TJRJ - 0831328-71.2023.8.19.0205
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) 3ª C Mara de Direito Privado
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Partes
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Assistente Desinteressado Amicus Curiae
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
10/06/2025 13:41
Baixa Definitiva
-
10/06/2025 13:31
Documento
-
16/05/2025 00:05
Publicação
-
15/05/2025 00:00
Intimação
*** SECRETARIA DA 3ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO (ANTIGA 18ª CÂMARA CÍVEL) *** ------------------------- DECISÃO ------------------------- - APELAÇÃO 0831328-71.2023.8.19.0205 Assunto: Abatimento proporcional do preço / Responsabilidade do Fornecedor / DIREITO DO CONSUMIDOR Origem: CAMPO GRANDE REGIONAL 4 VARA CIVEL Ação: 0831328-71.2023.8.19.0205 Protocolo: 3204/2025.00320623 APELANTE: JHONATAN REIS DA SILVA ADVOGADO: CARLOS ALBERTO SOARES PEREIRA OAB/RJ-077469 APELADO: BANCO SANTANDER BRASIL S.A.
ADVOGADO: HENRIQUE JOSÉ PARADA SIMÃO OAB/RJ-164385 ADVOGADO: DR(a).
GLAUCO GOMES MADUREIRA OAB/SP-188483 Relator: DES.
EDUARDO DE AZEVEDO PAIVA DECISÃO: DECISÃO MONOCRÁTICA (...) Diferente seria se o réu vencido interpusesse recurso de Apelação e continuasse vencido, aí sim neste caso incidiria a regra do art. 85, §11 do CPC.
A majoração dos honorários recursais deve ser imposta apenas quando infrutífero recurso da parte que sucumbiu em primeiro grau ou quando invertida a verba sucumbencial, o que não é o caso dos autos.
Portanto o provimento da Apelação da parte vencedora, afasta a incidência do art. 85, §11 do CPC, cujo desiderato é exatamente afastar e desestimular a interposição de recursos infundados e protelatório.
Nesse sentido, precedentes do STJ: "PROCESSUAL CIVIL.
TRIBUTÁRIO.
AGRAVO INTERNO.
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
VIOLAÇÃO DO ART. 489 DO CPC.
NÃO OCORRÊNCIA.
SISTEMA DE CONTABILIDADE, CUSTO INTEGRADO E COORDENADO.
REEXAME DE FATOS E PROVAS.
INVIABILIDADE.
SÚMULA 7/STJ.
INCIDÊNCIA.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS RECURSAIS.
ART. 85, § 11, DO CPC.
TEMA 1.059/STJ.
CABIMENTO.
REFORMATIO IN PEJUS.
NÃO OCORRÊNCIA.
PROVIMENTO NEGADO.1.
Inexiste a alegada violação aos arts. 489 e 1.022 do Código de Processo Civil, pois a prestação jurisdicional foi dada na medida da pretensão deduzida, segundo se depreende da análise do acórdão recorrido.
O Tribunal de origem apreciou fundamentadamente a controvérsia, não padecendo o julgado de erro material, omissão, contradição ou obscuridade.
Destaca-se que julgamento diverso do pretendido, como neste caso, não implica ofensa aos dispositivos de lei invocados. 2.
O Tribunal de origem concluiu pela inexistência de sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado.
Entendimento diverso implicaria o reexame do contexto fático-probatório dos autos, circunstância que redundaria na formação de novo juízo acerca dos fatos e das provas.
Incidência da Súmula 7 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no presente caso. 3.
A Corte Especial do STJ, ao julgar o Recurso Especial 1.864.633/RS, representativo da controvérsia, em sessão realizada no dia 9/11/2023, examinou a questão relacionada à majoração da verba honorária em sede recursal, questão que foi pacificada no Tema 1.059 do STJ, segundo o qual: "A majoração dos honorários de sucumbência prevista no art. 85, § 11, do CPC pressupõe que o recurso tenha sido integralmente desprovido ou não conhecido pelo tribunal, monocraticamente ou pelo órgão colegiado competente.
Não se aplica o art. 85, § 11, do CPC em caso de provimento total ou parcial do recurso, ainda que mínima a alteração do resultado do julgamento e limitada a consectários da condenação". (AgInt nos EDcl no REsp 2.056.226/SP, relator Ministro Teodoro Silva Santos, Segunda Turma, julgado em 13/5/2024, DJe de 21/5/2024.) 4.
Agravo a que se nega provimento. (AgInt no AREsp n. 2.050.477/RJ, relator Ministro Paulo Sérgio Domingues, Primeira Turma, julgado em 7/10/2024, DJe de 14/10/2024.)" (g.n.) "TRIBUTÁRIO.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO.
DEVOLUÇÃO.
CORREÇÃO.
HONORÁRIOS.
ALTERAÇÃO.
FUNDAMENTO SUFICIENTE PARA MANTER O ACÓRDÃO NÃO IMPUGNADO PELA PARTE RECORRENTE.
INCIDÊNCIA, POR ANALOGIA, DO ENUNCIADO N. 283 DA SÚMULA DO STF.
ACÓRDÃO EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE.
PRETENSÃO DE REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO.I - Na origem, trata-se de ação ordinária em que se pretende o ressarcimento de valores cobrados por empréstimo compulsório de energia elétrica.
Na sentença, julgou-se procedente o pedido.
No Tribunal a quo, a sentença foi alterada tão somente para redução dos honorários.
II - O agravo interno merece parcial provimento.
Quanto à alteração dos honorários, verifica-se que acórdão objeto do recurso especial tem mais de um fundamento, cada qual suficiente e autônomo para mantê-lo.
No caso, a Corte a quo decidiu (fl. 683): "Nada obstante.o Superior Tribunal de Justiça, ao analisar a questão. reconheceu a validade jurídica da aplicação da clausula do §4º do art. 20 do CPC 73 nos casos em que a União sofre condenação em honorários conjuntamente com a ELETROBRÁS. nas ações em que se discutem direitos decorrentes de einprésiimo compulsório sobre consumo de energia elétrica.
Nesse sentido foi o julgamento do (REsp n. 1.366.544/PR, relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe 04/10/2013)."III - Consoante a jurisprudência desta Corte, é inadmissível o recurso especial quando o acórdão recorrido assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.
Nesse sentido: AgInt no REsp n. 1.389.204/MG, relator Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, julgado em 29/6/2020, DJe 3/8/2020; EDcl no AgInt no REsp n. 1.838.532/CE, relator Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 24/8/2020, DJe 27/8/2020; AgInt no AREsp n. 1.623.926/MG, relator Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 4/8/2020, DJe 26/8/2020.
IV - Ademais, o acórdão está em consonância com a jurisprudência desta Corte.
Assim, conforme previsão do enunciado n. 83 da Súmula do STJ: "Não se conhece do Recurso Especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida."V - Ainda quanto ao mérito, a Corte a quo analisou as alegações da parte com os seguintes fundamentos: "Como se depreende, a causa não possui nenhuma complexidade, estando há muito pacificada, tudo a orientar pela fixação dos honorários de forma moderada, em apreciação equitativa pelo magistrado.
Portanto, fixo os honorários em R$ 3.000,00 (três mil reais), em atenção ao grau de zelo do profissional, a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço, nos termos do art. 20, § 4° do CPC/73."VI - Verifica-se, portanto, que a Corte de origem analisou a controvérsia dos autos levando em consideração os fatos e provas relacionados à matéria.
Assim, para se chegar à conclusão diversa, seria necessário o reexame fático-probatório, o que é vedado pelo enunciado n. 7 da Súmula do STJ, segundo o qual "a pretensão de simples reexame de provas não enseja recurso especial".VII - Ressalte-se ainda que a incidência do enunciado n. 7 quanto à interposição pela alínea a impede o conhecimento da divergência jurisprudencial, diante da patente impossibilidade de similitude fática entre acórdãos.
Nesse sentido: AgInt no AREsp n. 1.044.194/SP, relatora Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma, julgado em 19/10/2017, DJe 27/10/2017.
VIII - Quanto à majoração dos honorários, de fato é indevida, pois a parte ora recorrente sagrou-se vencedora no acórdão proferido no Tribunal a quo, de forma que é inviável a majoração.
IX - Agravo interno parcialmente provido apenas para anular a parte da decisão que majora os honorários advocatícios. (AgInt no AREsp n. 1.655.312/RJ, relator Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, julgado em 1/3/2021, DJe de 15/3/2021.)." (g.n.) "TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.
FUNRURAL.
ALTERAÇÃO DA APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ART. 1.026 DO CPC/2015.
PRETENSÃO DE REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO.
INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO N. 7 DA SÚMULA DO STJ.
I - Na origem trata-se de ação objetivando provimento para declarar a inexigibilidade da contribuição social incidente sobre a comercialização de produtos agrícolas.
Na sentença, julgou-se procedente o pedido.
No Tribunal a quo, em juízo de retratação, o pedido de inexigibilidade da contribuição previdenciária foi rejeitado.
Nesta Corte, em decisão da Presidência, não se conheceu do recurso especial e majoraram-se os honorários advocatícios.
II - O agravo interno não merece provimento quanto à aplicação do enunciado n. 7 da Súmula do STJ.
III - Verifica-se que a irresignação do recorrente acerca da característica de serem protelatórios ou não os embargos de declaração opostos, vai de encontro às convicções do julgador a quo, que, com lastro no conjunto probatório constante dos autos, decidiu que os embargos tiveram caráter protelatório.
IV - Dessa forma, para rever tal posição e interpretar os dispositivos legais indicados como violados, seria necessário o reexame desses mesmos elementos fático-probatórios, o que é vedado no âmbito estreito do recurso especial.
Incide na hipótese a Súmula n. 7/STJ.
V - O fato de os embargos terem sido opostos pela parte vencedora da demanda não retira a possibilidade de existência de intuito protelatório.
Isto porque os embargos não tratam da matéria principal, vitoriosa, mas sim, dos honorários advocatícios.
Matéria esta expressamente analisada no acórdão e que, pretendia-se, fossem majorados em embargos de declaração.
VI - Relativamente à insurgência quanto à majoração dos honorários advocatícios na decisão agravada, o agravo interno merece provimento para afastar a majoração.
Isto porque a fixação dos honorários, ocorreu no Tribunal a quo, a favor da parte recorrente.
Assim, a parte recorrente foi vitoriosa, e a majoração prevista no art. 85, §11 do CPC/2015 é destinada à recalcitrância recursal, o que não ocorreu no caso dos autos.
VI - Agravo interno parcialmente provido, tão somente para afastar a majoração dos honorários advocatícios. (AgInt no AREsp n. 1.538.890/GO, relator Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, julgado em 3/10/2019, DJe de 8/10/2019.)" (g.n.) Logo, não há razão para o inconformismo do Embargante, Ante o exposto, inexistindo quaisquer dos vícios lógicos do art. 1.022 do CPC/2015, REJEITO os presentes Embargos Declaratórios.
Rio de Janeiro, 14 de maio de 2025.
EDUARDO DE AZEVEDO PAIVA Desembargador Relator 9 Emb.
Decl. nº 0831328-71.2023.8.19.0205- Des.
Eduardo de Azevedo Paiva - AV -
14/05/2025 16:05
Não-Acolhimento de Embargos de Declaração
-
13/05/2025 13:10
Conclusão
-
13/05/2025 13:09
Documento
-
30/04/2025 00:06
Publicação
-
30/04/2025 00:05
Publicação
-
25/04/2025 21:23
Provimento
-
25/04/2025 11:06
Conclusão
-
25/04/2025 11:00
Distribuição
-
24/04/2025 18:35
Remessa
-
24/04/2025 18:30
Recebimento
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
24/04/2025
Ultima Atualização
10/06/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Informações relacionadas
Processo nº 0067134-95.2018.8.19.0038
Condominio Lidia Mauricio
Alcina Leao Menezes
Advogado: Roberto Antonio Bigler Teodoro
1ª instância - TJRJ
Ajuizamento: 25/07/2018 00:00
Processo nº 0012288-20.2013.8.19.0066
Jandira Almeida Lira
Zulmira Ferreira Meireles Almeida
Advogado: Jessica Moreira dos Santos
1ª instância - TJRJ
Ajuizamento: 26/04/2013 00:00
Processo nº 0005228-60.2025.8.19.0038
Aparecida Maria Santos Pontes Carvalho
Elias dos Santos Alecrim
Advogado: Wilson Luiz da Silva
1ª instância - TJRJ
Ajuizamento: 24/04/2025 00:00
Processo nº 0012167-76.2013.8.19.0038
Cintia de Oliveira Dias
Via Varejo S.A.
Advogado: Carlos Alberto Vitor
1ª instância - TJRJ
Ajuizamento: 09/09/2021 00:00
Processo nº 0060091-68.2022.8.19.0038
Gilberto Ribeiro da Silva
Supermercado Novo Mundo
Advogado: Alexandre Reis Rocha
1ª instância - TJRJ
Ajuizamento: 06/10/2022 00:00