TJRN - 0806153-13.2025.8.20.0000
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Cornelio Alves
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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19/09/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL Processo: AGRAVO DE INSTRUMENTO - 0806153-13.2025.8.20.0000 Polo ativo MARIA SOLEDADE FERNANDES E SANTOS e outros Advogado(s): GEAILSON SOARES PEREIRA, FABIO LUIZ MONTE DE HOLLANDA, JOAO VICTOR DE HOLLANDA DIOGENES Polo passivo ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Advogado(s): Ementa: Direito processual civil.
Agravo de instrumento.
Cumprimento de sentença oriundo de ação coletiva.
Representação sindical.
Execução fracionada por determinação judicial.
Natureza individual da demanda.
Inexistência de prevenção.
Livre distribuição.
Recurso Desprovido.
I.
Caso em exame 1.
Agravo de instrumento interposto pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Rio Grande do Norte – SINDIFERN, na qualidade de substituto processual, contra decisão que determinou a redistribuição de cumprimento de sentença, ajuizado em nome de substituído específico, a uma das varas da Fazenda Pública da comarca de Natal/RN, sob o fundamento de que a execução, embora originada de ação coletiva, possui natureza individual.
O agravante defende a competência da 5ª Vara da Fazenda Pública, onde tramitou a fase de liquidação, alegando prevenção decorrente da coisa julgada e da perpetuação da jurisdição.
II.
Questão em discussão 2.
Há duas questões em discussão: (i) definir se a execução ajuizada por sindicato em nome de substituído específico, ainda que em decorrência de desmembramento judicial, mantém natureza coletiva; e (ii) verificar se há prevenção do juízo da liquidação para processar a execução, afastando a regra da distribuição aleatória.
III.
Razões de decidir 3.
O desmembramento da execução coletiva por decisão judicial, com a finalidade de organizar o cumprimento em grupos reduzidos, não modifica a natureza individual das execuções originadas. 4.
A atuação do sindicato como substituto processual não converte, por si só, a execução em coletiva, quando proposta em nome de substituído específico, sem litisconsórcio amplo ou interesse comum indivisível. 5.
O Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de que execuções individuais de sentença coletiva não atraem a competência do juízo que proferiu a decisão exequenda, nem ensejam distribuição por dependência obrigatória. 6.
O regime processual aplicável impõe a livre distribuição das execuções individuais, mesmo quando originadas de ação coletiva e representadas por entidade sindical. 7.
A concentração dessas demandas em um único juízo, além de não encontrar amparo legal, compromete a efetividade da prestação jurisdicional e a razoável duração do processo.
IV.
Dispositivo e tese 8.
Recurso desprovido.
Tese de julgamento: 1.
A execução individual derivada de sentença coletiva, ainda que desmembrada por decisão judicial, mantém natureza individual. 2.
A representação por sindicato não altera a natureza da execução quando proposta em nome de substituído específico, sem litisconsórcio abrangente. 3.
A execução individual de sentença coletiva não gera prevenção do juízo da liquidação, devendo ser livremente distribuída conforme as regras processuais.
Dispositivos relevantes citados: CPC, arts. 502, 508, 516, II, 534; CF/1988, arts. 5º, XXXVI, e 37, caput.
Jurisprudência relevante citada: STJ, AgInt no REsp 2.004.191/DF, rel.
Min.
Herman Benjamin, DJe 19.12.2022; TJCE, Conflito de competência 0004424-43.2023.8.06.0000, rel.
Des.
Jane Ruth Queiroga, j. 06.12.2023; TRF3, CCTV 5021255-35.2022.4.03.0000, rel.
Des.
José Carlos Francisco, j. 04.05.2023; TRT17, CC 0000432-93.2018.5.17.0000, rel.
Daniele Correa Santa Catarina, j. 13.03.2019; TJRN, Agravo de instrumento nº 0806144-51.2025.8.20.0000, 1ª Câmara Cível, rel.
Des.
Cornélio Alves de Azevedo Neto, j. 19/07/2025, DJE. 21/07/2025 e TJRN, Agravo de instrumento nº 0806683-17.2025.8.20.0000, rel.
João Afonso Morais Pordeus, Primeira Câmara Cível, j. 06/06/2025, DJe 09/06/2025.
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima identificadas: Acordam os Desembargadores que integram a 1ª Câmara Cível deste Egrégio Tribunal de Justiça, em Turma, à unanimidade de votos, conhecer e negar provimento ao Instrumental, conforme voto do Relator, parte integrante deste.
RELATÓRIO Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Rio Grande do Norte - SINDIFERN, na qualidade de substituto processual de Maria Soledade Fernandes e Santo, em face de decisão proferida pelo Juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal/RN, nos autos da Liquidação de Sentença nº 0847526-90.2024.8.20.5001, movida em desfavor do Estado do Rio Grande do Norte-RN, que determinou a redistribuição do feito a uma das Varas da Fazenda Pública da Comarca, sob o fundamento de que não se trataria de execução individual de sentença coletiva, mas sim de desmembramento determinado pelo próprio juízo da liquidação.
Nas razões recursais (id 30546982), o insurgente defendeu a reforma da decisão que determinou a redistribuição da execução, aduzindo, em síntese, os seguintes pontos: i) O processo desmembrado decorre de ação coletiva proposta sob o nº 0001260-54.1998.8.20.0001, cujo objeto é o reconhecimento de perdas remuneratórias oriundas da conversão da moeda para URV, e cuja fase de liquidação (processo nº 0830672-31.2018.8.20.5001) tramitou na mesma 5ª Vara da Fazenda Pública; ii) No curso da liquidação, a própria parte agravada (Estado) pleiteou a divisão da execução em grupos, tendo o juízo acolhido o pedido e fixado o desmembramento em execuções com até 10 substituídos, posteriormente reduzido para grupos de até 5 pessoas, conforme reiteradas decisões daquele juízo; iii) Tal determinação judicial transitou em julgado e, portanto, reveste-se da autoridade da coisa julgada material (arts. 502 e 508 do CPC e art. 5º, XXXVI da CRFB/88), sendo indevida nova apreciação quanto à distribuição; iv) O pronunciamento singular, ao determinar a redistribuição da execução por dependência, violaria também os arts. 516, II, e 534 do CPC, pois o cumprimento de sentença deve ocorrer no juízo que proferiu a decisão de mérito em primeiro grau, sobretudo nos casos de Fazenda Pública, inexistindo norma legal que imponha distribuição aleatória para hipóteses como a dos autos; v) Eventual cumprimento de sentença em autos distintos não descaracteriza a natureza coletiva da execução, sobretudo quando decorre de determinação judicial, conforme reconhecido pela jurisprudência deste Tribunal, notadamente nos autos do AI 0814944-05.2024.8.20.0000, que assentou a tese de que “a execução promovida pelo substituto processual, ainda que em nome de um único substituído em observância à determinação judicial, mantém sua natureza coletiva”; e vi) O juízo da liquidação vedou, expressamente, a execução dos valores devidos aos substituídos nos autos principais, autorizando apenas a execução dos honorários da fase de conhecimento, o que impõe a obrigatoriedade de formação de autos apartados, sem que isso afaste a competência do juízo originário.
Ao final, citando dispositivos legais e precedentes jurisprudenciais, pleiteou, em sede liminar, a antecipação da tutela recursal para suspender os efeitos da decisão agravada que determinou a redistribuição da execução, e, no mérito, sua reforma, com o reconhecimento da competência da 5ª Vara da Fazenda Pública para o processamento do feito executivo, por força da coisa julgada e do princípio da perpetuação da jurisdição.
Instruindo o Agravo, juntou-se cópia parcial dos autos originários, bem como da decisão agravada.
O pedido de antecipação dos efeitos da tutela foi indeferido pelo Magistrado João Pordeus, Relator em substituição legal, segundo se verifica da decisão acostada ao id 31688638.
Não foram apresentadas contrarrazões, segundo se infere da certidão anexada no id 32973604.
Ausentes as hipóteses de intervenção ministerial (arts. 176 e 178 do Código de Processo Civil). É o relatório.
VOTO Preenchidos os requisitos legais, conheço do Recurso.
Analisando o caderno processual, vê-se que os autos originários tratam de pedido de cumprimento de sentença proferida em ação coletiva movida contra o Estado do Rio Grande do Norte, na qual foi reconhecido o direito ao recebimento de eventuais diferenças remuneratórias decorrentes da conversão da moeda para a URV.
Representado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Rio Grande do Norte, o exequente requereu a execução da obrigação e a distribuição do feito por dependência à 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal.
O Juízo da mencionada Vara, ao apreciar o pedido, por meio de decisão que determinou o chamamento do feito à ordem, entendeu não haver prevenção para o processamento das execuções individuais oriundas da sentença coletiva.
E, com base nesse entendimento, determinou a remessa dos autos ao setor competente para distribuição aleatória, ou, caso esta já tivesse sido realizada, o retorno do processo à Vara originariamente sorteada.
Em razão disso, o Sindicato, na qualidade de substituto processual, interpôs agravo de instrumento, alegando que a execução, embora desmembrada por decisão judicial na fase de liquidação, manteria natureza coletiva, o que justificaria a competência do Juízo que proferiu a sentença exequenda.
Examinando tais considerações e os demais elementos constantes no caderno digital, entende-se que a execução em questão foi proposta em favor de substituído específico, de forma individualizada, ainda que mediante representação sindical.
O fato de o desmembramento ter decorrido de ordem judicial não transmuta a natureza da execução, que permanece sendo individual.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) pacificou o entendimento de que as execuções individuais derivadas de sentença coletiva não atraem a competência do juízo prolator da decisão exequenda por prevenção, submetendo-se ao regime ordinário de distribuição entre os juízos competentes, conforme as regras processuais vigentes.
Para corroborar esse entendimento, colhem-se os seguintes precedentes do STJ e de outros tribunais pátrios: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE TÍTULO JUDICIAL FORMADO EM AÇÃO COLETIVA. 1.
Cuida-se, na origem, de Petição por meio da qual a Associação Nacional dos Servidores da Justiça do Trabalho - Anajustra, representando seus associados, pretende a execução de título judicial de ação coletiva (Processo n. 0022862-96.2011.4.01.3400) consistente na aplicação da apuração do Imposto de Renda pelo "regime de competência", relativamente a rendimento recebido acumuladamente (RRA) no bojo da ação n. 2008.34.00.000201-4 (ação movida pelos servidores da Justiça do Trabalho visando ao recebimento de incorporação de quintos/décimos/VPNI).
A execução da ação coletiva foi fragmentada em grupos de 60 (sessenta) associados. 2.
A agravante sustenta a nulidade da decisão agravada, sob o argumento: "É que antes da data em que foi proferida já restava configurada a prevenção do Min.
Og Fernandes para julgar recursos ou incidentes relacionados às execuções da ANAJUSTRA decorrentes do título formado nos autos nº 0022862-96.2011.4.01.3400, em razão do disposto no art. 930, parágrafo único do CPC de 2015 c/c 71 do Regimento Interno desta Corte". 3.
O STJ fixou diretiva de que a execução individual genérica de sentença condenatória proferida em julgamento de Ação Coletiva não gera a prevenção do Juízo, devendo o respectivo recurso submeter-se à livre distribuição.
Não há nulidade, no caso.
Precedentes: AgInt no REsp 1.633.824/PB, Rel.
Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe 23.8.2019; REsp 1.911.623/PE, Rel.
Min.
Gurgel de Faria, DJe 11.5.2021; e REsp 1.906.815/PE, Rel.
Min.
Mauro Campbell Marques, DJe 18.12.2020. 4.
Agravo Interno não provido. (STJ.
AgInt no REsp n. 2.004.191/DF, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 15/12/2022, DJe de 19/12/2022) PROCESSUAL CIVIL.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
TRÂNSITO EM JULGADO.
LIQUIDAÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA.
INEXISTÊNCIA DE PREVENÇÃO DO JUÍZO PROLATOR DA SENTENÇA.
DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA.
PRECEDENTES DO STJ E DO TJCE.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA CONHECIDO PARA FIRMAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO DA 19ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA. 1.
Cinge-se o presente conflito em definir qual é o juízo competente para processar e julgar o pedido de liquidação de sentença decorrente de uma ação civil pública, se o juízo suscitante da 10ª Vara Cível, onde tramita a ação coletiva, ou o juízo suscitado da 19ª Vara Cível, ambos da Comarca de Fortaleza. 2.
A Segunda Seção do col.
STJ estabelece que a execução individual de sentença proferida em ação civil pública não segue a regra comum de competência prevista no art. 516 do CPC, segundo a qual o cumprimento da sentença será efetuado perante o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição (inciso II), pois ausente interesse apto a justificar a prevenção do juízo que julgou a ação de conhecimento (AgInt nos EDcl no CC n. 186202/DF, Rel .
Min.
Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, DJe 30.08.2022). 3.
Dessa forma, o pedido de liquidação/cumprimento individual de sentença deve ser distribuído livremente, de forma aleatória, nos termos do art. 285, caput, do CPC, sem prevenção do juízo da ação coletiva.
Caso contrário, a prevenção do juízo da ação coletiva poderia inviabilizar a efetivação da tutela dos direitos individuais dos beneficiados pela sentença e comprometer a rápida prestação jurisdicional, pois um único juízo seria responsável por processar um grande número de demandas individuais. 4.
Conflito negativo de competência conhecido para firmar a competência do juízo suscitado da 19ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza para processar e julgar o pedido de liquidação de sentença (Processo n. 0268324-13.2023 .8.06.0001). (TJ-CE - Conflito de competência cível: 0004424-43 .2023.8.06.0000 Fortaleza, Relator.: JANE RUTH MAIA DE QUEIROGA, Data de Julgamento: 06/12/2023, 3ª Câmara Direito Privado, Data de Publicação: 06/12/2023) PROCESSUAL CIVIL.
CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA COLETIVA.
AJUIZAMENTO POR SINDICATO.
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL.
PARCELA PEQUENA DE TRABALHADORES.
CONTORNOS DE CUMPRIMENTO INDIVIDUAL DE SENTENÇA GENÉRICA.
TEMA 480/STJ.
LIVRE DISTRIBUIÇÃO.
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. - O sindicato atua como legitimado extraordinário em substituição processual dos trabalhadores (sendo desnecessária autorização expressa e lista de filiados), e está legitimado para a liquidação e para o cumprimento do título executivo coletivo (independentemente de qualquer autorização dos beneficiados).
Tema 823/STF - Em atenção ao Tema 480/STJ, à luz do art . 98 da Lei nº 8.078/1990, para o cumprimento individual de sentença coletiva, cabe aos exequentes escolherem entre o foro em que a ação coletiva foi processada e julgada e o foro dos seus domicílios.
Porém, em que pese a possibilidade de opção pelo foro do domicílio do titular do direito individual, não há prevenção da vara que conheceu do mérito da ação coletiva.
O significado de "foro" não pode ser confundido com "vara" para fins de vincular um único julgador a todos os cumprimentos individuais de ação coletiva, mesmo porque resultaria na imposição de distribuição concentrada de feitos a uma única unidade jurisdicional (secretaria e gabinete), distorcendo a partilha equitativa de atribuições jurisdicionais - O cumprimento individual de sentença coletiva ajuizado pelo titular do direito (substituído) em seu domicílio está sujeita à livre distribuição entre as varas existentes no foro escolhido, não podendo ser concentradas em apenas uma unidade jurisdicional, mesmo se dentre elas estiver a que decidiu o mérito da fase de conhecimento - No caso dos autos, trata-se de cumprimento de sentença coletiva ajuizado por sindicato como substituto de apenas 10 trabalhadores (sendo certo que a mesma entidade foi substituta de um número bem maior ao tempo da ação de conhecimento que gerou a coisa julgada em questão) .
Ou seja, o caso sub judice não cuida propriamente de cumprimento coletivo de sentença genérica obtida pelo sindicato, como substituto processual de todos os trabalhadores (sequer de um número expressivo), de modo que essa fase processual toma contornos de cumprimento individual de sentença coletiva (ainda que em admissível litisconsórcio ativo), merecedora do mesmo tratamento jurídico que permite a opção pelo foro do ajuizamento e pela inexistência de prevenção ou de distribuição por dependência para a vara que processou a ação de conhecimento - O autor distribuiu o incidente de forma incidental ao processo coletivo, tendo o juízo suscitado, de forma correta, determinado a livre distribuição do feito. - Conflito improcedente. (TRF-3 - CCTV: 50212553520224030000 MS, Relator.: Desembargador Federal JOSE CARLOS FRANCISCO, Data de Julgamento: 04/05/2023, 1ª Seção, Data de Publicação: Intimação via sistema DATA: 05/05/2023) CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
AÇÃO LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA COLETIVA.
DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS.
LIMITAÇÃO DE SUBSTITUÍDOS.
COMPETÊNCIA.
EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA PERPETUATIO JURISDICIONIS.
Nos termos do § 1º do artigo 113 do NCPC, o juiz poderá limitar o número de exeqüentes por ação visando resguardar o rápido cumprimento da sentença.
Assim, prolatada decisão nos autos da ação coletiva originária no sentido de que o sindicato deve limitar o número de substituídos por processo ajuizado, as demandas que por ventura vierem a ser propostas deverão respeitar o disposto no inciso Ido § 2º do artigo 98 do CDC, sendo distribuídas livremente, caracterizando uma exceção ao princípio da perpetuatio jurisdicionis.(TRT-17 - CC: 00004329320185170000, Relator.: DANIELE CORRÊA SANTA CATARINA, Data de Julgamento: 13/03/2019, Data de Publicação: 20/03/2019) (destaques acrescentados) Com respaldo no mesmo juízo crítico, esta Câmara Cível também já se pronunciou: Direito processual civil.
Agravo de instrumento.
Cumprimento de sentença coletiva ajuizado em nome de substituído específico.
Desmembramento por decisão judicial.
Natureza individual da execução.
Inexistência de prevenção.
Livre distribuição.
Recurso desprovido. (...) Tese: (i) A execução ajuizada em favor de substituído específico, ainda que desmembrada por decisão judicial, possui natureza individual; (ii) a representação sindical não a converte em coletiva sem litisconsórcio amplo; (iii) execuções individuais de sentença coletiva não atraem prevenção do juízo da fase de conhecimento, sujeitando-se à distribuição aleatória. (...) (Dispositivos: CPC, arts. 502, 508, 516, II e 534; CF, art. 5º, XXXVI, e art. 37.
Jurisprudência: STJ, AgInt no REsp 2.004.191/DF, DJe 19/12/2022) (TJRN, AI nº 0806144-51.2025.8.20.0000, 1ª Câmara Cível, rel.
Des.
Cornélio Alves de Azevedo Neto, j. 19/07/2025, pub. 21/07/2025) Direito processual civil.
Agravo de instrumento.
Execução derivada de sentença coletiva.
Representação sindical.
Execução fracionada por determinação judicial.
Natureza individual da demanda.
Inexistência de prevenção.
Livre distribuição.
Recurso desprovido. (...) Tese: (i) A liquidação em benefício de substituído específico, mesmo desmembrada por decisão judicial, tem natureza individual; (ii) a atuação do sindicato não a converte em execução coletiva; (iii) não há prevenção do juízo da fase de conhecimento, aplicando-se a distribuição aleatória. (Dispositivos: CPC, arts. 502, 508, 516, II e 534; CF, art. 5º, XXXVI, e art. 37.
Jurisprudência: STJ, AgInt no REsp 2.004.191/DF, DJe 19/12/2022).
TJRN, AI nº 0806683-17.2025.8.20.0000, 1ª Câmara Cível, rel.
Des.
João Afonso Morais Pordeus, j. 06/06/2025, pub. 09/06/2025) (realces aditados no texto original) Nesse contexto, a jurisprudência supracitada aplica-se integralmente à hipótese dos autos, pois, embora o fracionamento da execução tenha resultado de determinação judicial destinada a limitar o número de exequentes em litisconsórcio, o pedido de cumprimento de sentença conserva natureza essencialmente individual.
A atuação do sindicato, na espécie, restringe-se à representação processual, não alterando a natureza jurídica da demanda.
Em suma, considerando que a decisão singular se encontra em harmonia com o ordenamento vigente e com a jurisprudência do nacional, sua manutenção é medida que de rigor.
Ante o exposto, vota-se pelo conhecimento e desprovimento do Agravo de Instrumento. É como voto.
Natal (RN), 20 de agosto de 2025 Desembargador Cornélio Alves Relator Natal/RN, 8 de Setembro de 2025. -
27/08/2025 00:00
Intimação
Poder Judiciário do Rio Grande do Norte Por ordem do Relator/Revisor, este processo, de número 0806153-13.2025.8.20.0000, foi pautado para a Sessão VIRTUAL (Votação Exclusivamente PJe) do dia 08-09-2025 às 08:00, a ser realizada no Primeira Câmara Cível (NÃO VIDEOCONFERÊNCIA).
Caso o processo elencado para a presente pauta não seja julgado na data aprazada acima, fica automaticamente reaprazado para a sessão ulterior.
No caso de se tratar de sessão por videoconferência, verificar o link de ingresso no endereço http://plenariovirtual.tjrn.jus.br/ e consultar o respectivo órgão julgador colegiado.
Natal, 26 de agosto de 2025. -
08/08/2025 15:55
Conclusos para decisão
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08/08/2025 15:55
Decorrido prazo de ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE em 01/08/2025.
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02/08/2025 00:01
Decorrido prazo de ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE em 01/08/2025 23:59.
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02/08/2025 00:01
Decorrido prazo de ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE em 01/08/2025 23:59.
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08/07/2025 00:02
Decorrido prazo de SINDICATO DOS AUDITORES FISCAIS DO TESOURO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE - SINDIFERN em 07/07/2025 23:59.
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08/07/2025 00:02
Decorrido prazo de MARIA SOLEDADE FERNANDES E SANTOS em 07/07/2025 23:59.
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08/07/2025 00:02
Decorrido prazo de SINDICATO DOS AUDITORES FISCAIS DO TESOURO ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE - SINDIFERN em 07/07/2025 23:59.
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08/07/2025 00:02
Decorrido prazo de MARIA SOLEDADE FERNANDES E SANTOS em 07/07/2025 23:59.
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14/06/2025 00:35
Publicado Intimação em 12/06/2025.
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14/06/2025 00:35
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 11/06/2025
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14/06/2025 00:29
Publicado Intimação em 12/06/2025.
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14/06/2025 00:29
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 11/06/2025
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14/06/2025 00:29
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 11/06/2025
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11/06/2025 00:00
Intimação
Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento n° 0806153-13.2025.8.20.0000 Origem: 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal/RN Embargante: Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Rio Grande do Norte – SINDIFERN, na qualidade de substituto processual de Maria Soledade Fernandes e Santos Advogados: Monte de Hollanda Advocacia (OAB/RN 105), Fábio Luiz Monte de Hollanda (OAB/RN 12.555-B) e outros Embargado: Estado do Rio Grande do Norte (RN) Procuradores: Antônio Pereira de Almeida Neto e outro Relator: Juiz Convocado João Pordeus DECISÃO Embargos de Declaração opostos pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Rio Grande do Norte – SINDIFERN, na qualidade de substituto processual de Maria Soledade Fernandes e Santos em face de decisão do Relator originário, Desembargador Cornélio Alves, constante no id 30607035, que inadmitiu o Agravo de Instrumento nº 0806153-13.2025.8.20.0000, interposto contra o Estado do Rio Grande do Norte.
Nas razões recursais (id 30776893), o embargante aponta a existência de contradição, ao argumento de que o pronunciamento impugnado diz respeito à redistribuição aleatória determinada nos autos nº 0847526-90.2024.8.20.5001 (execução desmembrada), a qual teria violado a prevenção do Juízo da 5ª Vara, e não à penhora realizada nos autos nº 0830672-31.2018.8.20.5001, tampouco ao despacho de natureza ordinatória prolatado nestes.
Diante deste panorama, requereu o conhecimento e provimento do Recurso para “sanar a contradição supracitada e suspender a decisão que determinou a redistribuição da execução”.
Apesar de intimada, a parte recorrida não apresentou contrarrazões, conforme noticia a certidão exarada no id 31668577. É o breve relatório.
Nos termos do art. 1.022 do Código de Processo Civil, os embargos de declaração destinam-se a suprir omissão, esclarecer obscuridade, eliminar contradição ou corrigir erro material eventualmente presente na decisão judicial.
Na espécie, entretanto, não se identifica nenhum dos vícios supracitados, uma vez que o insurgente veicula, em verdade, pretensão de rediscutir o mérito do pronunciamento que inadmitiu o Agravo de Instrumento nº 0806153-13.2025.8.20.0000, sob alegação de contradição — providência incompatível com a finalidade da presente via integrativa.
Nada obstante, admite-se o recebimento dos embargos como agravo interno, nos termos do § 3º do art. 1.024 do Código de Processo Civil, desde que das razões recursais se possa extrair impugnação objetiva aos fundamentos da decisão recorrida — circunstância verificada na presente hipótese.
Tal autorização encontra amparo no princípio da fungibilidade recursal e no próprio comando processual in verbis: Art. 1.024.
O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. § 1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. § 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. § 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º. § 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração. (negrito aditado no original) Concluída a conversão dos Embargos de Declaração em Agravo Interno, cumpre anotar que, do que se extrai do caderno digital, a anterior inadmissão do Agravo de Instrumento, pelo Relator originário, certamente decorreu, em boa medida, da forma como o recurso foi instruído.
A juntada parcial e atabalhoada de documentos, desacompanhada de contextualização adequada, dificultou a identificação precisa do ato impugnado, o que possivelmente contribuiu para a interpretação então adotada quanto ao objeto recursal e, por consequência, para a conclusão de ausência dos requisitos do art. 1.019, I, do CPC.
Todavia, à luz de uma reanálise mais acurada das razões recursais, verifica-se que estão presentes os pressupostos de admissibilidade do Agravo de Instrumento, o que impõe o exercício do juízo de retratação, nos termos do § 2º do art. 1.021 do CPC: Art. 1.021.
Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. [...] § 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. (realces aditados) Assim sendo, recebo os Embargos de Declaração como Agravo Interno e, em juízo de retratação, admito o processamento do Agravo de Instrumento nº 0806153-13.2025.8.20.0000, com prosseguimento para exame do pedido de tutela de urgência.
Na hipótese vertente, o agravante sustenta que a redistribuição do feito para varas diversas ofende a coisa julgada e contraria o art. 516, II, do CPC, uma vez que a própria decisão do juízo da liquidação determinou o desmembramento da execução em autos apartados, vinculando-os à 5ª Vara da Fazenda Pública.
Aduz que a medida compromete os princípios da legalidade, segurança jurídica e eficiência administrativa, bem como o direito à observância da coisa julgada, nos termos do art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal e dos arts. 502 e 508 do CPC.
No entanto, sem razão.
Segundo a regra insculpida no art. 1.019, I, do CPC, o Relator poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso.
Para tal concessão, é imprescindível a presença dos requisitos constantes do art. 995, parágrafo único, do CPC, quais sejam: risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, além da probabilidade de provimento do recurso.
No particular, confira-se a letra da lei (CPC): Art. 932.
Incumbe ao relator: [...] II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; [...] Art. 995.
Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único.
A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
Com efeito, vê-se que o feito originário trata de pedido de cumprimento de sentença proferida em ação coletiva movida contra o Estado do Rio Grande do Norte, na qual foi reconhecido o direito ao recebimento de eventuais diferenças remuneratórias decorrentes da conversão da moeda para a URV.
Representado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Estado do Rio Grande do Norte, o exequente requereu a execução da obrigação e a distribuição do feito por dependência à 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal.
O Juízo da mencionada Vara, ao examinar o pedido, por meio de decisão que determinou o chamamento do feito à ordem, entendeu não haver prevenção para o processamento das execuções individuais oriundas da sentença coletiva.
E, com base nesse entendimento, determinou a remessa dos autos ao setor competente para distribuição aleatória ou, caso esta já tivesse sido realizada, o retorno do processo à Vara originariamente sorteada.
Em razão disso, o Sindicato interpôs agravo de instrumento, alegando que a execução, embora desmembrada por decisão judicial na fase de liquidação, manteria natureza coletiva, o que justificaria a competência do Juízo que proferiu a sentença exequenda.
Analisando tais considerações e os demais elementos de provas, entende-se que a execução em questão foi proposta em favor de substituído específico, de forma individualizada, ainda que mediante representação sindical.
O fato de o desmembramento ter decorrido de ordem judicial não transmuta a natureza da execução, que permanece sendo individual.
Adicionalmente, registre-se que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pacificou o entendimento de que as execuções individuais derivadas de sentença coletiva não atraem a competência do juízo prolator da decisão exequenda por prevenção, submetendo-se ao regime ordinário de distribuição entre os juízos competentes, conforme as regras processuais vigentes.
Na mesma linha, tem se posicionado o STJ: AgInt no REsp 1.633.824/PB, Rel.
Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe 23.8.2019; REsp 1.911.623/PE, Rel.
Min.
Gurgel de Faria, DJe 11.5.2021; REsp 1.906.815/PE, Rel.
Min.
Mauro Campbell Marques, DJe 18.12.2020; e AgInt no REsp n. 2.004.191/DF, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 15/12/2022, DJe de 19/12/2022.
Com respaldo no mesmo juízo crítico, destaca-se a jurisprudência firmada pelos tribunais de segundo grau: DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA.
INEXISTÊNCIA DE PREVENÇÃO DO JUÍZO ORIGINÁRIO.
REMESSA À LIVRE DISTRIBUIÇÃO.
AGRAVO DESPROVIDO.
I.
CASO EM EXAME 1.
Agravo de instrumento interposto contra decisão proferida nos autos do cumprimento de sentença nº 1046565-42.2023.4.06 .3800.
O Juízo de origem determinou a remessa dos autos à livre distribuição às Varas Cíveis de Belo Horizonte, considerando inexistente a prevenção do juízo que proferiu a sentença na ação coletiva originária para processar as execuções individuais decorrentes do título judicial coletivo.
II.
QUESTÃO EM DISCUSSÃO 2 .
A questão em discussão consiste em verificar se há prevenção do juízo que proferiu a sentença em ação coletiva para processar as execuções individuais dela decorrentes.
III.
RAZÕES DE DECIDIR 3.
O artigo 516, II, do CPC estabelece que o cumprimento de sentença deve ser efetuado perante o juízo que decidiu a causa .
Todavia, a jurisprudência do STJ admite que, no caso de execuções individuais decorrentes de ação coletiva, as execuções podem ser processadas em outras varas, sem a necessidade de vinculação ao juízo originário. 4.
O STJ possui entendimento pacífico de que inexiste prevenção do juízo que proferiu a sentença coletiva em relação às execuções individuais decorrentes dessa decisão. 5 .
A alegação de preclusão pro iudicato não prospera, uma vez que a determinação de ajuizamento das execuções individuais no respectivo domicílio dos exequentes ou, sendo este em Belo Horizonte, com remessa à livre distribuição, já constava nos autos do processo coletivo originário. 6.
O julgamento do caso requer observância do princípio da celeridade processual, visando evitar sobrecarga desproporcional de um único juízo e assegurar a razoável duração do processo.
IV.
DISPOSITIVO E TESE 7.
Agravo de instrumento desprovido.
Tese de julgamento: Não há prevenção do juízo que proferiu a sentença coletiva em relação às execuções individuais dela decorrentes, sendo possível o processamento das execuções em outras varas mediante livre distribuição.
Dispositivos relevantes citados: CPC, art . 516, II.
Jurisprudência relevante citada: AgInt no REsp n. 2.004 .191/DF, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 15/12/2022, DJe de 19/12/2022. (TRF-6 - AI: 10073180820234060000 MG, Relator.: MIGUEL ANGELO DE ALVARENGA LOPES, Data de Julgamento: 21/03/2025, 3ª Turma, Data de Publicação: 26/03/2025) PROCESSUAL CIVIL.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
TRÂNSITO EM JULGADO.
LIQUIDAÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA PROFERIDA EM AÇÃO COLETIVA.
INEXISTÊNCIA DE PREVENÇÃO DO JUÍZO PROLATOR DA SENTENÇA.
DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA.
PRECEDENTES DO STJ E DO TJCE.
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA CONHECIDO PARA FIRMAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO DA 19ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA. [...].
Conflito negativo de competência conhecido para firmar a competência do juízo suscitado da 19ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza para processar e julgar o pedido de liquidação de sentença. (TJ-CE - Conflito de competência cível: 0004424-43.2023.8.06.0000 Fortaleza, Relatora: Jane Ruth Maia de Queiroga, Julgamento: 06/12/2023, 3ª Câmara de Direito Privado, Publicação: 06/12/2023). (realces aditados) Nessa perspectiva, aplica-se integralmente o entendimento acima à situação dos autos, visto que, apesar de o fracionamento da execução decorrer de determinação judicial voltada à limitação do número de exequentes em litisconsórcio, o pedido de cumprimento de sentença mantém caráter eminentemente individual.
A atuação do sindicato, nesse contexto, limita-se à representação processual, não implicando alteração na natureza da demanda.
Em suma, a manutenção do pronunciamento a quo mostra-se adequada, ao menos até o julgamento de mérito do presente reclamo.
Ante o exposto, RECEBO os Embargos de Declaração como Agravo Interno, nos termos do art. 1.024, § 3º, do CPC e, com fundamento no art. 1.021, § 2º, exerço juízo de retratação para ADMITIR o processamento do Instrumental, INDEFERINDO, contudo, o pedido de efeito suspensivo formulado.
Comunique-se ao Juízo de origem.
Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar contrarrazões no prazo legal.
Ultimadas as providências, voltem conclusos.
Publique-se.
Intime-se.
Natal/RN, 06 de maio de 2025 Juiz Convocado João Pordeus Relator -
10/06/2025 11:41
Juntada de documento de comprovação
-
10/06/2025 11:31
Expedição de Ofício.
-
10/06/2025 10:44
Expedição de Outros documentos.
-
10/06/2025 10:43
Expedição de Outros documentos.
-
09/06/2025 12:58
Não Concedida a Antecipação de tutela
-
06/06/2025 19:24
Conclusos para decisão
-
06/06/2025 19:24
Expedição de Certidão.
-
06/06/2025 00:00
Decorrido prazo de ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE em 05/06/2025 23:59.
-
22/05/2025 01:15
Decorrido prazo de ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE em 20/05/2025 23:59.
-
22/05/2025 00:29
Decorrido prazo de ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE em 20/05/2025 23:59.
-
30/04/2025 02:44
Publicado Intimação em 30/04/2025.
-
30/04/2025 02:44
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 29/04/2025
-
30/04/2025 02:44
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 29/04/2025
-
29/04/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Gab.
Des.
Cornélio Alves na Câmara Cível Avenida Jerônimo Câmara, 2000, -, Nossa Senhora de Nazaré, NATAL - RN - CEP: 59060-300 Embargos de Declaração em AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) nº0806153-13.2025.8.20.0000 DESPACHO Vistos etc.
Trata-se de Embargos de Declaração em que a parte Embargante insurge-se contra supostos vícios relacionados ao acórdão proferido pela 1ª Câmara Cível deste Egrégio Tribunal de Justiça.
Diante da pretensão de atribuição de efeitos infringentes ao recurso, determino que se proceda com a intimação da parte embargada para que, no prazo legal, apresente contrarrazões, se assim desejar (§ 2º do art. 1.023 do NCPC).
Conclusos após.
Publique-se.
Intime-se.
Cumpra-se.
Desembargador CORNELIO ALVES DE AZEVEDO NETO Relator -
28/04/2025 11:50
Expedição de Outros documentos.
-
28/04/2025 11:38
Proferido despacho de mero expediente
-
26/04/2025 14:13
Conclusos para decisão
-
25/04/2025 21:20
Juntada de Petição de embargos de declaração
-
23/04/2025 00:10
Publicado Intimação em 22/04/2025.
-
23/04/2025 00:10
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 16/04/2025
-
22/04/2025 12:42
Publicado Intimação em 22/04/2025.
-
22/04/2025 12:42
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 16/04/2025
-
15/04/2025 12:46
Expedição de Outros documentos.
-
15/04/2025 12:45
Expedição de Outros documentos.
-
15/04/2025 08:06
Não conhecido o recurso de #{tipo _de_peticao} de MARIA SOLEDADE FERNANDES E SANTOS
-
11/04/2025 11:54
Conclusos para decisão
-
11/04/2025 11:54
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
11/04/2025
Ultima Atualização
15/09/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Detalhes
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