TJCE - 0201076-05.2022.8.06.0053
1ª instância - 2ª Vara da Comarca de Camocim
Polo Ativo
Polo Passivo
Advogados
Nenhum advogado registrado.
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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                                            21/10/2024 20:27 Conclusos para decisão 
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                                            21/10/2024 20:26 Processo Desarquivado 
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                                            21/10/2024 20:26 Arquivado Definitivamente 
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                                            21/10/2024 20:26 Juntada de Certidão 
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                                            21/10/2024 20:26 Transitado em Julgado em 18/10/2024 
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                                            19/10/2024 01:29 Decorrido prazo de MUNICIPIO DE CAMOCIM em 18/10/2024 23:59. 
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                                            01/10/2024 10:19 Juntada de Petição de pedido (outros) 
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                                            01/10/2024 03:54 Decorrido prazo de MARIA PEREIRA DE CARVALHO em 30/09/2024 23:59. 
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                                            01/10/2024 03:53 Decorrido prazo de MARIA PEREIRA DE CARVALHO em 30/09/2024 23:59. 
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                                            09/09/2024 00:00 Publicado Sentença em 09/09/2024. Documento: 102145215 
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                                            02/09/2024 00:00 Disponibilizado no DJ Eletrônico em 02/09/2024 Documento: 102145215 
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                                            02/09/2024 00:00 Intimação ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA SEGUNDA VARA DA COMARCA DE CAMOCIM Processo nº 0201076-05.2022.8.06.0053 REQUERENTE: MARIA PEREIRA DE CARVALHO REQUERIDO: MUNICIPIO DE CAMOCIM Assunto: [Obrigação de Fazer / Não Fazer] SENTENÇA
 
 I - RELATÓRIO Trata-se de CUMPRIMENTO DE SENTENÇA em que litigam as partes acima nominadas. O Município Executado apresentou impugnação ao cumprimento de sentença no e. 85607308.
 
 Intimado, o Exequente apresentou manifestação no e. 89112341.
 
 Eis o relatório.
 
 Passo a fundamentar e decidir. II - FUNDAMENTAÇÃO Inicialmente cabe consignar que, tratando-se unicamente de questão de direito, passa-se ao julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo Civil, frisando-se, outrossim, a desnecessidade de produção de prova pericial. O Município apresentou impugnação genérica.
 
 Além disso, menciona causa de pedir (anuênio) distinto daquele objeto da execução (licença prêmio).
 
 Não merece prosperar a alegação de ausência de planilha, tendo em vista que o Exequente abriu mão dos juros e correção monetária do valor fixado como honorários de sucumbência.
 
 Não havendo comprovação de que o Executado elaborou calendário de fruição, determino o gozo imediato da licença prêmio.
 
 Dessa forma, os argumentos ventilados pelo impugnante merecem ser rejeitados.
 
 III - DISPOSITIVO Assim, por todo o exposto, a impugnação ao cumprimento de sentença não merece acolhimento.
 
 De acordo com as razões acima esposadas, JULGO IMPROCEDENTE a impugnação apresentada pelo Município de Camocim e, por consequência, JULGO PROCEDENTE o cumprimento de sentença para HOMOLOGAR os cálculos apresentados pelo Exequente de id 71218957 e determinar o gozo imediato da licença prêmio.
 
 Publique-se.
 
 Registre-se.
 
 Intime-se.
 
 Após o trânsito em julgado, ANOTE-SE a movimentação de baixa e EXPEÇA-SE RPV no valor de R$ 3.000,00 em favor do(a) advogado(a) referentes aos honorários de sucumbência.
 
 Ultimado os expedientes, arquive-se.
 
 Camocim/CE, data e assinaturas eletrônicas. Francisco de Paulo Queiroz Bernardino Júnior Juiz de Direito
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                                            30/08/2024 13:32 Expedida/certificada a comunicação eletrônica Documento: 102145215 
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                                            30/08/2024 13:22 Expedida/certificada a intimação eletrônica 
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                                            30/08/2024 13:22 Extinta a execução ou o cumprimento da sentença 
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                                            30/08/2024 09:13 Conclusos para julgamento 
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                                            30/08/2024 09:13 Cancelada a movimentação processual Conclusos para despacho 
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                                            05/07/2024 13:11 Juntada de Petição de Petição (outras) 
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                                            20/06/2024 00:00 Publicado Intimação em 20/06/2024. Documento: 88330005 
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                                            20/06/2024 00:00 Publicado Intimação em 20/06/2024. Documento: 88330005 
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                                            19/06/2024 00:00 Disponibilizado no DJ Eletrônico em 19/06/2024 Documento: 88330005 
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                                            19/06/2024 00:00 Disponibilizado no DJ Eletrônico em 19/06/2024 Documento: 88330005 
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                                            19/06/2024 00:00 Intimação ESTADO DO CEARÁ - PODER JUDICIÁRIO 2ª Vara da Comarca de Camocim RUA 24 DE MAIO, S/N, CENTRO, CAMOCIM - CE - CEP: 62400-000 PROCESSO Nº: 0201076-05.2022.8.06.0053 CLASSE: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA (12078) REQUERENTE: MARIA PEREIRA DE CARVALHO REQUERIDO: MUNICIPIO DE CAMOCIM ATO ORDINATÓRIO Vistos em Inspeção - Portaria nº 6/2024-C531V02 Conforme disposição expressa no Provimento nº 02/2021, publicado às fls. 24/99 do DJ-e que circulou em 28/01/2021, emanado da Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Ceará, À parte autora para se manifestar sobre a impugnação ao cumprimento de sentença ID nº 85610755, no prazo de quinze (15) dias. CAMOCIM/CE, 18 de junho de 2024. IRACILDA CARVALHO MOREIRA Diretora de secretaria
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                                            18/06/2024 17:13 Expedida/certificada a comunicação eletrônica Documento: 88330005 
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                                            18/06/2024 17:12 Ato ordinatório praticado 
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                                            07/05/2024 11:18 Juntada de Petição de Petição (outras) 
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                                            12/03/2024 15:14 Expedição de Outros documentos. 
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                                            12/03/2024 15:14 Proferido despacho de mero expediente 
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                                            29/11/2023 10:33 Conclusos para despacho 
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                                            29/11/2023 10:33 Evoluída a classe de PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL para CUMPRIMENTO DE SENTENÇA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA 
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                                            29/11/2023 10:32 Processo Desarquivado 
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                                            26/10/2023 08:59 Juntada de Petição de pedido de desarquivamento 
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                                            25/10/2023 10:11 Arquivado Definitivamente 
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                                            25/10/2023 10:11 Juntada de Certidão 
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                                            25/10/2023 10:11 Transitado em Julgado em 20/10/2023 
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                                            21/10/2023 00:31 Decorrido prazo de MUNICIPIO DE CAMOCIM em 20/10/2023 23:59. 
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                                            22/09/2023 00:40 Decorrido prazo de ITALO SERGIO ALVES BEZERRA em 21/09/2023 23:59. 
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                                            29/08/2023 00:00 Publicado Intimação da Sentença em 29/08/2023. Documento: 67029892 
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                                            28/08/2023 00:00 Intimação ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA SEGUNDA VARA DA COMARCA DE CAMOCIM Processo nº 0201076-05.2022.8.06.0053 AUTOR: MARIA PEREIRA DE CARVALHO REU: MUNICIPIO DE CAMOCIM Assunto: [Obrigação de Fazer / Não Fazer] SENTENÇA RELATÓRIO Trata o presente feito de uma Ação de Obrigação de Fazer em que litigam as partes acima nominadas. Aduz a Requerente na exordial que é servidora pública do Município de Camocim desde 02 de dezembro de 1998 quando tomou posse no cargo de Professora Iniciante após aprovação em concurso Público. Alega que teve a concessão de licença prêmio negada, com base no interesse público, em virtude da vigência da Lei Municipal nº 1528/2021 que revogou expressamente os dispositivos da Lei nº 537/93. O ente municipal apresentou contestação de id 59284896, no qual consignou que os servidores estão pleiteando vantagens extintas da Lei Municipal nº 537/1993, todas já revogas, diante da vigência da lei nova nº 1528/2021, de 17 de maio de 2021.
 
 No mérito que a ação seja julgada improcedente. É o relatório.
 
 Decido. FUNDAMENTAÇÃO Verifica-se ser desnecessária audiência de instrução, vez que toda a matéria fática está suficientemente provada pela via documental, razão pela qual se impõe o julgamento antecipado da lide, nos termos preconizados pelo art. 355, I do CPC. O cotejo da inicial com a contestação, somado à análise documental, revela que a controvérsia posta nos autos é apenas de direito, de sorte que a designação de audiência de instrução neste caso apenas frustraria os princípios da celeridade, economia processual e acesso à justiça (art. 5º, XXXV da CF) Nesse sentido é a doutrina de Luiz Guilherme Marinoni: "O julgamento antecipado só não deve ocorrer quando o fato, ainda que controvertido, pertinente e relevante, não se encontre devidamente provado". Por sua vez, leciona Alexandre Freitas Câmara: "(...) o julgamento antecipado do mérito será adequando nas hipóteses em que o prosseguimento do feito se revele desnecessário, que se dá pelo fato de todos os elementos de que se precise para a apreciação do objeto do processo já se encontrem nos autos". Em síntese, o tema central deste feito é saber se a nova lei nº 1528/2021, publicada em de 17 de maio de 2021, que revogou todas as vantagens (gratificação por exercício de função de confiança, chefia e assessoramento, adicional por tempo de serviço, licença prêmio) se aplica no presente caso concreto. Pois bem, restou comprovado pelo acervo documental juntado aos autos que o autor é servidor do Município há bastante tempo, e considerando que a Lei Municipal nº 537/1993 foi revogada, e entrou em vigor a Lei nº 1528/2021, sabemos que lei posterior não tem o condão de suprimir direito que já integra o seu patrimônio jurídico do autor.
 
 Vejamos o que preceitua o art. 5º, XXXVI, da CF/88, in verbis: Art. 5º, XXXVI, da CF/88: "A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada". Os artigos 102, 105 e 106 da lei municipal n. 537/92 (Estatuto dos Servidores de Camocim), ao tratar, na sua seção VI, sobre Licença Prêmio Por Assiduidade, asseveraram o seguinte: Art. 102 Após cada quinquênio do efetivo exercício, o servidor fará jus a 03 (três) meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, sem prejuízo de remuneração.
 
 Parágrafo 1º Para o servidor titular de cargo de carreira, no exercício de cargo de comissão, gozar de licença-prêmio, com as vantagens desse cargo, deve ter nele pelo menos 02 (dois) anos ininterrupto. (…) Art. 105 - É facultado à autoridade competente, tendo em vista o interesse da administração, devidamente fundamentado, determinar, dentro de 90 (noventa) dias seguintes da apuração do direito, a data do início do gozo pela licença-prêmio, bem como decidir se poderá ser concedida por inteiro ou parceladamente.
 
 Art. 106 A licença-prêmio só poderá ser interrompida, de ofício, quando o exigir o interesse público, ou a pedido do servidor, preservado em qualquer caso, o direito ao gozo do período restante da licença.
 
 Art. 107 É facultado ao servidor contar em dobro o tempo de licença prêmio não gozada, para efeito de aposentadoria e disponibilidade. Analisando os dispositivos supracitados, percebe-se que a legislação municipal deixou espaços de conformação para o administrador público deste Município de Camocim no que tange ao período de sua fruição da licença prêmio. Seguindo essa linha de raciocínio, o art. 102 da lei de regência dispõe que o servidor terá direito a licença prêmio de 03 (três) meses, sem prejuízo de sua remuneração, a cada quinquênio de efetivo exercício.
 
 Ou seja, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação municipal para a concessão do direito ora postulado, quais sejam, efetivo exercício de 05 (cinco) anos de serviço público prestado ao Município de Camocim, o direito a um período da referida licença seria adquirido, dando a entender que se trata de ato vinculado. Ocorre que, posteriormente, o art. 105 do Regime Jurídico Administrativo aduz que é facultado ao administrador decidir a data do início do gozo do benefício, ou se este será usufruído por inteiro ou parceladamente, deixando clara a existência de espaços de discricionariedade dentro da moldura legal aqui tratada. Em prosseguimento, o art. 106 da legislação em debate prevê ainda que o gozo do benefício pode ser interrompido de ofício, em razão do interesse público, preservando-se o direito ao gozo do período restante da licença. A mesma razão que concedeu a faculdade para a Administração interromper o ato já deferido, poderá autorizar que, temporariamente, a máquina deixe para um momento posterior a concessão do usufruto de tais direitos aos servidores. Por fim, destaco que o servidor municipal não será prejudicado com a opção da Administração, já que poderá usufruir o período restante noutra oportunidade, nos moldes do art. 106 da legislação. O que não pode é a Administração Pública se omitir e não apontar o momento em que será usufruído tal direito. Concluo, portanto, que consoante restou regulamentado o tema pelo Município de Camocim, o direito à licença prêmio é vinculado, passando a integrar o patrimônio jurídico do servidor após o preenchimento dos requisitos legais, mas o momento da sua concessão se insere no âmbito da discricionariedade administrativa, que temporariamente poderá suspender o gozo do direito com base no interesse público, desde que se indique o momento em que será usufruído o direito do servidor, não podendo a Administração Municipal se omitir neste ponto, sob pena de sua discricionariedade se transmudar em arbitrariedade. Caso o ente empregador se omita no estabelecimento da data, pode o Judiciário determinar o estabelecimento de um calendário de fruição do benefício, para não prejudicar o interesse público, ou simplesmente determinar a fruição pelo servidor. Sobre o tema, cito alguns julgados do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará que tiveram conclusão semelhante a que aqui se está adotando, no sentido de que o momento do gozo do benefício ficará condicionada à discricionariedade administrativa, consubstanciada no interesse público, veja-se: MANDADO DE SEGURANÇA.
 
 CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
 
 LICENÇA-PRÊMIO.
 
 PREVISÃO EXPRESSA.
 
 ATENDIMENTO DOS REQUISITOS.
 
 PERÍODO DE FRUIÇÃO.
 
 ATO DISCRICIONÁRIO.
 
 CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
 
 OMISSAO DO AGENTE PÚBLICO.
 
 DIREITO LÍQUIDO E CERTO DO SERVIDOR.
 
 SEGURANÇA CONCEDIDA. 1.
 
 Estando a licença prêmio expressamente prevista na Lei Municipal, e comprovado o preenchimento dos requisitos legais, o servidor público possui direito à concessão da vantagem. 2.
 
 Entretanto, cabe à Administração a escolha discricionária quanto ao período de fruição do benefício. 3.
 
 No caso, porém, a Administração não respondeu a requerimento administrativo da servidora, deixando de exercer sua prerrogativa de definir o período de gozo da licença. 4.
 
 Logo, a omissão da Administração acaba violando direito líquido e certo da impetrante a gozar a licença-prêmio pleiteada, impondo a concessão da segurança requerida. 5.
 
 REMESSA OFICIAL CONHECIDA E DESPROVIDA. (Relator(a): WASHINGTON LUIS BEZERRA DE ARAUJO; Comarca: Milhã; Órgão julgador: 3ª Câmara Cível; Data do julgamento: 10/10/2016; Data de registro: 10/10/2016) ***************************************** RECURSO APELATÓRIO.
 
 DIREITO ADMINISTRATIVO.
 
 INOVAÇÃO RECURSAL.
 
 IMPOSSIBILIDADE.
 
 SERVIDORA PÚBLICA EM ATIVIDADE.
 
 AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA.
 
 FRUIÇÃO DE LICENÇA-PRÊMIO.
 
 ATO DISCRICIONÁRIO.
 
 CRITÉRIOS DE CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
 
 CONVERSÃO EM PECÚNIA QUANDO DA PASSAGEM PARA A INATIVIDADE, SOB PENA DE ENRIQUECIMENTO INDEVIDO DO ERÁRIO.
 
 RECURSO APELATÓRIO CONHECIDO EM PARTE E IMPROVIDO.
 
 I - É defeso a parte recorrente inovar na fase recursal, em conformidade com o art. 1.013, § 1º, do Código de Processo Civil. II - A fruição da licença-prêmio submete-se ao juízo discricionário da Administração Pública (Executivo Municipal), observados os critérios de conveniência e oportunidade.
 
 III - Eventual impossibilidade de gozo da licença, permite a incorporação ao patrimônio jurídico do servidor, tornando viável a conversão em pecúnia quando da inatividade, evitando o enriquecimento indevido do erário.
 
 IV - Precedentes jurisprudenciais do Superior Tribunal de Justiça e deste Sodalício.
 
 V - Recurso Apelatório parcialmente conhecido e improvido. (Relator(a): FRANCISCO GLADYSON PONTES; Comarca: Maracanaú; Órgão julgador: 3ª Câmara Cível; Data do julgamento: 10/10/2016; Data de registro: 10/10/2016) ***************************************** ADMINISTRATIVO.
 
 SERVIDOR PÚBLICO.
 
 DIREITO AO GOZO DE LICENÇA-PRÊMIO.
 
 REQUISITOS COMPROVADOS.
 
 IMPOSIÇÃO AO MUNICÍPIO PARA ELABORAR CRONOGRAMA DE FRUIÇÃO.
 
 DISCRICIONARIEDADE ADMINISTRATIVA PRESERVADA.
 
 SUCUMBÊNCIA DO MUNICÍPIO.
 
 ISENÇÃO AO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS.
 
 RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E PROVIDO. 1.
 
 O servidor público ao preencher as condições estabelecidas em lei municipal (nº 28/75) para aquisição da licença-prêmio possui direito subjetivo à fruição.
 
 Assim, o ato de concessão da licença é vinculado. 2.
 
 O apelante comprovou, através da CTPS e do extrato de pagamento de fl. 16, a condição de estatutário, com o vínculo funcional efetivo desde 3/9/2001, razão pela qual tem direito a 2 (dois) períodos de licença-prêmio na forma da lei de regência. 3.
 
 No caso, cabível a condenação do município para elaborar cronograma de fruição da vantagem reclamada, respeitando a discricionariedade e conveniência da administração pública quanto ao período de gozo. 4.
 
 Recurso de Apelação conhecido e provido. (Relator(a): FRANCISCO GLADYSON PONTES; Comarca: Uruburetama; Órgão julgador: 3ª Câmara Direito Público; Data do julgamento: 10/10/2016; Data de registro: 10/10/2016) No caso dos autos, constato que o(a) autor(a) foi admitido(a) em 02/12/1998 (ID 43511159), tendo prestado 22 anos, de efetivo exercício de serviço público, fazendo jus a 04 períodos de licença prêmio, ante a extinção da licença operada pela lei 1528/2021 de MAIO/2021.
 
 De modo que o Promovido deverá apresentar calendário de fruição do referido benefício, sob pena gozo imediato da licença pretendida. DISPOSITIVO DIANTE DO EXPOSTO, considerando a argumentação supra citada, entendo por bem julgar PROCEDENTE o pleito autoral, extinguindo o feito com resolução do mérito, nos moldes do art. 487, I, CPC, de modo que deve a parte promovida, em 30 (trinta) dias, após o trânsito em julgado da ação, apresentar calendário de fruição da licença prêmio. Caso o (a) REQUERIDO não apresente o referido calendário no lapso temporal supracitado, fica, de logo, concedida a licença prêmio prevista no art. 102 do RJA, no caso dos autos ao autor que faz jus à quatro períodos de licença-prêmio. Sem custas, ente isento. Condeno o Município sucumbente em honorários advocatícios que fixo em R$ 3.000,00 em razão do valor da causa ser muito baixo, com esteio no artigo 85, § 8º do CPC. Sentença não sujeita à remessa necessária. P.R.I. Após o trânsito em julgado, arquivem-se, com as cautelas de praxe. Camocim/CE, data e assinatura eletrônicas.
 
 Francisco de Paulo Queiroz Bernardino Júnior Juiz de Direito
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                                            28/08/2023 00:00 Disponibilizado no DJ Eletrônico em 28/08/2023 Documento: 67029892 
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                                            25/08/2023 10:49 Expedida/certificada a comunicação eletrônica 
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                                            25/08/2023 10:49 Expedição de Outros documentos. 
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                                            18/08/2023 14:38 Julgado procedente o pedido 
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                                            07/08/2023 09:53 Conclusos para julgamento 
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                                            06/07/2023 02:30 Decorrido prazo de MUNICIPIO DE CAMOCIM em 05/07/2023 23:59. 
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                                            18/05/2023 09:51 Juntada de Petição de contestação 
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                                            11/05/2023 13:52 Expedição de Outros documentos. 
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                                            20/11/2022 04:36 Mov. [4] - Migração de processo do Sistema SAJ, para o Sistema PJe: Remessa 
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                                            10/11/2022 10:35 Mov. [3] - Mero expediente [Obs: Anexo da movimentação em PDF na aba Documentos.] 
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                                            20/10/2022 20:19 Mov. [2] - Conclusão 
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                                            20/10/2022 20:19 Mov. [1] - Processo Distribuído por Sorteio 
Detalhes
                                            Situação
                                            Ativo                                        
                                            Ajuizamento
                                            20/10/2022                                        
                                            Ultima Atualização
                                            02/09/2024                                        
                                            Valor da Causa
                                            R$ 0,00                                        
Detalhes
Documentos
SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
ATO ORDINATÓRIO • Arquivo
DECISÃO • Arquivo
DECISÃO • Arquivo
EXECUÇÃO / CUMPRIMENTO DE SENTENÇA • Arquivo
EXECUÇÃO / CUMPRIMENTO DE SENTENÇA • Arquivo
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA • Arquivo
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA • Arquivo
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA • Arquivo
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA • Arquivo
SENTENÇA • Arquivo
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DESPACHO DE MERO EXPEDIENTE • Arquivo
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