TJDFT - 0705806-97.2023.8.07.0001
2ª instância - Câmara / Desembargador(a) Presidencia
Processos Relacionados - Outras Instâncias
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
-
09/08/2024 10:06
Baixa Definitiva
-
09/08/2024 10:05
Transitado em Julgado em 09/08/2024
-
09/08/2024 02:15
Decorrido prazo de CENIRA DAMASCENO DA COSTA em 08/08/2024 23:59.
-
24/07/2024 04:31
Decorrido prazo de BANCO BMG SA em 23/07/2024 23:59.
-
18/07/2024 02:17
Publicado Decisão em 18/07/2024.
-
17/07/2024 02:20
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 17/07/2024
-
17/07/2024 00:00
Intimação
Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Gabinete da Presidência ÓRGÃO: PRESIDÊNCIA CLASSE: RECURSO EXTRAORDINÁRIO (212) PROCESSO: 0705806-97.2023.8.07.0001 RECORRENTE: CENIRA DAMASCENO DA COSTA RECORRIDO: BANCO BMG S.A.
DECISÃO I - Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição Federal, contra acórdão proferido pela Oitava Turma Cível deste Tribunal de Justiça, cuja ementa encontra-se redigida nos seguintes termos: APELAÇÃO CÍVEL.
CIVIL E CONSUMIDOR.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO COM RESERVA DE MARGEM CONSIGNÁVEL, INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES EM DOBRO E COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS CARTÃO DE CRÉDITO CONSIGNADO.
INFORMAÇÃO CLARA E ADEQUADA.
CIÊNCIA SOBRE A NATUREZA DO NEGÓCIO JURÍDICO.
UTILIZAÇÃO DO SERVIÇO.
VÍCIOS AUSENTES.
MANUTENÇÃO DA AVENÇA.
SENTENÇA MANTIDA. 1.
Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor às instituições financeiras, conforme a Súmula 297 do c.
STJ. 2.
Ainda que a inversão do ônus da prova se trate de um direito básico do consumidor, ele somente incidirá, nos termos do artigo 6º, VIII, do CDC, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação da parte ou quando ela for hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências. 3.
Na hipótese dos autos, a pretendida inversão seria irrelevante para o deslinde da controvérsia, pois a prova documental coligida aos autos esclareceu devidamente os fatos, sendo suficiente para o exame do litígio, e não alteraria o resultado.
Ademais, por se tratar de regra de instrução e não de julgamento, incabível a inversão do ônus da prova na fase recursal. 4.
Tem-se por atendido o direito social do consumidor de obter informação adequada sobre a natureza do serviço contratado (art. 6º, III, do CDC), quando se verifica que as cláusulas contratuais especificam, com clareza e destaque, a adesão a cartão de crédito consignado. 5.
Comprovada a ciência do consumidor sobre o objeto do negócio e a utilização de valores depositados em sua conta em virtude do cartão de crédito contratado, deve ser mantida a avença tal como pactuada pelas partes no exercício da autonomia de vontade delas. 6.
Inexiste abusividade no desconto em contracheque do valor mínimo da fatura do cartão de crédito consignado, quando em conformidade com o negócio estabelecido entre as partes e adequado à margem consignável disponível. 7.
Apelação conhecida e não provida.
A recorrente, após defender a existência de repercussão geral da matéria, indica ofensa aos seguintes dispositivos: a) artigos 5º, inciso XXXII, e 170, inciso V, ambos da Constituição Federal, sem apresentar razões claras e pertinentes ao inconformismo relacionado a estes dispositivos; b) artigos 14 e 51, inciso IV, ambos do Código de Defesa do Consumidor, defendendo que o fornecedor realizou contrato de forma abusiva e de maneira diversa do esperado.
Afirma que há responsabilidade objetiva quando o serviço é defeituoso e quando os resultados e custos são muito diferentes do que se espera do contrato; c) artigos 145, 147 e 927, todos do Código Civil, aduzindo que foi negada a reparação do dano moral e material sofrido pela insurgente.
Assevera que foi mantida a validade de negócio claramente irregular.
Pede a concessão de efeito suspensivo ao recurso (ID 60297326).
II - O recurso é tempestivo, as partes são legítimas e está presente o interesse em recorrer.
Sem preparo ante a gratuidade de justiça concedida.
Passo à análise dos pressupostos constitucionais de admissibilidade.
O recurso não merece ser admitido no tocante à mencionada ofensa aos artigos 5º, inciso XXXII, e 170, inciso V, ambos da Constituição Federal, pois a recorrente não apresentou fundamentos recursais claros, suficientes e pertinentes, incidindo o óbice do enunciado 284 da Súmula do STF.
Com efeito, decidiu a Corte Suprema que “incide o óbice da Súmula 284 do STF (É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia) quando o recorrente não demonstra de que modo teria ocorrido a violação às normas constitucionais impugnadas” (ARE 1484543 AgR, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em 01-07-2024, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 05-07-2024 PUBLIC 08-07-2024).
Melhor sorte não colhe o apelo extremo no tocante à mencionada afronta aos artigos 14 e 51, inciso IV, ambos do Código de Defesa do Consumidor, 145, 147 e 927, todos do Código Civil, porquanto eventual ofensa ao texto da Constituição Federal só seria cognoscível de forma reflexa, o que não autoriza a inauguração da via extraordinária.
A propósito, é reiterado o entendimento jurisprudencial da Corte Suprema: “é inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica a revisão da interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão recorrido, dado que apenas ofensa direta à Constituição Federal enseja a interposição do apelo extremo” (ARE 1454449 AgR, Relator(a): CRISTIANO ZANIN, Primeira Turma, julgado em 26-02-2024, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 28-02-2024 PUBLIC 29-02-2024).
Ademais, descaberia dar trânsito ao recurso, pois, para a análise das teses recursais seria necessário o reexame do acervo probatório e contratual dos autos, o que não se mostra possível a teor dos enunciados 279 e 454 da Súmula do STF: “dissentir da conclusão alcançada pelo Tribunal de origem demandaria revolvimento de elementos fático-probatórios e reinterpretação de cláusulas contratuais.
Verbetes n. 279 e 454 da Súmula do Supremo” (ARE 1461733 AgR, Relator(a): NUNES MARQUES, Segunda Turma, julgado em 05-06-2024, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 20-06-2024 PUBLIC 21-06-2024).
Em relação ao pretendido efeito suspensivo, do qual o recurso extraordinário é, por lei, desprovido (CPC/2015, artigo 995, caput e parágrafo único), tem-se permitido a sua concessão, em casos excepcionalíssimos, desde que se vislumbre o perigo na demora do provimento jurisdicional requerido e a fumaça do bom direito, relacionando-se este último requisito diretamente ao exame da probabilidade de êxito da tese que constitui o mérito do apelo excepcional, após, por óbvio, ultrapassados todos os pressupostos genéricos e especiais de admissibilidade (STF- Pet 9665 ED-AgR, Relator(a): ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 06/06/2022, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-112 DIVULG 08-06-2022 PUBLIC 09-06-2022).
Destaco, ainda, a decisão proferida na Pet 12366 ED, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, julgado em 07-05-2024, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 17-05-2024 PUBLIC 20-05-2024.
Por este motivo, indefiro o pedido de atribuição de efeito suspensivo.
III - Ante o exposto, INADMITO o recurso extraordinário.
Publique-se.
Documento assinado digitalmente Desembargador WALDIR LEÔNCIO JÚNIOR Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios A015 -
15/07/2024 18:44
Expedição de Outros documentos.
-
15/07/2024 16:00
Recebidos os autos
-
15/07/2024 16:00
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para COREC
-
15/07/2024 16:00
Recebidos os autos
-
15/07/2024 16:00
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para COREC
-
15/07/2024 16:00
Recurso Extraordinário não admitido
-
11/07/2024 11:30
Conclusos para decisão - Magistrado(a) Presidência do Tribunal
-
11/07/2024 11:30
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para Presidência do Tribunal
-
11/07/2024 08:41
Recebidos os autos
-
11/07/2024 08:41
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para Presidente do Tribunal
-
11/07/2024 08:41
Decorrido prazo de BANCO BMG SA - CNPJ: 61.***.***/0008-40 (RECORRIDO) em 10/07/2024.
-
11/07/2024 02:17
Decorrido prazo de BANCO BMG SA em 10/07/2024 23:59.
-
18/06/2024 14:55
Expedição de Outros documentos.
-
18/06/2024 14:54
Juntada de Certidão
-
18/06/2024 14:51
Classe retificada de APELAÇÃO CÍVEL (198) para RECURSO EXTRAORDINÁRIO (212)
-
18/06/2024 13:48
Recebidos os autos
-
18/06/2024 13:48
Remetidos os Autos (em grau de recurso) para COREC
-
18/06/2024 02:19
Decorrido prazo de BANCO BMG SA em 17/06/2024 23:59.
-
14/06/2024 19:43
Juntada de Petição de recurso extraordinário
-
24/05/2024 02:18
Publicado Ementa em 24/05/2024.
-
24/05/2024 02:18
Disponibilizado no DJ Eletrônico em 23/05/2024
-
22/05/2024 13:26
Expedição de Outros documentos.
-
21/05/2024 16:58
Conhecido o recurso de CENIRA DAMASCENO DA COSTA - CPF: *85.***.*20-44 (APELANTE) e não-provido
-
21/05/2024 16:21
Deliberado em Sessão - Julgado - Mérito
-
26/04/2024 15:13
Expedição de Outros documentos.
-
26/04/2024 15:13
Inclusão do processo para julgamento eletrônico de mérito
-
18/04/2024 13:34
Recebidos os autos
-
08/01/2024 13:33
Conclusos para Relator(a) - Magistrado(a) ROBSON VIEIRA TEIXEIRA DE FREITAS
-
08/01/2024 12:37
Recebidos os autos
-
08/01/2024 12:37
Remetidos os Autos (outros motivos) da Distribuição ao 8ª Turma Cível
-
18/12/2023 11:52
Recebidos os autos
-
18/12/2023 11:52
Remetidos os Autos (outros motivos) para Distribuição
-
18/12/2023 11:52
Distribuído por sorteio
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
18/12/2023
Ultima Atualização
15/07/2024
Valor da Causa
R$ 0,00
Documentos
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Acórdão • Arquivo
Sentença • Arquivo
Sentença • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Despacho • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Decisão • Arquivo
Informações relacionadas
Processo nº 0705722-84.2023.8.07.0005
Felipe Marques Claudino de Souza
Getnet Adquirencia e Servicos para Meios...
Advogado: Adivalci Pereira da Silva
1ª instância - TJDFT
Ajuizamento: 02/05/2023 19:42
Processo nº 0705767-76.2023.8.07.0009
Elisangela Maria de Souza
Bradesco Saude S/A
Advogado: Lua Pontual Coutinho Gomes
2ª instância - TJDFT
Ajuizamento: 25/10/2023 15:59
Processo nº 0705713-04.2023.8.07.0012
Sul America Servicos de Saude S/A
Qualicorp Administradora de Beneficios S...
Advogado: Denner de Barros e Mascarenhas Barbosa
2ª instância - TJDFT
Ajuizamento: 08/01/2024 12:54
Processo nº 0705784-91.2023.8.07.0016
Maria Leda Almeida da Silva
Transporte Aereo Portugues S.A
Advogado: Julia Vieira de Castro Lins
2ª instância - TJDFT
Ajuizamento: 17/08/2023 22:46
Processo nº 0705723-64.2022.8.07.0018
Luciano Pereira Goncalves
Distrito Federal
Advogado: Edinardo Costa Bezerra
2ª instância - TJDFT
Ajuizamento: 24/04/2023 16:25