TJRN - 0805869-47.2024.8.20.5300
1ª instância - 9ª Vara Civel da Comarca de Natal
Polo Ativo
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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12/05/2025 21:24
Juntada de Petição de comunicações
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15/04/2025 06:29
Publicado Intimação em 15/04/2025.
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15/04/2025 06:29
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 14/04/2025
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14/04/2025 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 9ª Vara Cível da Comarca de Natal Rua Doutor Lauro Pinto, 315, Fórum Seabra Fagundes, Lagoa Nova, NATAL - RN - CEP: 59064-972 Processo: 0805869-47.2024.8.20.5300 Ação: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) AUTOR: FRANCISCA MARIA COUTINHO DOS SANTOS REU: HOSPITAL DO CORAÇÃO DE NATAL LTDA DESPACHO Vistos etc.
Atentando-se à certidão de Id. 143025965, defere-se o pedido de gratuidade judiciária em favor da parte autora.
Tão logo despachado o processo, arquivem-se com baixa na distribuição.
P.I.
NATAL/RN, (data e hora do sistema).
RICARDO ANTÔNIO MENEZES CABRAL FAGUNDES Juiz de Direito (documento assinado digitalmente na forma da Lei n°11.419/06) -
11/04/2025 00:37
Arquivado Definitivamente
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11/04/2025 00:35
Expedição de Outros documentos.
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10/04/2025 14:45
Determinado o arquivamento
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10/04/2025 14:45
Concedida a Assistência Judiciária Gratuita a Francisca Maria Coutinho dos Santos.
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14/02/2025 14:32
Conclusos para despacho
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14/02/2025 14:31
Expedição de Certidão.
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11/02/2025 09:47
Transitado em Julgado em 10/02/2025
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11/01/2025 21:24
Juntada de Petição de comunicações
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11/12/2024 02:14
Publicado Intimação em 11/12/2024.
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11/12/2024 02:14
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 10/12/2024
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10/12/2024 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE 9ª Vara Cível da Comarca de Natal Processo: 0805869-47.2024.8.20.5300 Ação: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) AUTOR: FRANCISCA MARIA COUTINHO DOS SANTOS REU: HOSPITAL DO CORAÇÃO DE NATAL LTDA SENTENÇA Trata-se de ação de obrigação de fazer ajuizada por FRANCISCA MARIA COUTINHO DOS SANTOS em face de HOSPITAL DO CORAÇÃO DE NATAL LTDA, partes qualificadas, requerendo a internação da autora em leito de UTI.
A tutela de urgência foi indeferida em sede de plantão noturno (Id. 135621483).
No Id. 135705162, a parte foi instada a comprovar o preenchimento dos pressupostos legais para a concessão da gratuidade.
Em seguida, registrou-se nos autos o falecimento da parte autora (Id. 136388935). É o relatório.
DECISÃO: O artigo 110 do CPC determina que no caso de morte de uma das partes, deverá ela ser sucedida pelo espólio ou por seus sucessores: “art. 110.
Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º”.
Os artigos 689, 690 e 691, por sua vez, indicam os procedimentos da habilitação: Art. 689.
Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo principal, na instância em que estiver, suspendendo-se, a partir de então, o processo.
Art. 690.
Recebida a petição, o juiz ordenará a citação dos requeridos para se pronunciarem no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 691.
O juiz decidirá o pedido de habilitação imediatamente, salvo se este for impugnado e houver necessidade de dilação probatória diversa da documental, caso em que determinará que o pedido seja autuado em apartado e disporá sobre a instrução.
Pois bem.
Analisando-se os autos, verifica-se que os pedidos da inicial restringem-se a obrigação de fazer, consubstanciado na internação da autora em leito de UTI do demandado.
Nesse passo, sendo o bem da vida almejado na ação pela autora inábil de conceder qualquer proveito aos herdeiros e sucessores, ante o seu caráter personalíssimo, não se admitindo a sucessão processual, a extinção do feito é medida que se impõe, consoante disposição do art. 485, inciso IX do Código de Processo Civil.
Acerca do tema, cumpre destacar a jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
DIREITO À SAÚDE.
FALECIMENTO DA PARTE AUTORA.
MULTA DIÁRIA.
TRANSMISSIBILIDADE AOS HERDEIROS.
CRÉDITO DE NATUREZA PATRIMONIAL, QUE NÃO APRESENTA O MESMO CARÁTER PERSONALÍSSIMO DA OBRIGAÇÃO DE FORNECER TRATAMENTO MÉDICO OU MEDICAMENTO.
POSSIBILIDADE DE PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO PELOS SUCESSORES DA PARTE DEMANDANTE.
AGRAVO INTERNO DO ENTE ESTADUAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. [...] 2.
A multa diária, tratada nos §§ 4o. a 6o. do art. 461 do CPC/1973 (art. 537 do Código Fux) afigura-se como crédito patrimonial, não se revestindo da mesma natureza personalíssima que possui a pretensão principal, nas demandas cujo objeto é a efetivação do direito à saúde. 3.
O pedido de tais ações é considerado personalíssimo porque somente o autor é quem tem a necessidade do tratamento ou medicamento, em razão de suas condições pessoais de saúde.
Para qualquer outra pessoa que não apresente o mesmo quadro clínico, inclusive seus herdeiros, a utilização do remédio ou a submissão ao tratamento não faria qualquer sentido, podendo ser até contraproducente. 4.
Em relação ao pedido principal da ação - qual seja, a efetivação em espécie do direito personalíssimo à saúde -, não se admite a sucessão da parte demandante por seus herdeiros. 5.
Quanto às questões patrimoniais,
por outro lado, e ainda que se relacionem de alguma forma com o direito à saúde em si, a solução é diversa.
Isso porque, havendo nos autos pretensão de caráter patrimonial, diversa do pedido personalíssimo principal, o direito subjetivo que embasa a pretensão é um crédito em obrigação de pagar quantia, sendo, por isso, plenamente transmissível aos herdeiros. 6.
Há que se distinguir, portanto, a obrigação principal cujo adimplemento se busca na Ação - uma obrigação de fazer, no caso de tratamento ou providências aptas a garanti-lo, ou de dar, se o pedido for pelo fornecimento de medicamentos ou outros itens - e eventuais obrigações de pagar, que com aquela não se confundem. 7.
Eventual morte da parte autora, assim, afetará apenas a obrigação de fazer ou de dar, que apresenta natureza personalíssima, porquanto adequada apenas ao quadro clínico pessoal da parte demandante. 8.
Obrigações de pagar, por sua vez, são de caráter patrimonial, e por isso não têm sua utilidade prática limitada à parte autora ou às peculiaridades de sua condição clínica.
Ao revés, os créditos oriundos de tais obrigações se inserem no conjunto das relações jurídicas econômicas da parte, e como tais são plenamente transmissíveis a seus herdeiros.
Julgados: AgInt no AREsp. 525.359/MS, Rel.
Min.
GURGEL DE FARIA, DJe 1.3.2018; REsp. 1.475.871/RS, Rel.
Min.
JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, DJe 13.3.2015. 9.
Por integrar o patrimônio do autor, a multa cominatória aplicada em função da recalcitrância do demandado em proceder ao cumprimento da ordem judicial é perfeitamente transmissível aos sucessores após o falecimento do titular, ainda que seja personalíssima a obrigação principal que lhe deu origem (REsp. 1.722.666/RJ, Rel.
Min.
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, DJe 8.6.2018). 10.
Além das considerações sobre a natureza patrimonial do crédito oriundo da multa diária, há ainda outra questão a ser considerada, referente à própria eficácia do instrumento processual em si.
Caso acolhida a argumentação do agravante sobre a intransmissibilidade do crédito, o instrumento da multa diária perderia sua força coercitiva, notadamente nos casos em que o beneficiário da tutela antecipada apresentasse quadro clínico mais grave ou mesmo terminal.
Nessas situações, o réu poderia simplesmente descumprir a decisão judicial e esperar pelo falecimento do postulante, na certeza de que não teria de arcar com os custos da desobediência à determinação do Judiciário. 11.
Nos casos em que a morte fosse decorrência dessa ilícita omissão estatal, seria criado um cenário completamente esdrúxulo, em que o réu se beneficiaria da sua própria torpeza, deixando de fornecer o medicamento ou tratamento determinado judicialmente e sendo recompensado com a extinção dos valores pretéritos da multa diária. 12.
A eficácia prática do instrumento previsto no art. 537 do Código Fux restaria assim não só prejudicada, mas verdadeiramente invertida, pois se converteria em meio de estimular o réu a ignorar a determinação judicial e aguardar pelo perecimento do direito da parte autora. 13.
Em observância à natureza de crédito patrimonial da multa e à necessidade de preservar seu poder coercitivo, conclui-se que é possível a execução do valor, pelos herdeiros da parte originalmente beneficiária da tutela jurisdicional que fixou as astreintes, sendo inviável a extinção do processo sem resolução de mérito com fundamento no art. 267, IX do CPC/1973 (art. 485, IX do Código Fux).
Deve-se, como decorrência, admitir a habilitação dos herdeiros da parte (ou do espólio, conforme o caso) como seus sucessores processuais. 14.
Agravo Interno do Ente Estadual a que se nega provimento. (AgInt no AREsp 1139084/SC, Rel.
Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/03/2019, DJe 28/03/2019).
Por tal razão, JULGO EXTINTO o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, inciso IX, do Código de Processo Civil.
Custas pela parte autora.
Deixa-se de condenar em honorários advocatícios devido a ausência de ato citatório.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos definitivamente.
Publique-se.
Intime-se.
Cumpra-se.
NATAL/RN (data e hora do sistema).
PATRICIO JORGE LOBO VIEIRA Juiz de Direito (documento assinado digitalmente na forma da Lei n°11.419/06) -
09/12/2024 21:50
Expedição de Outros documentos.
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09/12/2024 17:52
Extinto o processo por ausência das condições da ação
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15/11/2024 07:22
Juntada de Petição de comunicações
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11/11/2024 15:07
Conclusos para julgamento
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11/11/2024 01:08
Juntada de Petição de notícia de fato
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07/11/2024 16:25
Expedição de Outros documentos.
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07/11/2024 15:58
Proferido despacho de mero expediente
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07/11/2024 09:24
Conclusos para decisão
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07/11/2024 08:13
Redistribuído por sorteio em razão de incompetência
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06/11/2024 20:45
Expedição de Outros documentos.
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06/11/2024 20:40
Não Concedida a Antecipação de tutela
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06/11/2024 18:55
Conclusos para decisão
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06/11/2024 18:55
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
07/11/2024
Ultima Atualização
14/04/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
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