TJPA - 0807355-45.2021.8.14.0028
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Desembargadora Luana de Nazareth Amaral Henriques Santalices
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Ativo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
18/12/2024 09:53
Remetidos os Autos (por julgamento definitivo do recurso) para Baixa ou Devolução de Processo
-
18/12/2024 09:51
Baixa Definitiva
-
18/12/2024 00:31
Decorrido prazo de CARLOS ANDRE LOPES em 17/12/2024 23:59.
-
17/12/2024 00:22
Decorrido prazo de BANCO PAN S.A. em 16/12/2024 23:59.
-
26/11/2024 00:24
Publicado Sentença em 26/11/2024.
-
26/11/2024 00:24
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 26/11/2024
-
25/11/2024 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ DESEMBARGADORA LUANA DE NAZARETH A.
H.
SANTALICES 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL Nº: 0807355-45.2021.8.14.0028 APELANTE: CARLOS ANDRE LOPES APELADO: BANCO PAN S.A.
RELATORA: Desembargadora LUANA DE NAZARETH A.H.SANTALICES DECISÃO MONOCRÁTICA Vistos, etc.
Trata-se de recurso de APELAÇÃO CÍVEL interposto por CARLOS ANDRE LOPES, inconformado com a sentença prolatada pelo Juízo da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Marabá que, nos autos da Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Indenização por Danos Morais e Materiais, julgou improcedente a ação, in verbis (Num. 15876519): “59.
Por essas razões, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados na petição inicial, nos termos do art. 487, I, do CPC. 60.
Como consequência lógica, revogo a tutela de urgência eventualmente concedida em favor do(a) Demandante. 61.
Condeno a parte autora ao pagamento das custas e honorários advocatícios fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ficando, no entanto, a exigibilidade da verba suspensa por força do disposto no art. 98, § 3º, do CPC. 62.
Na hipótese de interposição de recurso de apelação, por não haver mais juízo de admissibilidade a ser exercido pelo Juízo “a quo” (art. 1.010, CPC), sem nova conclusão, intime-se a parte contrária para oferecer resposta, no prazo de 15 (quinze) dias.”.
Inconformada, a parte autora interpôs recursos de Apelação (Num. 15876520).
Alega em preliminar, que não foram observadas as formalidades mínimas necessárias à validade do negócio, portanto, a contratação do empréstimo consignado deveria ser considerada nula.
Ao final, postulou pelo conhecimento e provimento do recurso, para reformar integralmente a sentença e julgar procedentes os pedidos formulados na inicial.
Devidamente intimada, a parte ré apresentou Contrarrazões (Num. 15876523), postulando pelo total improvimento da apelação, para manutenção in totum da sentença recorrida.
Coube-me a relatoria do feito por distribuição. É o relatório.
Passo a decidir.
O recurso é cabível, tempestivo, tendo sido preenchidos os demais pressupostos de admissibilidade, razão pela qual, conheço da presente apelação.
Cinge-se a controvérsia recursal no alegado desacerto da sentença, que julgou improcedente a ação, por entender que não restou demonstrada a ilegalidade nos descontos efetuados no benefício previdenciário, e, desta feita, incabíveis os pleitos de indenização por danos morais e materiais, ou o cancelamento do negócio jurídico.
Pois bem.
Pretende a parte apelante, a reforma da sentença que julgou improcedente os pedidos autorais.
Conforme relatado, o autor ingressou com a presente demanda alegando que o contrato n.º 326311719-8_0012, no valor de R$ 1.490,35 a ser pago em 60 parcelas de R$ 57,16, tinha sido firmado mediante fraude, pois não celebrou esse negócio jurídico e nem delegou poderes para outra pessoa fazê-lo em seu nome.
No recurso, defende ter tomado conhecimento do empréstimo apenas posteriormente, e que o Banco não logrou êxito em demonstrar a regularidade da contratação.
Tenho que tal inconformismo não comporta acolhimento, pois os documentos constantes nos autos permitem concluir pela inexistência de fraude.
De início, vale frisar que, o contrato questionado, com a assinatura do recorrente, veio acompanhado de cópia dos documentos que foram apresentados no momento da contratação (Num. 15876498), onde é possível identificar a similitude de assinaturas.
Além desses documentos e, diferentemente do afirmado no recurso, o Banco apelado apresentou a comprovação de transferência bancária em favor da parte autora (Num. 15876505 e Num. 15876500).
Resta confirmado ainda, que a conta corrente em que a quantia foi depositada, pertence ao autor, haja vista que a conta corrente constante no TED é a mesma constante no Histórico de Créditos emitido pelo sistema do INSS (Num. 15497553).
Em demandas análogas, a jurisprudência pátria tem entendido que a comprovação de que o empréstimo foi disponibilizado ao consumidor é essencial à aferição da regularidade na contratação: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO CONSUMIDOR.
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO.
FRAUDE.
SUSPENSÃO DOS DESCONTOS EM FOLHA DE PAGAMENTO.
PROBABILIDADE DO DIREITO E DE RISCO DE DANO IRREPARÁVEL. 1.
O comprovante de transferência gera uma presunção de que os valores foram efetivamente transferidos para a conta indicada, de titularidade da parte autora. 2.
Hipótese em que restou comprovado o contrato de empréstimo consignado firmado entre as partes bem como a transferência do valor (TED) para a conta corrente da parte autora. 3.
O conjunto probatório, ao menos em sede de cognição sumária, é indicativo de que a instituição financeira se desincumbiu do seu ônus, não sendo suficiente para confirmar a coação alegada pela parte autora. 3.
Agravo de instrumento provido. (TJ-PE - AI: 00000279520238179000, Relator: BARTOLOMEU BUENO DE FREITAS MORAIS, Data de Julgamento: 01/03/2023, Gabinete do Des.
Fábio Eugênio Dantas de Oliveira Lima).
DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR.
APELAÇÃO CÍVEL.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO.
CONTRATAÇÃO DEMONSTRADA.
COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO PELO BANCO.
DESCONTOS DEVIDOS.
AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
RECURSO NÃO PROVIDO. 1- Do conjunto probatório anexado pelo banco, extrai-se que a parte promovente contratou o empréstimo consignado, tendo recebido o valor contratado, em parte, por meio de refinanciamento de dívida anterior e o restante via TED. 2- Verificada efetiva manifestação da vontade do consumidor na formalização do negócio, não há que se falar em descontos indevidos e, portanto, em falha na prestação do serviço.
Repetição do indébito e dano moral incabíveis. 3- Apelo não provido.
Unânime. (TJ-PE - AC: 00040132420218172470, Relator: RUY TREZENA PATU JÚNIOR, Data de Julgamento: 25/02/2023, Gabinete do Des.
Ruy Trezena Patu Júnior).
No mesmo sentido, posicionou-se este E.
Tribunal: APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO C/C DANOS MORAIS E MATERIAIS.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO APOSENTADORIA.
ALEGAÇÃO DO AUTOR DE FRAUDE EM CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO.
PROVA DA CONTRATAÇÃO.
CONTRATO JUNTADO AOS AUTOS E COMPROVAÇÃO DO RECEBIMENTO VIA TED DO VALOR CONTRATADO.
INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJ-PA - APELAÇÃO CÍVEL: 08002183120208140130 13645127, Relator: AMILCAR ROBERTO BEZERRA GUIMARAES, Data de Julgamento: 11/04/2023, 2ª Turma de Direito Privado) APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
CONTRATO ASSINADO.
COMPROVANTE DE TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA.
PROVA DA RELAÇÃO NEGOCIAL.
INEXISTÊNCIA DE FRAUDE.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO À UNANIMIDADE. 1.
A jurisprudência pátria tem entendido que a comprovação de que o empréstimo foi disponibilizado ao mutuário é essencial à aferição da regularidade na contratação. 2.
In casu, considerando que o Banco Apelado anexou o contrato devidamente assinado juntamente com a prova de disponibilização do dinheiro ao mutuário, resta comprovada a relação negocial havida entre as partes. 3.
Recurso de Apelação conhecido e desprovido à unanimidade. (TJ-PA - APELAÇÃO CÍVEL: 0808159-12.2019.8.14.0051, Relator: RICARDO FERREIRA NUNES, Data de Julgamento: 07/03/2023, 2ª Turma de Direito Privado) APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E DANOS MORAIS.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO EM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
COMPROVADA EXISTÊNCIA DA RELAÇÃO NEGOCIAL.
FRAUDE NÃO EVIDENCIADA.
SENTENÇA INTEGRALMENTE REFORMADA. recurso conhecido e provido à unanimidade. 1.
A jurisprudência pátria tem entendido que a comprovação de que o empréstimo foi disponibilizado ao consumidor é essencial à aferição da regularidade na contratação. 2.
No caso concreto, o apelante logrou êxito em comprovar que o valor emprestado foi disponibilizado à apelada em conta corrente de sua titularidade, não tendo ela sequer se insurgido sobre este fato.
Além disso, pelo contexto fático, os documentos utilizados no momento da contratação, indicam que a autora efetivamente pactuou a tomada do empréstimo consignado, corroborando a tese recursal de inexistência de fraude, impondo-se a reforma integral da sentença impugnada. 3.
Recurso conhecido e provido para reconhecer a regularidade da contratação do empréstimo consignado e, por via de consequência, dos descontos no beneficiário previdenciário da autora, julgando improcedente os pedidos deduzidos na inicial. À unanimidade. (TJ-PA APELAÇÃO CÍVEL: 0001901-21.2014.8.14.0107, Relator: RICARDO FERREIRA NUNES, Data de Julgamento: 22/02/2022, 2ª Turma de Direito Privado) Sob este raciocínio, o fato de ter sido comprovado que o valor emprestado foi disponibilizado ao autor, bem como a similitude entre as assinaturas constantes nos documentos juntados aos autos, torna clara averiguação acerca da licitude da relação negocial, afastando, assim, evidências de fraude, motivo pelo qual irretocável a sentença.
Pelo exposto, e mais o que dos autos consta, CONHEÇO do recurso, porém NEGO-LHE PROVIMENTO mantendo a sentença em todos os seus termos, conforme fundamentos alhures.
Em razão do improvimento recursal da parte ré, nos termos do art. 85, §§ 2º e 11, do CPC, deixo de majorar os honorários sucumbenciais vez que já fixados em 20% sobre o valor da causa, bem como, mantenho sua exigibilidade suspensa nos termos do art. 98, § 3º, do CPC.
P.R.I.C.
Belém, data da assinatura eletrônica.
LUANA DE NAZARETH A.H.
SANTALICES Desembargadora Relatora -
22/11/2024 12:36
Expedição de Outros documentos.
-
22/11/2024 11:27
Conhecido o recurso de CARLOS ANDRE LOPES - CPF: *94.***.*84-87 (APELANTE) e não-provido
-
21/11/2024 15:15
Conclusos para decisão
-
21/11/2024 15:15
Cancelada a movimentação processual
-
21/11/2024 15:15
Cancelada a movimentação processual
-
21/10/2024 12:46
Cancelada a movimentação processual
-
24/05/2024 00:17
Decorrido prazo de CARLOS ANDRE LOPES em 23/05/2024 23:59.
-
23/05/2024 00:16
Decorrido prazo de BANCO PAN S.A. em 22/05/2024 23:59.
-
02/05/2024 14:41
Juntada de Certidão
-
02/05/2024 00:09
Publicado Despacho em 02/05/2024.
-
01/05/2024 00:03
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 01/05/2024
-
30/04/2024 00:00
Intimação
PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ DESEMBARGADORA LUANA DE NAZARETH A.
H.
SANTALICES 2ª TURMA DE DIREITO PRIVADO APELAÇÃO CÍVEL Nº: 0807355-45.2021.8.14.0028 APELANTE/APELANTE: CARLOS ANDRE LOPES APELADO/APELADO: BANCO PAN S.A.
RELATORA: Desembargadora LUANA DE NAZARETH A.H.SANTALICES DESPACHO Trata-se de recurso de Apelação Cível.
Sabe-se que um dos pressupostos de admissibilidade recursal diz respeito à tempestividade.
Compulsando os autos, verifico que não consta certidão de tempestividade do recurso de apelação, bem como também não consta certidão de tempestividade das contrarrazões apresentadas pelo apelado.
Diante disso, certifique-se a Secretaria acerca da tempestividade do presente recurso e da referida contrarrazões.
Após, conclusos.
Após, conclusos.
Belém-PA, data da assinatura eletrônica LUANA DE NAZARETH A.H.
SANTALICES Desembargadora Relatora -
29/04/2024 11:27
Expedição de Outros documentos.
-
29/04/2024 11:26
Cancelada a movimentação processual
-
29/04/2024 10:27
Proferido despacho de mero expediente
-
13/11/2023 14:34
Cancelada a movimentação processual
-
13/11/2023 14:34
Cancelada a movimentação processual
-
14/09/2023 16:29
Redistribuído por sorteio em razão de cumprimento de determinação administrativa ou disposição regimental (PA-OFI-2023/04263)
-
06/09/2023 17:27
Redistribuído por encaminhamento em razão de cumprimento de determinação administrativa ou disposição regimental (PORTARIA N° 3876/2023-GP)
-
01/09/2023 13:40
Cancelada a movimentação processual
-
31/08/2023 15:30
Recebidos os autos
-
31/08/2023 15:30
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
14/09/2023
Ultima Atualização
22/11/2024
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Ato Ordinatório • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0811425-79.2018.8.14.0006
Edson Moraes da Luz
Eny Leal da Cruz
Advogado: Luiz Claudio de Matos Santos
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 10/10/2018 01:33
Processo nº 0031667-38.2015.8.14.0058
Estado do para
Jose Carlos Jorge Melem
Advogado: Jose Carlos Jorge Melem
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 29/07/2019 10:58
Processo nº 0011670-77.2019.8.14.0107
Paulo Vinicius dos Santos
Aline Sousa da Cruz
Advogado: Nilson Normades Strenzke Filho
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 14/11/2019 08:41
Processo nº 0013409-03.2016.8.14.0039
Banco Pan S/A.
Jose de Arimateia Vieira Freitas
Advogado: Amandio Ferreira Tereso Junior
1ª instância - TJPA
Ajuizamento: 08/11/2016 11:24
Processo nº 0800894-71.2020.8.14.0067
Ana Caldas Dutra
Itau Unibanco S.A.
Advogado: Tony Heber Ribeiro Nunes
2ª instância - TJPA
Ajuizamento: 03/11/2021 13:22