que depende de prova inequívoca.
A condenação na obrigação de ressarcir o dano material, necessita de comprovação do efetivo prejuízo sofrido e que este esteja cabalmente relacionado ao objeto da ação.
Nas ações que possuem por objeto relações de consumo, o ônus da prova pode ser invertido, não obstante isso, cabe ao consumidor demonstrar minimamente os fatos constitutivos de seu direito.
Inexistindo a comprovação dos pressupostos ensejadores da reparação civil, não há se falar em indenização material ou moral. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Magistrados da(o) 2ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, em, {RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO À UNANIMIDADE, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR}.
Porto Velho, 04 de março de 2024 ILISIR BUENO RODRIGUES RELATOR -
08/03/2024 13:36
Expedição de Outros documentos.
-
08/03/2024 13:36
Voto do relator proferido
-
06/03/2024 13:29
Conhecido o recurso de ENERGISA RONDÔNIA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. e não-provido
-
04/03/2024 11:47
Juntada de Certidão
-
04/03/2024 11:47
Deliberado em Sessão - Julgado - Mérito
-
11/01/2024 11:57
Pedido de inclusão em pauta
-
31/08/2023 12:19
Redistribuído por sorteio em razão de criação de unidade judiciária
-
24/04/2023 12:01
Conclusos para decisão
-
19/04/2023 13:37
Recebidos os autos
-
19/04/2023 13:37
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
31/08/2023
Ultima Atualização
08/03/2024
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
ACÓRDÃO • Arquivo
ACÓRDÃO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 7000497-55.2023.8.22.0015
Talita Gomes de Albuquerque
Azul Linhas Aereas Brasileira S.A.
Advogado: Rodrigo Giraldelli Peri
1ª instância - TJRR
Ajuizamento: 07/02/2023 22:03
Processo nº 7007122-48.2017.8.22.0005
A C Antunes Confeccoes Eireli - ME
Braspress Transportes Urgentes LTDA
Advogado: Camilla Fernandes Lopes
2ª instância - TJRR
Ajuizamento: 21/08/2019 18:21
Processo nº 7007122-48.2017.8.22.0005
Braspress Transportes Urgentes LTDA
A C Antunes Confeccoes Eireli - ME
Advogado: Camilla Fernandes Lopes
Tribunal Superior - TJRR
Ajuizamento: 17/11/2020 10:00
Processo nº 7007122-48.2017.8.22.0005
Braspress Transportes Urgentes LTDA
A C Antunes Confeccoes Eireli - ME
Advogado: Herik Alves de Azevedo
1ª instância - TJRR
Ajuizamento: 03/08/2017 17:41
Processo nº 7032583-97.2018.8.22.0001
Mohana Dea Vieira
Valclei Queiroz da Silva
Advogado: Anderson Diego Gama Reis
1ª instância - TJRR
Ajuizamento: 16/08/2018 10:17