TJRN - 0800112-41.2023.8.20.5160
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Gab. Des. Joao Reboucas Na Camara Civel
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Passivo
Assistente Desinteressado Amicus Curiae
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
08/11/2023 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE TERCEIRA CÂMARA CÍVEL Processo: APELAÇÃO CÍVEL - 0800112-41.2023.8.20.5160 Polo ativo MARIA ALVES DE SOUZA SILVA Advogado(s): ALLAN CASSIO DE OLIVEIRA LIMA, JEFFERSON DIEGO DE OLIVEIRA Polo passivo BANCO DO BRASIL SA Advogado(s): MARCOS DELLI RIBEIRO RODRIGUES Apelação Cível nº 0800112-41.2023.8.20.5160 Apelante: Maria Alves de Souza Silva Advogado: Dr.
Allan Cássio de Oliveira Lima Apelado: Banco do Brasil S/A Advogado: Dr.
Marcos Délli Ribeiro Rodrigues Relator: Desembargador João Rebouças.
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL.
CONSUMIDOR.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE CONTRATUAL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA.
IRRESIGNAÇÃO.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO NÃO RECONHECIDO.
LEGITIMIDADE DA AVENÇA COMPROVADA.
DISPONIBILIZAÇÃO DO CRÉDITO.
RECEBIMENTO E SAQUE DO VALOR.
VALIDADE DA RELAÇÃO JURÍDICA.
DESCONTOS LEGÍTIMOS.
NULIDADE CONTRATUAL E DEVER DE REPARAÇÃO NÃO VERIFICADOS.
CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DO RECURSO.
PRECEDENTES.
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que são partes as acima identificadas.
Acordam os Desembargadores da Segunda Turma da Terceira Câmara Cível, à unanimidade de votos, em conhecer e negar provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator, que passa a fazer parte integrante deste.
VOTO Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso.
Cinge-se a análise, acerca da manutenção, ou não, da sentença que julgou improcedente o pedido inicial, que visava declarar a inexistência/nulidade do empréstimo consignado questionado a reparação moral e material.
Historiando, a autora não reconhece o contrato de empréstimo consignado realizado.
Por sua vez, a instituição bancária reafirma a legitimidade da sua conduta e a inexistência de reparação material e/ou moral.
Pois bem, no curso da instrução processual restou demonstrada a existência de contrato realizado e assinado eletronicamente em terminal de autoatendimento (Id 20829518).
In casu, não podemos desconsiderar que o apelado acostou documentos que comprovam a legitimidade da avença, restando clara, ainda, a existência de crédito bancário, tendo o apelado juntado a comprovação de que a quantia disponibilizada foi recebida e sacada pela apelante (Id nº 20829508), fatos que, também, corroboram para evidenciar a legitimidade da contratação, se mostrando válida a relação jurídica e os descontos questionados.
Acerca do tema, cito precedente desta 3ª Câmara Cível: “EMENTA: PROCESSUAL CIVIL.
CONSUMIDOR.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
EMPRÉSTIMO BANCÁRIO.
NULIDADE CONTRATUAL E DEVER DE REPARAÇÃO.
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA (…).
LEGITIMIDADE DA AVENÇA COMPROVADA.
DISPONIBILIZAÇÃO DO CRÉDITO.
RECEBIMENTO E SAQUE DO VALOR.
NULIDADE CONTRATUAL NÃO VERIFICADA.
VALIDADE DA RELAÇÃO JURÍDICA.
DESCONTOS LEGÍTIMOS. (…).
CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DO RECURSO.
PRECEDENTES”. (TJRN – AC nº 0801168-07.2020.8.20.5131 – De Minha Relatoria – 3ª Câmara Cível – j. em 05/10/2021 – destaquei).
Importante consignar, também, que não houve devolução dos valores, e os indícios apontam para a inexistência de eventual fraude na contratação, o que autoriza a cobrança realizada.
Com efeito, diante da inércia da apelante em pedir o estorno do crédito depositado, junto à instituição financeira, bem como pelo fato de ter se beneficiado dos valores pecuniários disponibilizados por meio de transferência eletrônica (TED), é considerada válida a relação jurídica entre as partes, bem como a licitude do débito.
Nesse sentido, esta Egrégia Corte assim se pronunciou: “EMENTA: PROCESSUAL CIVIL.
CONSUMIDOR.
AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL.
ANULAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS E PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. (…).
VALORES DISPONIBILIZADOS POR MEIO DE TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA (TED).
INÉRCIA DA PARTE EM RELAÇÃO AO PEDIDO DE ESTORNO JUNTO À INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.
UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO PELO CONSUMIDOR QUE SE BENEFICIOU DOS VALORES PECUNIÁRIOS DEPOSITADOS.
COBRANÇA DEVIDA, AINDA QUE O CONTRATO POSSA TER SIDO OBJETO DE FRAUDE.
INCIDENTE DE FALSIDADE NÃO ARGUIDO NO MOMENTO OPORTUNO.
INOBSERVÂNCIA DO ART. 430, CPC/15.
LEGITIMIDADE DO DÉBITO.
DEVER DE INDENIZAR.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. (…).
SENTENÇA MANTIDA.
CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DA APELAÇÃO CÍVEL.
PRECEDENTES”. (TJRN – AC nº 0100955-06.2017.8.20.0133 – Relator Juiz Convocado Eduardo Pinheiro – 3ª Câmara Cível – j. em 04/06/2020 – destaquei). “EMENTA: CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR.
APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO DE DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
SENTENÇA PROCEDENTE.
DESCONTO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
CONJUNTO PROBATÓRIO QUE EVIDENCIOU A EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO JURÍDICA REFUTADA.
DOCUMENTOS TRAZIDOS PELA PARTE RÉ QUE ELIDEM A VEROSSIMILHANÇA DAS ALEGAÇÕES DA PARTE AUTORA.
DÍVIDA EXIGÍVEL.
INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE ESTADUAL.
SENTENÇA REFORMADA.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJRN - AC nº 2017.012393-9 - Relator Desembargador Dilermando Mota – 1ª Câmara Cível – j. em 08/11/2018 – destaquei).
Portanto, os argumentos contidos nas razões recursais não são aptos a reformar a sentença combatida, a fim de acolher a pretensão formulada.
Face ao exposto, conheço e nego provimento ao recurso e majoro os honorários advocatícios sucumbenciais ao percentual de 12% (doze por cento) sobre o valor da causa, cuja exigibilidade fica suspensa em razão da parte autora, vencida, ser beneficiária da justiça gratuita, na forma do art. 85, §11, c/c art. 98, §3º, ambos do CPC. É como voto.
Natal, data da sessão de julgamento.
Desembargador João Rebouças Relator Natal/RN, 30 de Outubro de 2023. -
10/10/2023 00:00
Intimação
Poder Judiciário do Rio Grande do Norte Terceira Câmara Cível Por ordem do Relator/Revisor, este processo, de número 0800112-41.2023.8.20.5160, foi pautado para a Sessão VIRTUAL (votação exclusivamente pelo PJe) do dia 30-10-2023 às 08:00, a ser realizada no Terceira Câmara Cível.
Caso o processo elencado para a presente pauta não seja julgado na data aprazada acima, fica automaticamente reaprazado para a sessão ulterior.
No caso de se tratar de sessão por videoconferência, verificar o link de ingresso no endereço http://plenariovirtual.tjrn.jus.br/ e consultar o respectivo órgão julgador colegiado.
Natal, 9 de outubro de 2023. -
17/08/2023 21:48
Conclusos para decisão
-
17/08/2023 18:32
Juntada de Petição de parecer
-
14/08/2023 06:32
Expedição de Outros documentos.
-
10/08/2023 17:21
Proferido despacho de mero expediente
-
10/08/2023 07:10
Recebidos os autos
-
10/08/2023 07:10
Conclusos para despacho
-
10/08/2023 07:10
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
26/11/2024
Ultima Atualização
01/11/2023
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
ACÓRDÃO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DECISÃO • Arquivo
DECISÃO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
DESPACHO • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0801048-49.2023.8.20.5004
Geandeson Leandro Nascimento da Silva
Fundo de Investimento em Direitos Credit...
Advogado: Thiago Mahfuz Vezzi
1ª instância - TJRN
Ajuizamento: 23/01/2023 13:30
Processo nº 0801990-05.2019.8.20.5107
Rafaela Ferreira da Silva
Lojas Renner S.A.
Advogado: Ricardo Lopes Godoy
2ª instância - TJRN
Ajuizamento: 26/11/2024 22:19
Processo nº 0803082-44.2022.8.20.5129
Jerlane Batista de Lima
Fundo de Investimentos em Direito Credit...
Advogado: Larissa Sento Se Rossi
1ª instância - TJRN
Ajuizamento: 27/06/2022 11:59
Processo nº 0101052-37.2015.8.20.0113
Rodolfo da Silva Bastos
Banco do Brasil S.A.
Advogado: Marcos Antonio Sampaio de Macedo
2ª instância - TJRN
Ajuizamento: 26/11/2024 22:19
Processo nº 0800820-06.2022.8.20.5135
Jose Ilderlan Tomaz
Municipio de Almino Afonso
Advogado: Denys Tavares de Freitas
1ª instância - TJRN
Ajuizamento: 01/09/2022 11:27