TJAM - 0000693-98.2025.8.04.3500
1ª instância - Vara da Comarca de Carauari
Polo Ativo
Polo Passivo
Movimentações
Todas as movimentações dos processos publicadas pelos tribunais
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17/07/2025 10:24
Juntada de Petição de contestação
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01/07/2025 01:51
DECORRIDO PRAZO DE BANCO BRADESCO S/A
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28/06/2025 15:10
Juntada de Petição de embargos de declaração
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24/06/2025 16:50
DISPONIBILIZAÇÃO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO
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24/06/2025 16:50
DISPONIBILIZAÇÃO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO
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24/06/2025 16:50
DISPONIBILIZAÇÃO NO DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO
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23/06/2025 08:25
PROCESSO SUSPENSO
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23/06/2025 00:00
Intimação
NÚCLEO DE ASSESSORAMENTO JURÍDICO VIRTUAL NAJV/TJAM Portaria 2.266 de 06 de junho de 2025.
DECISÃO Hoje, recebi o processo no estado que se encontra.
Vistos etc.
Trata-se de Ação de Indenização De Danos Morais ajuizada pelo autor(a) em face do banco requerido, onde pretende indenização por suposto ato ilícito, pois entende como indevida a cobrança de TARIFAS BANCÁRIAS nos casos de descontos indevidos na conta bancária do consumidor, pela cobrança ilegal e abusiva de tarifas bancárias não previstas em contrato pelo Banco Central do Brasil ou não autorizada em termo contratual.
Ao considerar que foi instaurado Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, processo nº 0005053-71.2023.8.04.0000, que versa sobre a definição da (in)existência de responsabilidade da instituição financeira pelo pagamento de indenização por dano moral, nos casos de descontos indevidos na conta bancária do consumidor, pela cobrança ilegal e abusiva de tarifas bancárias não previstas em contrato pelo Banco Central do Brasil ou não autorizada em termo contratual: EMENTA: INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS.
DESCONTO INDEVIDO DE TARIFA EM CONTA BANCÁRIA.
CESTA DE SERVIÇOS.
DANO MORAL PRESUMIDO.
VIOLAÇÃO À DIGNIDADE DO CONSUMIDOR.
I - Conforme entendimento doutrinário, o dano moral pode ser conceituado como aquele capaz de lesionar a esfera personalíssima da pessoa, isto é, os seus direitos da personalidade, constitucionalmente, tutelados.
II - Nesse cenário, é direito básico do consumidor a reparação integral pelos danos eventualmente sofridos, inclusive, o dano moral, na forma do art. 6º, incisos VI e VII, do CDC.
III - Entretanto, a ideia de reparação integral no estágio civilizatório atual, notadamente diante das especificidades das relações de consumo constitucionalmente protegidas, não pode se ater à seara emocional ou psíquica da pessoa, sem levar em consideração o desequilíbrio do vínculo jurídico analisado, manifestado, primordialmente, na pressuposta vulnerabilidade técnica, jurídica e fática do consumidor.
IV - Com efeito, a definição buscada para resolução da questão controvertida perpassa pela constatação (ou não) de violação à dignidade do consumidor em razão dos descontos indevidos em sua conta bancária a título de "cesta de serviço", que, em tese, implicaria conduta injusta e, portanto, danosa à parte consumidora.
V - Sendo assim, o dano moral aqui discutido teria por suporte fático não no mero equívoco ou engano por parte da instituição bancária, mas atuação lesiva que violaria a um só tempo, tanto a relação contratual firmada entre as partes, quanto às normas impostas pelo respectivo órgão regulador, cujos regramentos visam justamente proteger e resguardar direitos essenciais do consumidor.
VI - Nesse compasso, necessário destacar a relevância das relações econômicas na forma como se organiza e se comporta a sociedade, bem como o impacto da temática financeira sobre a esfera de direitos das pessoas. À vista disso, sabe-se que a vida digna, a saúde, a moradia, a subsistência, o lazer etc., são bens jurídicos que dependem, em grande medida, de recursos para a sua materialização.
Mesmo a liberdade das pessoas - traduzida nas suas mais variadas escolhas - é quase sempre exercida a partir de uma ou diversas avaliações econômicas.
Então, não se revela correto subestimar, como um ato de menor importância, a subtração de quantias, mês a mês, das contas bancárias.
VII - Desse modo, a violação aos deveres de boa-fé e ao princípio da confiança perpetrados pelos Bancos ao descontar ilegalmente valores, sobre os quais eles próprios seriam os primeiros e principais responsáveis pela sua tutela impõe, por si só, violação à dignidade da pessoa do consumidor, dada a situação de manifesta vulnerabilidade.
Logo, a hipótese em debate, não apenas caracteriza o dano moral, como também é o caso de dano presumido.
VIII - De mais a mais, não se poderia ignorar a enorme repercussão financeira em favor dos Bancos com os descontos indevidos sobre as contas de inúmeros clientes, ao longo de vários anos sem a justa reparação.
IX - Isso posto, deve o presente Incidente de Resolução de Resolução de Demandas Repetitivas ser julgado procedente para fixar a seguinte tese: "O desconto não autorizado e, portanto, indevido, a título de"cestas de serviços"ou, ainda, outras denominações assemelhadas, mas que se refiram ao mesmo conjunto de serviços, caracteriza dano moral in re ipsa , uma vez que a conduta abusiva perpetrada pelas instituições financeiras ofende a dignidade do consumidor e as suas legítimas expectativas.
X - Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas Julgado Procedente.
Suscitante: Des.
João de Jesus Abdala Simões. Órgão Julgador: Egrégio Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas.
Nesse sentido, em razão da interposição do Recurso Especial e Embargos de Declaração (Processo nº 0010298-29.2024.8.04.0000) e a não consubstanciação do trânsito em julgado do IRDR nº 0005053-71.2023.8.04.0000 que estabeleceu a suspensão dos processos relacionados a esta matéria, determino a suspensão do presente processo na forma do art. 313, inc.
IV do CPC pelo prazo de um ano ou até o trânsito em julgado do referido IRDR caso este ocorra antes do término do referido lapso temporal.
Diligências necessárias com as cautelas de praxe.
Intimem-se.
Cumpra-se. -
22/06/2025 16:39
EXPEDIÇÃO DE INTIMAÇÃO
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22/06/2025 16:39
EXPEDIÇÃO DE INTIMAÇÃO
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22/06/2025 16:39
PROCESSO SUSPENSO OU SOBRESTADO POR DECISÃO JUDICIAL
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13/06/2025 09:57
DESABILITAÇÃO DE PARTE EM PROCESSO
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13/06/2025 09:57
HABILITAÇÃO DE PARTE EM PROCESSO
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09/06/2025 15:14
Juntada de PETIÇÃO DE REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO
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21/05/2025 12:42
Conclusos para decisão - DECISÃO INICIAL
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21/05/2025 00:00
Lista de distribuição
A Secretaria de Distribuição Processual do Primeiro Grau do Tribunal de Justiça/AM informa que foi distribuído, nos termos do art. 285, parágrafo único do CPC, o seguinte feito: Processo: 0000693-98.2025.8.04.3500 - Procedimento do Juizado Especial Cível - Vara Origem: Vara Única da Comarca de Carauari - JE Cível - Juiz: JÂNIO TUTOMU TAKEDA - Data Vinculação: 20/05/2025Apelante: MARIA DAS GRAÇAS DO CARMO Advogado(a): FELIPE ANTONIO CAMELO DE AMORIM - 15551N Apelado: BANCO BRADESCO S.
A.
Advogado(a): -
20/05/2025 17:01
Recebidos os autos
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20/05/2025 17:01
REMETIDOS OS AUTOS PARA DISTRIBUIDOR
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20/05/2025 17:01
PROCESSO ENCAMINHADO
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20/05/2025 17:01
Juntada de PETIÇÃO DE INICIAL
Detalhes
Situação
Ativo
Ajuizamento
20/05/2025
Ultima Atualização
17/07/2025
Valor da Causa
R$ 0,00
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