TJMA - 0819588-38.2022.8.10.0000
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Gabinete Do(A) Desembargador(A) Luiz Gonzaga Almeida Filho
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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07/12/2022 10:48
Arquivado Definitivamente
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07/12/2022 10:48
Expedição de Certidão de trânsito em julgado.
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07/12/2022 06:37
Decorrido prazo de BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A em 06/12/2022 23:59.
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07/12/2022 06:37
Decorrido prazo de MARIA RAIMUNDA FARIAS COUTINHO em 06/12/2022 23:59.
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07/12/2022 06:37
Decorrido prazo de FRANCISCA CRISTINA FARIAS COUTINHO em 06/12/2022 23:59.
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14/11/2022 00:36
Publicado Decisão (expediente) em 14/11/2022.
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12/11/2022 00:22
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 11/11/2022
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11/11/2022 00:00
Intimação
SEXTA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO N. 0819588-38.2022.8.10.0000 PROCESSO N. 0800212-23.2020.8.10.0134 AGRAVANTES: MARIA RAIMUNDA FARIAS COUTINHO E FRANCISCA CRISTINA FARIAS COUTINHO ADVOGADO: GUILHERME HENRIQUE BRANCO DE OLIVEIRA (OAB/MA 10063) AGRAVADO: BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A.
RELATOR: DES.
LUIZ GONZAGA ALMEIDA FILHO EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO.
HIPÓTESES.
AUSÊNCIA.
ART. 1.015 DO CPC.
DETERMINAÇÃO DE EMENDA DA INICIAL.
PENA DE EXTINÇÃO.
RESP. 1987884/MA.
RECURSO NÃO CONHECIDO.
ART. 932, INCISO III, DO CPC.
I.
Decisão que não subsume a quaisquer das hipóteses legais, sejam do art. 1.015 do CPC ou da legislação extravagante, leva ao não conhecimento do recurso por ausência do requisito extrínseco de admissibilidade recursal, qual seja a regularidade formal.
II.
A decisão que determina, sob pena de extinção do processo, a emenda ou a complementação da petição inicial não é recorrível por meio do recurso de agravo de instrumento, motivo pelo qual eventual impugnação deve ocorrer em preliminar de apelação, na forma do art. 331 do CPC ( STJ - REsp: 1987884 MA 2022/0056424-2, Data de Julgamento: 21/06/2022, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 23/06/2022).
III.
Agravo de Instrumento não conhecido.
DECISÃO Trata-se de AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto por MARIA RAIMUNDA FARIAS COUTINHO E FRANCISCA CRISTINA FARIAS COUTINHO, contra decisão exarada pela Juízo de Direito da Vara Única da Comarca de Timbiras/MA, que nos autos da Ação Ordinária, ajuizada em desfavor do BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A, restou consignada nos termos abaixo: Concedo à parte autora o prazo de 15 (quinze) dias para que junte aos autos o extrato bancário da conta informada no ID nº 59833529, referente aos meses de abril e maio de 2013.
Em suas razões, a Agravante, sustenta, basicamente, a desnecessidade de juntada de extratos bancários e que deve haver a inversão do ônus da prova.
Ao final, requer o conhecimento e provimento do recurso para determinar o regular prosseguimento do feito.
Sem contrarrazões.
Dispensado o envio dos autos a Procuradoria Geral de Justiça, tendo em vista o disposto nos artigos 676 e 677 do Regimento Interno do TJMA. É o relatório.
Decido.
O Novo Código de Processo Civil prevê o cabimento do agravo de instrumento em hipóteses previstas no art. 1.015 do CPC, bem como em outros casos expressamente referidos em lei, significando que o rol legal de decisões interlocutórias recorríveis por agravo de instrumento é restritivo.
Dito isto, a primeira conclusão que se chega é a de que teremos decisões interlocutórias que, apesar de sua importância para a regularidade da marcha processual, não conduzirão a sua imediata devolução ao órgão ad quem para a devida apreciação do error in procedendo ou error in judicando.
Na lição de DANIEL ASSUMPÇÃO: “Há decisões interlocutórias de suma importância no procedimento que não serão recorríveis por agravo de instrumento: decisão que determina a emenda da petição inicial; decisão sobre a competência absoluta ou relativa; decisões sobre prova, salvo na hipótese de exibição de coisa ou documento (art. 1.015, VI, do Novo CPC) e na redistribuição do ônus probatório (art. 1.015, XI, do Novo CPC); decisão que indefere o negócio jurídico processual proposto pelas partes; decisão que quebra o sigilo bancário da parte durante a instrução probatória, etc.” (Direito Processual Civil – Volume Único, 9º Edição, 2017). É justamente essa a hipótese dos autos, mesmo que o ato judicial recorrido apresente natureza decisória, repito, não subsume a quaisquer das hipóteses legais, sejam do art. 1.015 do CPC ou da legislação extravagante.
Isto é, não há concordância do ato praticado pelo magistrado a quo com as hipóteses descritas no texto legal, levando ao não conhecimento do recurso por ausência do requisito extrínseco de admissibilidade recursal, qual seja o cabimento.
In casu, o conteúdo decisório do provimento judicial atacado é recorrível por meio preliminar de apelação, na forma do art. 331 do CPC.
Nestes termos, vejamos recente decisão do Superior Tribunal de Justiça sobre caso análogo: RECURSO ESPECIAL.
PROCESSUAL CIVIL.
DECISÃO QUE DETERMINA A EMENDA OU COMPLEMENTAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL.
NATUREZA JURÍDICA.
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
NÃO CABIMENTO. 1.
Recurso especial interposto em 19/1/2022 e concluso ao gabinete em 7/4/2022. 2.
O propósito recursal consiste em dizer se é recorrível, de imediato e por meio de agravo de instrumento, a decisão que determina, sob pena de extinção do processo, a emenda ou a complementação da petição inicial. 3.
A Corte Especial do STJ, por ocasião do julgamento dos recursos especiais nº 1.696.396/MT e 1.704.520/MT, submetidos ao rito dos repetitivos, fixou o entendimento de que o rol previsto no art. 1.015 do CPC/2015 seria de taxatividade mitigada, admitindo-se a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. 4.
O pronunciamento judicial que determina a emenda ou a complementação da petição inicial enquadre-se no conceito de decisão interlocutória. 5.
Sob a égide do CPC/2015, a decisão que determina, sob pena de extinção do processo, a emenda ou a complementação da petição inicial não é recorrível por meio do recurso de agravo de instrumento, motivo pelo qual eventual impugnação deve ocorrer em preliminar de apelação, na forma do art. 331 do referido Diploma. 6.
Recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1987884 MA 2022/0056424-2, Data de Julgamento: 21/06/2022, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 23/06/2022) Importa ressaltar que referido entendimento não prevê a irrecorribilidade das decisões interlocutórias que não puderem ser impugnadas pelo recurso de agravo de instrumento, já que podem ser discutidas em preliminar de apelação ou nas contrarrazões desse recurso, nos termos do art. 1.009, § 1º, do CPC, in verbis: Art. 1.009.
Da sentença cabe apelação. § 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
Na hipótese, o adiamento, para a apelação, da discussão acerca da necessidade de emenda ou complementação da petição inicial não conduz a qualquer retrocesso, tampouco à necessidade de refazimento de atos processuais quando do possível acolhimento do recurso, pois, neste momento processual, com a extinção liminar sem julgamento do mérito, não houve, ainda, sequer a citação do réu para apresentar contestação, inexistindo, portanto, a angularização da relação jurídica processual.
Noutro giro, embora não se desconheça que há quem defenda a possibilidade de efeito translativo para conhecimento de matérias de ordem pública que extrapole provimento judicial atacado em agravo de instrumento, necessário para tanto, ao menos, que o recurso satisfaça requisitos de admissibilidade por ser o juízo de admissibilidade prévio e condicionante à análise do mérito recursal.
Esclareço, por fim, em que pese rotineiramente me manifestar pelo conhecimento de recursos que tratam de situações relativas a determinações de emenda da inicial, com o julgamento do REsp: 1987884/MA, fora fixado entendimento que elucida e elimina qualquer divergência sobre aplicação da mitigação do rol previsto no artigo 1.015 do CPC (REsp n. 1.696.396/MT, Corte Especial, DJe de 19/12/2018).
Ante o exposto, nos termos do art. 932, inciso III e baseado no rol taxativo do 1.015, ambos do CPC, tenho que o ato judicial combatido não é passível de recurso de agravo de instrumento, por ausência do requisito extrínseco de admissibilidade recursal, qual seja o cabimento, razão pela qual NÃO CONHEÇO do presente recurso.
PUBLIQUE-SE, e uma vez certificado o trânsito em julgado desta decisão, dê-se baixa e arquive-se.
Intimem-se.
Cumpra-se.
São Luís - MA, 08 de novembro de 2022.
Desembargador LUIZ GONZAGA Almeida Filho Relator A9 - 
                                            
10/11/2022 17:49
Juntada de malote digital
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10/11/2022 10:31
Enviado ao Diário da Justiça Eletrônico
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09/11/2022 07:39
Não conhecido o recurso de Agravo (inominado/ legal) de BANCO ITAU BMG CONSIGNADO S.A (AGRAVADO), FRANCISCA CRISTINA FARIAS COUTINHO - CPF: *05.***.*83-64 (AGRAVANTE) e MARIA RAIMUNDA FARIAS COUTINHO - CPF: *34.***.*04-68 (AGRAVANTE)
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08/11/2022 13:22
Conclusos para decisão
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21/09/2022 11:26
Conclusos para despacho
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21/09/2022 11:26
Distribuído por sorteio
 
Detalhes
                                            Situação
                                            Ativo                                        
                                            Ajuizamento
                                            21/09/2022                                        
                                            Ultima Atualização
                                            07/12/2022                                        
                                            Valor da Causa
                                            R$ 0,00                                        
Detalhes
Documentos
DECISÃO (EXPEDIENTE) • Arquivo
DECISÃO • Arquivo
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